Boeing 737 caiu nas imediações do
Aeroporto José Martí logo após a decolagem. Sobreviventes estão em estado
crítico
Bombeiros e equipes de resgate no local da queda da aeronave, perto de Havana – Yamil Lage/AFP
Um avião da companhia aérea Cubana de
Aviación, com 113 pessoas a bordo, caiu nesta sexta-feira 18 após decolar em
Havana e deixou um "alto número de vítimas", segundo as autoridades
cubanas.
"Segundo o pessoal da Cubana, (a
aeronave) tinha 104 passageiros e nove membros da tripulação. As notícias não
são nada boas, parece que há um alto número de vítimas", disse à AFP o
presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, após
chegar ao local do acidente.
As brigadas de ajuda conseguiram resgatar
até agora três sobreviventes em "estado crítico", de acordo com
fontes oficiais. Com tripulação estrangeira, a aeronave se dirigia de
Havana a Holguín (leste)" e decolou da capital cubana às 12h08 locais
(13h08 de Brasília).
Localizado a 100 metros do local da queda,
jornalistas da AFP comprovaram que o avião está destruído e em chamas em um
setor perto do aeroporto, próximo a uma plantação.
Uma
grossa coluna de fumaça era vista perto do aeroporto.
"O avião [virou] um monte de ferro e outros
materiais carbonizados. Caiu sobre uma plantação de batata-doce, a 200 metros
das primeiras edificações. Caminhões-tanque apagaram o fogo. Cerca de 20
ambulâncias foram para o local", explicou um repórter da AFP.
De acordo com informações prévias da televisão
estatal cubana, "a aeronave caiu entre Boyeros e Santiago de Las Vegas
(dentro da cidade).
"Já hospitalizados"
José Luis, de 49 anos, mora no entorno do aeroporto
e do supermercado onde trabalha, a 300 metros do local do acidente, é possível
ver as aeronaves que decolam do José Martí. "Eu estava vendendo pão e
cerveja no mercado. De repente, vi que (o avião) saiu, deu voltas e caiu lá
embaixo. Todos nos espantamos", relatou.
Imagens da TV
cubana mostraram brigadas de resgate trabalhando no local do acidente e
retirando em uma maca o que parecia ser um sobrevivente.
A diretora do Transporte Aéreo, Mercedes
Vázquez, detalhou que a empresa que alugou o avião da Cubana denomina-se Damojh
- de procedência mexicana -, segundo o portal oficial Cubadebate .
A área está isolada pela polícia.
Policiais uniformizados e à paisana impedem o acesso.
O último acidente aéreo na ilha havia
ocorrido em 29 de abril de 2017, quando um avião de transporte das Forças
Armadas caiu com oito militares a bordo. O AN-26, de fabricação russa, bateu em
uma montanha baixa, 90 Km a oeste de Havana.
Um avião da companhia aérea cubana
Aerocaribbean caiu em 4 de novembro de 2010, com 68 pessoas a bordo, sendo 28
estrangeiros, quando fazia a rota entre Santiago de Cuba (leste) e Havana. Não
houve sobreviventes. Com informações da Carta Capital
*Leia
mais em AFP
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