Publicado no Balaio do Kotscho
Recebi do meu amigo
Manoel Fernandes, da Bites, uma pesquisa que ele encomendou à Ideia Big Data
mostrando o que há de novo nesta eleição.
Como já era de se esperar, a internet e as redes sociais vão exercer
forte influência sobre o voto nesta atípica, indefinida e convulsionada disputa
de 2018.
Para 43,4% dos
brasileiros maiores de 18 anos e que acessam as redes por meio de telefones
celulares, é nestas telinhas minúsculas em que eles vão decidir quem merecerá
seu voto.
A pesquisa chegou a esta conclusão depois de entrevistar 1.482 pessoas
em todo o país, divididas por classe social, gênero, faixa etária e religião.
“Junto com a TV, a
internet terá um protagonismo relevante na formação da opinião do eleitor na
próxima eleição”, constata Manoel Fernandes, diretor da Bites.
“Em relação a 2014,
será uma campanha mais curta, com 66% dos eleitores conectados à internet. O
orçamento ficará muito abaixo do que foi gasto em anos anteriores, alem da
permissão dada pelo TSE aos candidatos para impulsionar seus conteúdos nas
redes sociais”.
Este fato novo
explica em grande parte a liderança do ex-capitão Jair Bolsonaro nas pesquisas
sem Lula, já que até agora o candidato da extrema direita praticamente só fez
campanha pela internet. É um candidato virtual, quase ninguém o vê ao vivo.
Nada menos do que
59,5% dos eleitores pretendem acompanhas nas redes sociais as publicações dos
seus candidatos à Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados,
governos estaduais e assembleias legislativas.
Entre as plataformas
preferidas está o Facebook, com 58,%, seguido de longe pelo Youtube (13,2%).
Apenas 4,8% preferem o WhatsApp.
Há no país hoje mais
de 236 milhões de telefones celulares em uso, um cada vez mais poderoso
instrumento de formação de opinião pública.
A pesquisa informa
que o tráfego a partir de dispositivos móveis já representa 56% da audiência da
rede.
“Apesar de tratarem
com muita cautela a informação vinda das redes sociais, essa campanha vai
abrigar grande parte do debate no ambiente digital”, explica Maurício Moura,
diretor do Ideia Big Data.
Mesmo assim, a
televisão ainda é a primeira fonte de informação sobre política consultada
pelos entrevistados (53,6%), vindo a seguir os sites de notícia (42,5%),
jornais (42%)e rádios (16,3%).
Bites e Ideia Big
Data são empresas que pesquisam e analisam dados de natureza digital com o
objetivo de atender seus clientes de diversos setores que estão entre as 500
maiores do país.
Nas mãos dos
eleitores, o celular pode ser uma arma para eleger ou detonar candidatos. Muito
cuidado nessa hora.
Vida que segue.
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