O ex-governador Beto Richa (PSDB) cobra propinas há 17 anos, ou seja,
desde 2001, segundo delação premiada de Maurício Fanini — “amigo” do tucano que
está preso na carceragem da Polícia Federal de Brasília. Ex-diretor da
Secretaria da Educação, Fanini é acusado pelo Ministério Público no âmbito da
“Operação Quadro Negro” de operar milionário esquema de desvio de dinheiro da
construção de escolas para campanhas do PSDB do Paraná.
O Blog do Esmael registrou em primeira mão, no início de junho de
2015, o escândalo e a consequente queda da cúpula da Educação do
Paraná na época.
Segundo o “amigo” convertido em alcaguete, Richa
recebeu sua primeira propina quando ainda era vice-prefeito de Curitiba.
“A primeira oferta de propina a Richa, afirma o
ex-diretor, foi feita por Eron Cunha, dono da construtora Empo, por meio de um
aditivo indevido de R$ 100 mil em uma obra de pavimentação no bairro curitibano
do Cajuru, ainda em 2001”, registra nesta terça (5) o portal G1.com.
Na delação à Procuradoria-Geral da República,
Fanini detalha caixa 2 de Beto Richa na campanha ao governo do Paraná, em 2002,
quando foi derrotado pelo atual senador Roberto Requião (MDB).
De acordo com o “amigo” delator, o dinheiro oriundo
de propinas era sempre negociado por Ezequias Moreira e Luiz Abi, primo de Beto
Richa.
Ainda conforme Fanini, em 2003 e 2004 a arrecadação
de propinas para Beto Richa foi intensificada com vistas à eleição para a
Prefeitura de Curitiba. O propinoduto prosseguiu entre 2005 e 2011, e continuou
nas eleições para o governo do Paraná (2010 e 2014).
Blog do Esmael
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