Apesar da crise que resultou em mais de 13 milhões de
desempregados, o número de milionários brasileiros cresceu em 2017; segundo o
relatório global de 2018 publicado pela consultoria Capgemini, o Brasil ganhou
7 mil milionários em 2017, quando registrou 171.480 ricaços; patrimônio
desse grupo somava US$ 4,5 trilhões, maior que o PIB nacional de US$ 2,05
trilhões em 2017
Jornal do Brasil - O
crescimento de 1% da economia brasileira em 2017 não foi lá essas coisas.
Perdeu para vários países e não foi suficiente para reduzir o desemprego, que
voltou a crescer em 2018, após a recessão de 2015 (-3,55%) e 2016 (-3,60%).
Mas, com crescimento de 4,2% em 2017, os milionários brasileiros voltaram a
respirar ares de riqueza. De acordo com o relatório global de 2018 publicado
ontem pela consultoria Capgemini, o Brasil ganhou 7 mil milionários em 2017,
quando registrou 171.480 ricaços.
A Capgemini lista as "high net worth individuals" (HNWIs), ou seja as pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão, excluídos a residência oficial, obras de arte e coleções de bens monetizáveis. O patrimônio desse grupo de brasileiros somava US$ 4,5 trilhões. Para mostrar o grau de concentração de renda no país, o PIB brasileiro, o total de bens, serviços e renda produzidos a cada ano, foi de US$ 2,05 trilhões em 2017. Os mais ricos representam 0,8% da população (209 milhões). Mas têm renda e patrimônio superior a mais de 60% dos brasileiros. O número de 2017 ainda é inferior aos 172 mil,1 mil de 2013. Mas de 2015, quando o número de ricos tinha baixado a 148,5 mil brasileiros, o salto foi de 23 mil novos milionários em dois anos. A consultoria estimou que a fortuna dos milionários em todo o mundo superou os US$ 70 trilhões em 2017, devido ao crescimento da economia e à valorização de ações e commodities nas bolsas de valores e mercadorias.
Em 2025,
a fortuna do grupo vai superar os US$ 100 trilhões, prevê. Segundo a Capgemini,
o mundo teria agora 18,1 milhões de milionários, um salto frente aos 11 milhões
de 2010. Estados, Japão, Alemanha e China concentram 61,2% da população de
pessoas ricas. As fortunas que mais cresceram, com ganhos acima de 20% ficaram
concentradas, pelo segundo ano seguido, nos países da Ásia e Pacífico e na
América Latina. O Brasil se recuperou diante do México que ganhou apenas 5 mil
milionários, atingindo 126 mil ricaços em 2017. Mas o Brasil foi superado pelos
milionários do Kuwait, caindo da 17ª para a 18ª posição. A Índia tomou o 11º
posto da Holanda. As ações são o principal ativo financeiro dos milionários, com
30,9% no primeiro trimestre de 2018. Os imóveis respondem por 16,8% do
patrimônio. As moedas digitais ainda não entusiasmam os mais velhos.
Jornal do Brasil -
Nenhum comentário:
Postar um comentário