A CCR, maior concessionária de estradas do país, revelou ter
doado R$ 5 milhões para o caixa dois da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) ao
governo paulista em 2010; o dinheiro teria sido entregue ao cunhado de Alckmin,
Adhemar Ribeiro; denúncia de propinas também atinge os tucanos José Serra e
Aloysio Nunes
247 – O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo
Alckmin, apontado como o "santo" das planilhas da Odebrecht, tem um
novo problema para resolver, além da baixa popularidade. A CCR, maior concessionária
de estradas do país, revelou ter doado R$ 5 milhões para o caixa dois da sua
campanha ao governo paulista em 2010. O dinheiro teria sido entregue ao cunhado
de Alckmin, Adhemar Ribeiro e a denúncia de propinas também atinge os tucanos
José Serra e Aloysio Nunes.
Quem informa é Mario Cesar Carvalho. "A CCR, maior concessionária de estradas do país e quinta
do mundo, deu cerca de R$ 5 milhões para o caixa dois da campanha de Geraldo
Alckmin (PSDB) em 2010, segundo relatos feitos por representantes da empresa ao
Ministério Público de São Paulo. O
dinheiro teria sido entregue ao cunhado de Alckmin, o empresário Adhemar
Ribeiro, segundo a narrativa feita à Promotoria, e não consta da prestação de
contas. É a segunda vez que o cunhado é associado a arrecadações ilegais de
campanha. A Odebrecht relatou em acordo de delação ter entregue R$ 10,7 milhões
a ele, também na campanha de 2010", diz ele.
"A
CCR não pode fazer doações eleitorais por ser concessionária de serviços
públicos, como estradas, metrô e barcas. Já era esse o entendimento do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) à época da doação, em 2010. Três anos depois esse
veto virou lei na minirreforma política. A
empresa tem a concessão de algumas das principais rodovias paulistas, como o
complexo Anhanguera-Bandeirantes e trechos da rodovia Castello Branco e da
Raposo Tavares", aponta ainda o jornalista.
Em
São Paulo, as tarifas de pedágios estão entre as mais caras do mundo. "Nos relatos reunidos pelo promotor José Carlos Blat, a CCR
aparece como doadora de R$ 23 milhões para três políticos tucanos de SP entre
2009 e 2012: além de Alckmin, são citados o ministro das Relações Exteriores,
Aloysio Nunes, e o senador José Serra. Os valores que teriam sido entregues a
Serra e Aloysio ainda não foram apurados."
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