A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem feito a escolta de caminhões-tanque até os aeroportos, para que possam abastecer aeronaves
Fernando Frazão/Agência Brasil |
O
ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, declarou hoje (24) que o emprego
de força federal para conter a greve dos caminhoneiros não foi requisitada
pelos estados, mas que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem feito a escolta
de caminhões-tanque até os aeroportos, para que possam abastecer aeronaves.
Jungmann falou com
a imprensa após palestra durante a Conferência sobre Segurança Pública na
Fundação Getulio Vargas (FGV), na capital paulista. “O governo, evidentemente,
monitora [a greve dos caminhoneiros] e temos informações praticamente hora a
hora, produzidas pela Polícia Rodoviária Federal e área de
inteligência."
Um
gabinete de crise do governo federal trabalha no monitoramento, segundo o
ministro, e uma eventual utilização das Forças Armadas ocorreria somente em
“último caso”. “Não temos tido maiores choques. Temos, efetivamente,
bloqueios”, disse.
A
crise trazida pela paralisação dos caminhoneiros atrasou a sanção do projeto de
lei que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), antes prevista para
ocorrer esta semana. De acordo com Jungmann, alguns ministérios ainda “se
debruçam” sobre o projeto e poderão sugerir vetos.
Para
o ministro, a melhor maneira de lidar com o tema de segurança pública é
investir em uma política nacional estruturada na prevenção e rever o sistema
penitenciário. Segundo Jungmann, três em cada quatro presos no país praticaram
roubo, furto ou são usuário de drogas e pequeno traficante. “Estamos
abarrotando o nosso sistema”.
O
ministro defende ampliação do uso de penas alternativas e de tornozeleiras
eletrônicas para evitar que jovens que cometeram crimes leves sejam recrutados
pelo crime organizado dentro das cadeias. “O sistema penitenciário é controlado
por gangues e quadrilhas pelo Brasil afora." Com informações da Agência
Brasil.
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