O acompanhamento
periódico da execução orçamentária permite estimar a evolução das receitas e
despesas do exercício e antecipar a necessidade de correções de rumo
(Foto: Edson Denobi) |
A avaliação do
cumprimento das metas fiscais da Prefeitura de Apucarana e suas autarquias durante
ao primeiro quadrimestre deste ano (janeiro a abril) foram tema de uma
audiência pública de prestação de contas realizada nesta quarta-feira (30/05),
no plenário da Câmara de Vereadores. As informações administrativas e contábeis
da gestão municipal ao longo do período foram detalhadas pelo secretário
Municipal da Fazenda, Marcello Augusto Machado.
“A Constituição Federal e a Lei de
Responsabilidade Fiscal são bem claras ao determinar que até o final dos meses
de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo deve convocar a população para
dar ciência à sociedade de como está o Município no quesito da execução
orçamentária e cumprimentos dos índices obrigatórios e, em Apucarana, a gestão
do prefeito Beto Preto cumpre a lei em todos os seus quesitos”, salientou
Machado. Ele frisou que o acompanhamento periódico da execução orçamentária
permite estimar a evolução das receitas e despesas do exercício e antecipar a
necessidade de correções de rumo a tempo de garantir o cumprimento das metas
fiscais definidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Plano
Plurianual (PPA).
Do total consolidado de R$350.286.410,32
em receitas previstas para o exercício, 34,49% já foram arrecadadas no primeiro
quadrimestre. Fixada no mesmo patamar das receitas, as despesas totais já
realizadas pela administração municipal (de janeiro a abril) contabilizaram
44,17% do previsto para todo o ano. “O pagamento de sentenças judiciais, fruto
da dívida herdada pelo atual governo, mais uma vez absorveu capacidade de
investimento. Dos R$10 milhões previstos para saírem dos cofres municipais em
2018, R$4.783.281,01 já foram efetivamente pagos pela prefeitura de janeiro a
abril”, informou Marcello Machado, secretário Municipal da Fazenda.
Das receitas municipais, destaque para o
Repasse Fundo a Fundo Saúde com R$28.406.974,91; FUNDEB com R$19.570.163,75;
FPM com R$18.126.708,32; ICMS com R$15.501.047,75; IPVA com R$14.209.030,02 e
IPTU com R$9.456.798,86 arrecadados no quadrimestre. Dos R$11.117.703,50
previstos para serem repassados em 2018 à Câmara Municipal de Vereadores a
titulo de duodécimo, 31,77% foram depositados no período (R$3.532.625,44). “O
primeiro quadrimestre é o período em que recebemos receitas maiores, sobretudo
devido ao IPTU que é 100% da prefeitura e ao IPVA, com 50% dos valores pagos
por proprietários de veículos emplacados em Apucarana repassados ao cofre
municipal”, explicou Machado.
A prestação de contas revelou ainda que o
gasto com pessoal, em relação à receita corrente líquida (RCL) referente aos
últimos 12 meses (R$315.573.866,15), está de acordo com as normas fixadas pela
lei e fiscalizas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná. “Nossa folha de
pagamento absorve 41,78% da RCL, bem abaixo do limite de alerta (48,6%), limite
prudencial (51,3%) e limite máximo (54%)”, revelou Machado. Durante a prestação
de contas, Marcello Machado tornou público ainda um resumo dos atendimentos e
procedimentos da Autarquia Municipal de Saúde (AMS).
Paralisação dos caminhoneiros já impacta
na arrecadação
Além de solicitarem a atualização da
situação da prefeitura com relação ao cálculo das dívidas herdadas pela atual
administração e como anda o pagamento de precatórios, preocupações recorrentes
dos vereadores em todas as prestações de contas quadrimestrais, outro assunto
que rendeu perguntas ao secretário Municipal da Fazenda, Marcello Augusto
Machado foi com relação ao impacto real da paralisação dos caminhoneiros nas
contas municipais. “Fizemos um levantamento comparativo recente e verificamos
que o número de emissão de notas fiscais teve uma queda de 30%, o que impacta
diretamente na arrecadação do ISS. O ICMS também deve cair e, o FPM, só devemos
sentir o impacto nos próximos 90 dias. Com relação à arrecadação geral, podemos
afirmar que foi 10% menor da prevista devido a paralisação. Com relação aos
próximos meses, seguimos na expectativa”, disse Machado.
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