A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) decidiu levar a
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) em razão da denúncia apresentada na véspera do
Primeiro de Maio em razão de supostos benefícios que teriam concedidos pelo
governo da presidente deposta Dilma Rousseff à Odebrecht; Gleisi disse que
a denúncia contra ela é “absolutamente falsa” e pediu que Raquel seja
responsabilizada pelo que avalia ser “leviandade, irresponsabilidade e má-fé”;
segundo o jurista Afrânio Silva Jardim, a denúncia é de fato muito frágil e
criminaliza decisões rotineiras da política
247 – A senadora Gleisi
Hoffmann (PT-PR) decidiu levar a procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em razão da denúncia
apresentada na véspera do Primeiro de Maio em razão de supostos benefícios que
teriam concedidos pelo governo da presidente deposta Dilma Rousseff à Odebrecht,
segundo reportagem da jornalista Maria
Lima.
Segundo
a PGR, o PT teria à disposição US$ 40 milhões (o equivalente a R$ 64 milhões na
época dos fatos), em uma conta mantida pela Odebrecht, para cobrir uma série de
despesas indicadas pelos petistas, como a campanha de Gleisi ao governo do
Paraná em 2014, em troca de decisões políticas que favorecessem a empresa.
Gleisi
disse que a denúncia contra ela é “absolutamente falsa” e pediu que Raquel seja
responsabilizada pelo que avalia ser “leviandade, irresponsabilidade e má-fé”.
“Essa
denúncia é um desvario completo. A PGR, evidentemente, sabe disso. Não posso
crer que me acuse, sem sequer examinar as contas. Ignoram deliberadamente,
porque, se considerassem a dívida declarada, as contas fechariam, só que as
acusações que queriam fazer ficariam sem pé nem cabeça. Então, se os fatos
contradizem a nossa versão, que se danem os fatos. O importante é a versão.
Forçaram para tirar o caso da Justiça Eleitoral. Estou certa de que, se a
avaliação das minhas contas tivesse sido feita pelo procurador que avaliou o caso
do Geraldo Alckmin, essa denúncia teria sido remetida ao Tribunal Superior
Eleitoral.”
Segundo
o jurista Afrânio Silva Jardim, a denúncia é de fato muito frágil e criminaliza
decisões rotineiras da política. A mesma análise foi feita pelo jurista Fabio
Konder Comparato (leia aqui).
Nenhum comentário:
Postar um comentário