Ex-ministro de Lula teve o último recurso na
segunda instância negado nesta quinta (17/5) pelo TRF-4
Após a juíza
substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), Gabriela Hardt,
determinar na noite desta quinta-feira (17/5) a prisão imediata do ex-ministro
da Casa Civil José Dirceu (PT), os advogados do petista garantiram que ele
vai se apresentar à Polícia Federal nesta sexta-feira (18).
Frente à promessa da defesa de Dirceu de ele se apresentar voluntariamente
às autoridades, a juíza Gabriela Hardt fixou prazo. “Considerando-se que o
defensor de José Dirceu de Oliveira e Silva peticionou informando que ele
pretende se entregar, deverá ele apresentar-se à carceragem da Polícia Federal
em Brasília no dia 18/5/2018, até as 17h, ocasião na qual a autoridade policial
deverá cumprir o mandado”, escreveu a magistrada em seu despacho.
Gabriela
Hardt definiu, ainda, onde se dará o início da detenção. “Após a efetivação da
prisão, autorizo desde logo a transferência para o sistema prisional em
Curitiba (PR), Complexo Médico Penal, ala reservada aos presos da Operação
Lava-Jato, sem prejuízo de eventual recambiamento ao Complexo Penitenciário da
Papuda, no futuro, se for o caso”, escreveu a magistrada. Outros presos da
Lava Jato já cumprem pena na unidade curitibana. É o caso do ex-senador Gim
Argello e do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.
Agrego
apenas que, tratando-se de crimes de gravidade, inclusive corrupção e lavagem
de dinheiro, com produto do crime calculado em cerca de R$ 46.412.340,00, com
somente uma pequena parcela recuperada, a execução após a condenação em segundo
grau impõe-se sob pena de dar causa a processos sem fim e a, na prática,
impunidade de sérias condutas criminais"
Gabriela
Hardt, juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba
Derrotas
na Justiça
Dirceu estava solto desde maio de 2017, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O político foi preso em agosto de 2015, após ser condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, em primeira instância, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de corrupção da Petrobras.
Dirceu estava solto desde maio de 2017, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O político foi preso em agosto de 2015, após ser condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, em primeira instância, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de corrupção da Petrobras.
O político
teve nova condenação, também por Moro, em maio de 2016: a 20 anos e 10
meses de prisão – sentença confirmada pelo TRF-4, em 26 de setembro do ano
passado. A Corte, contudo, aumentou a pena para 30 anos e 9 meses de reclusão.
O ex-ministro
é acusado de receber uma mesada repassada pelo lobista Milton
Pascowitch. Segundo a acusação, a empreiteira Engevix pagava propina por meio
de contratos fictícios feitos com a JD Consultoria, empresa de Dirceu, em troca
de acordos com a Diretoria de Serviços da Petrobras.
Fonte: Portal Metropoles
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