O PT pedirá à Justiça uma autorização para que o
ex-presidente Lula possa gravar vídeos com mensagens políticas enquanto estiver
preso; a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que Lula
"está na prerrogativa dele"; "Ele é um cidadão e pode se
manifestar politicamente"
247 - O PT
pedirá à Justiça uma autorização para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva possa gravar vídeos com mensagens políticas enquanto estiver preso. A
legenda pretende divulgar gravações dele para reforçar o plano de sua
candidatura à Presidência da República.
A
presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse à Folha que Lula
"está na prerrogativa dele". "Ele é um cidadão e pode se
manifestar politicamente", afirmou.
O
advogado Eugênio Aragão, ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff e
vice-procuradorgeral eleitoral, deve fazer a solicitação nos próximos dias e
deve encaminhar uma petição à juíza Carolina Moura Lebbos, responsável pela
execução penal do ex-presidente.
"Enquanto
ele estiver liberado para ser candidato, como ocorre agora, ele tem direito de
se manifestar em igualdade de condições com os outros pré-candidatos. Não pode
haver discriminação", afirmou Aragão.
A
candidatura de Lula tende a ser rejeitada com base na Lei da Ficha Limpa, mas,
de acordo com o PT, a decisão pode ser tomada somente depois que o
ex-presidente tiver seu nome registrado na Justiça Eleitoral.
Antes
de se entregar à Polícia Federal, no dia 7 de abril, Lula afirmou
que gravou uma série de vídeos para serem usados durante a campanha do PT
ao Planalto.
Líder nas pesquisas
Pesquisa
CUT/Vox Populi, divulgada nesta segunda-feira (28), apontou
que ex-presidente Lula mantém a vantagem sobre os demais presidenciáveis
e, em eventual segundo turno, derrotaria qualquer adversário por ampla margem
de votos.
Na simulação
estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados,
Lula alcançou 39% das intenções de voto contra 30% da soma dos adversários.
Na
segunda posição aparece o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 12%, seguido
pela ex-senadora Marina Silva (Rede), com 6%, e pelo ex-ministro Ciro Gomes
(PDT), com 4%. Em seguida estão o ex-governador de São paulo Geraldo Alckmin
(PSDB), com 3%, e Álvaro Dias (Podemos), com 2%.
De
acordo com o levantamento, Manuela D’Ávila (PC do B), Henrique Meirelles
(MDB-GO), e João Amoedo (Novo-RJ) têm cada um 1% das intenções de votos.
Guilherme Boulos (Psol-SP), Rodrigo Maia (DEM-RJ), João Vicente
Goulart (PPL), Flávio Rocha (PRB-RN) e Paulo Rabelo de Castro (PSC) não
pontuaram.
O
percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos totalizou 21% e
não sabem ou não responderam, 9%.
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