A procuradora Adriana Scordamaglia, do Ministério Público
Federal em São Paulo, criticou a decisão do ministro Gilmar Mendes de mandar
soltar novamente o operador do PSDB Paulo Preto, sua filha, Tatiana Arana
de Souza, e o ex-diretor da Dersa Geraldo Casas Vilela; para a
procuradora, que é integrante da Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo, a
decisão do ministro alimenta a sensação de impunidade. A fala depois da
audiência de custódia da prisão de Paulo Preto, que recebeu a notícia de sua
soltura antes mesmo de seu final da audiência de custódia; "Foi uma
audiência sui generis, que foi atropelada ao seu final com uma liberdade
concedida pela última instância", criticou
SP 247 - A
procuradora Adriana Scordamaglia, do Ministério Público Federal em São Paulo,
criticou a decisão do ministro Gilmar Mendes de
mandar soltar novamente o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo
Preto, acusado de ser arrecadador de propinas para o PSDB durantes os governos
tucanos.
Além de
Paulo Preto, sua filha, Tatiana Arana de Souza, e Geraldo Casas Vilela,
ex-diretor de Assentamentos da Dersa foram presos nesta quarta-feira, 30,
por ordem da juíza Maria Isabel do Prado, da 5.ª Vara Criminal Federal de São
Paulo, e soltos apenas 12 horas depois pelo ministro do STF. Eles são acusados
de desvios de R$ 7,7 milhões da Dersa em reassentamentos no âmbito das obras do
Rodoanel Trecho Sul.
Para a
procuradora Scordamaglia, que é integrante da Força Tarefa da Lava Jato em São
Paulo, a decisão do ministro alimenta a sensação de impunidade. A fala depois
da audiência de custódia da prisão de Paulo Preto, que recebeu a notícia de sua
soltura antes mesmo de seu final. "Foi uma audiência sui generis, que foi
atropelada ao seu final com uma liberdade concedida pela última
instância", criticou a procuradora regional da República.
"A
audiência estava se encerrando com a manutenção da prisão dos corréus José
Geraldo e Paulo Vieira", conta Adriana. "Causou-me inda mais
estranheza o teor da decisão cujo HC foi concedido de ofício para a corré
Tatiana [filha de Paulo Preto]".
Na
decisão que concedeu a liberdade a Paulo Preto, Gilmar afirmou que o juiz de
primeiro grau decretou a prisão preventiva porque a defesa de Preto teria
exercido influência em outras testemunhas, mas apontou como prova "tão
somente a presença da advogada da empresa DERSA na referida audiência".
Nenhum comentário:
Postar um comentário