O colunista Reinaldo Azevedo faz uma demolição de Sergio Moro
em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo; Azevedo diz que a exposição de um
juiz no circuito “jet set” é indecorosa e beira o ridículo; diz Reinaldo: “O
homem se entrega, em terras estrangeiras, a uma ligeireza de espírito
incompatível com os efeitos de seu trabalho no Brasil, no que este tem de
virtuoso e de vicioso”; e acrescenta: “nas suas sentenças, no entanto, ninguém
tem direito à inocência. Se falta a prova, ele a substitui por uma versão,
digamos, rupestre da teoria do domínio do fato”
247 – O colunista Reinaldo Azevedo faz uma demolição de
Sergio Moro em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo. Azevedo diz que a
exposição de um juiz no circuito “jet set” é indecorosa e beira o ridículo. Diz
Reinaldo: “O homem se entrega, em terras estrangeiras, a uma ligeireza de
espírito incompatível com os efeitos de seu trabalho no Brasil, no que este tem
de virtuoso e de vicioso”. E acrescenta: “nas suas sentenças, no entanto,
ninguém tem direito à inocência. Se falta a prova, ele a substitui por uma
versão, digamos, rupestre da teoria do domínio do fato”.
“O juiz Sergio Moro nem é um salafrário, como
gritaram esquerdistas brasileiros em Nova York, nem é um “Ramphastos dorius”
—tucano da espécie Doria— só porque se deixou fotografar ao lado do candidato
do PSDB ao governo de São Paulo e participou naquela cidade de um evento, entre
outros, do Lide, o grupo de empresários liderado pelo ex-prefeito. Mas a
questão está longe de ser “uma bobagem”, como ele classificou as críticas
que lhe foram dirigidas.
Não é normal, decoroso ou corriqueiro que o juiz
que encarna, em terras nativas, a punição aos corruptos, numa operação que
acumula acertos, mas também uma penca de erros, desfile mundo afora o seu
charme de caçador de corruptos. Só neste ano, é sua terceira viagem aos EUA.
Oh, não! Não acho que ele seja um agente da CIA. Acho apenas que ele se torna
um agente político quando participa de encontros organizados por bancos,
associações empresariais e afins. E, como é sabido, políticos disputam votos,
não envergam togas. Podem ser presos, mas não mandam prender.
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