Mandado
de prisão foi expedido na noite dessa terça-feira. Tucano chegou a ser
considerado foragido da Justiça
(foto: Gladyston
Rodrigues/EM/D.A Press )
O ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) acaba de se entregar à
1ª Delegacia Distrital da Polícia Civil, no Bairro Funcionários, Região
Centro-Sul de Belo Horizonte. Desde o início da manhã, a defesa do tucano
estava em negociação para que ele se entregasse, o que ocorreu por volta das
14h50. O carro em que Azeredo e o advogado Castellar Neto estavam entrou direto
na garagem da unidade policial e o ex-governador só desembarcou quando já
estava dentro do prédio.
Azeredo agora terá o ato de prisão lavrado e deve, logo em seguida, ser
encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), onde passará por exame de corpo de
delito.
Por determinação da Justiça, ele não vai para
uma prisão comum. O tucano conseguiu na Justiça o direito de ficar preso em
unidade da Polícia Militar de Minas Gerais sem a necessidade da utilização de
uniforme do sistema prisional do Estado. A decisão é do juiz Luiz Carlos
Rezende e Santos, da Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte. A Justiça
ainda proibiu o uso de algemas.
No despacho, o
juiz da Vara de Execuções Penais afirmou que "a situação é inédita, nunca
vista anteriormente em Minas Gerais, ou seja, a prisão de um ex-chefe de
Estado. Além de ex-governador, o sentenciado possui vasta participação na vida
política nacional por força de democrática escolha popular, sendo inegável o
respeito que se deve dispensar a esta vontade, outrora exercida, e por isto
mesmo há regramento próprio de proteção a pessoas que desempenharam funções
relevantes na República".
O mandado de prisão contra Eduardo Azeredo foi expedido no início da noite de
ontem, depois que os desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça de Minas gerais (TJMG) negaram o último recurso apresentado pela defesa
para tentar anular a condenação a 20 anos e um mês de prisão no caso do
mensalão mineiro.
Eduardo Azeredo foi condenado sob a acusação de ter desviado R$ 3,5 milhões
para sua campanha eleitoral de 1998, quando foi derrotado por Itamar Franco na
disputa pela reeleição ao governo de Minas.
O esquema, segundo a acusação, envolveria a Companhia Mineradora de Minas
Gerais (Comig), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Banco do
Estado de Minas Gerais (Bemge). (Com agência).
Fonte: Estado de
Minas
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