O contador Florisvaldo Caetano de Oliveira, responsável por
realizar o pagamento de propinas do Grupo J&F a partidos e políticos, disse
ter recebido do ex-diretor da empresa Ricardo Saud para realizar a entrega
de R$ 1 milhão ao coronel aposentado João Baptista Lima Filho "o mais
rápido possível" uma vez que se tratava de "dinheiro do Michel
Temer"; Oliveira também relatou em sua delação premiada que o coronel Lima
teria reclamado do fato do dinheiro não ter sido entregue no primeiro encontro
entre eles; repasse da propina foi realizado dois depois
247 - O contador Florisvaldo Caetano de Oliveira, responsável por
realizar o pagamento de propinas do Grupo J&F a partidos e políticos, disse
ter recebido a orientação do ex-diretor da empresa Ricardo Saud a realizar a
entrega de R$ 1 milhão ao coronel aposentado João Baptista Lima Filho "o
mais rápido possível" uma vez que se tratava de "dinheiro do Michel
Temer".
Oliveira também
relatou em sua delação premiada que o coronel Lima teria reclamado do fato do
dinheiro não ter sido entregue no primeiro encontro entre eles, no começo de
setembro de 2014. Na última quinta-feira (11), a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, solicitou ao ao ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Edson Fachin, a "adoção das providências cabíveis em relação a
detentores de foro no STF". Neste caso, específico, Temer é o único
detentor de foro privilegiado.
Ainda
segundo o contador, o dinheiro não teria sido entregue no primeiro encontro com
Lima, ocorrido na sede da Argeplan Arquitetura & Engenharia, em São Paulo,
de propriedade do ex-coronel, por ele achar "mais adequado um primeiro
encontro para acertar os detalhes da entrega". "O coronel reclamou
que eu não tinha levado a quantia naquele momento", completou Oliveira.
O
ex-diretor da JBS Ricardo Saud também o teria questionado sobre a demora em
efetuar o repasse. "Ricardo então ficou preocupado, reclamou muito e disse
'isso já era para ter sido entregue, é dinheiro do Michel Temer', pedindo para
que eu providenciasse a entrega o mais rápido possível e o avisasse",
relatou o delator. O repasse foi realizado dois depois.
O
Palácio do Planalto não se manifestou sobre o assunto.
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