quarta-feira, 2 de maio de 2018

Requião: primeira instância protege tucanos sem “foro privilegiado”


Citando investigações envolvendo o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), que deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado, o senador Roberto Requião (MDB-PR) criticou a falta de denúncia e/ou de condenação do tucano; Requião apontou casos como "fraudes nos reparos de veículos oficiais; escolas pagas e não construídas; desvios na Receita; propina nos contratos de pedágio; desfalque na previdência do funcionalismo"; assista ao vídeo
247 - Citando investigações envolvendo o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), que deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado, o senador Roberto Requião (MDB-PR) criticou a falta de denúncia e/ou de condenação do tucano.
Em discurso na Casa, o parlamentar lembrou que "Operação Voldemort" investigou um primo do governador e associados, que montaram um esquema fraudulento de reparos de carros oficiais. A primeira reação de sua ex-excelência, assim que o caso explodiu, foi negar o parentesco com o indigitado primo. "Como isso era impossível, disse que se tratava de um primo distante, que mal conhecia, fato também desmentido por fotos, vídeos e uma profusão de rastros", disse. "Até cair em desgraça, o primo distante do governador era uma das figuras mais influentes da gestão tucana, mesmo sem ter cargo público. Um homem nas sombras, atrás dos bastidores, influindo e decidindo".
Outro operação mencionada por Requião foi Publicano, que desmantelou um esquema de desvio de R$ 1,8 bilhão na Receita Estadual, envolvendo mais de uma centena de auditores, contadores e fiscais. O congressista reforçou que o comandante do esquema era o ex-inspetor geral de Fiscalização, íntimo de Richa ao ponto de ser o seu copiloto nas "500 Milhas de Londrina", competição que sempre contou com prestigiosa participação do ex-governador.
A "Operação Integração", acrescenta, investiga um mega esquema de corrupção, propina, extorsão e enriquecimento ilícito envolvendo concessionárias de pedágio, empreiteiras e funcionários públicos. Mais uma vez, pessoas do círculo próximo e familiar do ex-governador foram presas, denunciadas ou ficaram sob suspeição.
"Fraudes nos reparos de veículos oficiais; escolas pagas e não construídas; desvios na Receita; propina nos contratos de pedágio; desfalque na previdência do funcionalismo; aumento dos impostos dos pequenos empresários e isenção absoluta de impostos para o maior fabricante de cerveja do mundo; venda das ações das estatais de energia e de água e esgotos; aumento de 135 por cento na tarifa de água, para dar mais lucro ao sócio privado da empresa de saneamento; trapaças na propaganda oficial, com o ex-governador assumindo obras que não fez", disparou Requião. 


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