sexta-feira, 18 de maio de 2018

Reinaldo desanca Moro: quem prende não toma champanhe


O colunista Reinaldo Azevedo faz uma demolição de Sergio Moro em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo; Azevedo diz que a exposição de um juiz no circuito “jet set” é indecorosa e beira o ridículo; diz Reinaldo: “O homem se entrega, em terras estrangeiras, a uma ligeireza de espírito incompatível com os efeitos de seu trabalho no Brasil, no que este tem de virtuoso e de vicioso”; e acrescenta: “nas suas sentenças, no entanto, ninguém tem direito à inocência. Se falta a prova, ele a substitui por uma versão, digamos, rupestre da teoria do domínio do fato”
247 – O colunista Reinaldo Azevedo faz uma demolição de Sergio Moro em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo. Azevedo diz que a exposição de um juiz no circuito “jet set” é indecorosa e beira o ridículo. Diz Reinaldo: “O homem se entrega, em terras estrangeiras, a uma ligeireza de espírito incompatível com os efeitos de seu trabalho no Brasil, no que este tem de virtuoso e de vicioso”. E acrescenta: “nas suas sentenças, no entanto, ninguém tem direito à inocência. Se falta a prova, ele a substitui por uma versão, digamos, rupestre da teoria do domínio do fato”.
“O juiz Sergio Moro nem é um salafrário, como gritaram esquerdistas brasileiros em Nova York, nem é um “Ramphastos dorius” —tucano da espécie Doria— só porque se deixou fotografar ao lado do candidato do PSDB ao governo de São Paulo e participou naquela cidade de um evento, entre outros, do Lide, o grupo de empresários liderado pelo ex-prefeito. Mas a questão está longe de ser “uma bobagem”, como ele classificou as críticas que lhe foram dirigidas.
Não é normal, decoroso ou corriqueiro que o juiz que encarna, em terras nativas, a punição aos corruptos, numa operação que acumula acertos, mas também uma penca de erros, desfile mundo afora o seu charme de caçador de corruptos. Só neste ano, é sua terceira viagem aos EUA. Oh, não! Não acho que ele seja um agente da CIA. Acho apenas que ele se torna um agente político quando participa de encontros organizados por bancos, associações empresariais e afins. E, como é sabido, políticos disputam votos, não envergam togas. Podem ser presos, mas não mandam prender.

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