A PF cumpre mandados de busca e apreensão no Rio e em
Brasília envolvendo a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ); ela é suspeita de participação
em esquema criminoso dentro do Ministério do Trabalho para a concessão de
registros sindicais; na fase anterior dessa investigação foram cumpridos
mandados contra os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO)
e Wilson Filho (PTB-PB)
(Reuters) - A Polícia
Federal cumpre nesta terça-feira três mandados de busca e apreensão no Rio de
Janeiro e em Brasília envolvendo uma parlamentar investigada por suspeita de
participação em esquema criminoso dentro do Ministério do Trabalho para a
concessão fraudulenta de registros sindicais, na segunda fase de operação
deflagrada inicialmente no fim de maio, informou a PF.
A PF,
como de costume, não identificou de imediato a parlamentar alvo da ação, que
foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a Globonews,
a deputada investigada é Cristiane Brasil (PTB-RJ).
Na
primeira fase, a chamada operação Registro Espúrio cumpriu mandados contra
outros três deputados: Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP),
Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB). De acordo com a Polícia
Federal, além dos mandados de busca a serem cumpridos nesta terça, serão
impostas medidas cautelares a pedido da PF e da Procuradoria-Geral da República
(PGR), como a proibição de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter
contato com os demais investigados ou servidores do ministério. Segundo as
investigações, uma organização composta por políticos, partidos, centrais
sindicais e servidores é suspeita de atuar na concessão irregular de registros
sindicais junto ao Ministério do Trabalho através do pagamento de propina.
Apenas
pela liberação irregular de um único registro sindical houve pagamentos que
envolviam valores que chegaram a 4 milhões de reais, de acordo com os
investigadores.
Quando
da primeira fase da operação, o presidente nacional do PTB, o ex-deputado
Roberto Jefferson, que é pai de Cristiane Brasil, disse que a legenda “jamais
participou de quaisquer negociações espúrias no Ministério do Trabalho”.
Cristiane
Brasil chegou a ser indicada no início do ano pelo presidente Michel Temer para
ser ministra do Trabalho, mas não tomou posse porque a Justiça barrou seu nome
sob alegação de que ela não tinha condições de assumir o cargo por ter sido
condenada em processo trabalhista.
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