Citando
investigações envolvendo o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), que
deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado, o senador Roberto Requião (MDB-PR)
criticou a falta de denúncia e/ou de condenação do tucano; Requião apontou
casos como "fraudes nos reparos de veículos oficiais; escolas pagas e não
construídas; desvios na Receita; propina nos contratos de pedágio; desfalque na
previdência do funcionalismo"; assista ao vídeo
247 - Citando
investigações envolvendo o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), que
deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado, o senador Roberto Requião
(MDB-PR) criticou a falta de denúncia e/ou de condenação do tucano.
Em
discurso na Casa, o parlamentar lembrou que "Operação Voldemort"
investigou um primo do governador e associados, que montaram um esquema
fraudulento de reparos de carros oficiais. A primeira reação de sua
ex-excelência, assim que o caso explodiu, foi negar o parentesco com o indigitado
primo. "Como isso era impossível, disse que se tratava de um primo
distante, que mal conhecia, fato também desmentido por fotos, vídeos e uma
profusão de rastros", disse. "Até cair em desgraça, o primo distante
do governador era uma das figuras mais influentes da gestão tucana, mesmo sem
ter cargo público. Um homem nas sombras, atrás dos bastidores, influindo e
decidindo".
Outro
operação mencionada por Requião foi Publicano, que desmantelou um esquema de
desvio de R$ 1,8 bilhão na Receita Estadual, envolvendo mais de uma centena de
auditores, contadores e fiscais. O congressista reforçou que o comandante do
esquema era o ex-inspetor geral de Fiscalização, íntimo de Richa ao ponto de
ser o seu copiloto nas "500 Milhas de Londrina", competição que
sempre contou com prestigiosa participação do ex-governador.
A
"Operação Integração", acrescenta, investiga um mega esquema de
corrupção, propina, extorsão e enriquecimento ilícito envolvendo
concessionárias de pedágio, empreiteiras e funcionários públicos. Mais uma vez,
pessoas do círculo próximo e familiar do ex-governador foram presas,
denunciadas ou ficaram sob suspeição.
"Fraudes
nos reparos de veículos oficiais; escolas pagas e não construídas; desvios na
Receita; propina nos contratos de pedágio; desfalque na previdência do
funcionalismo; aumento dos impostos dos pequenos empresários e isenção absoluta
de impostos para o maior fabricante de cerveja do mundo; venda das ações das
estatais de energia e de água e esgotos; aumento de 135 por cento na tarifa de água,
para dar mais lucro ao sócio privado da empresa de saneamento; trapaças na
propaganda oficial, com o ex-governador assumindo obras que não fez",
disparou Requião.
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