A CUT apoia a
paralisação nacional dos caminhoneiros, que estão realizando um movimento
legítimo e justo pela redução dos preços do óleo diesel, e exige que o governo
mude sua política de preços dos combustíveis que tem provocado aumentos
abusivos também no gás de cozinha e na gasolina, aponta nota da entidade
comandada por Vagner Freitas
Por Esmael Morais – Em nota divulgada na tarde
desta sexta-feira(25), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) reforçou o apoio
ao movimento dos caminhoneiros e exige que o governo golpista mude a política
de preços da Petrobras que acompanha as cotações internacionais do barril de
petróleo. Veja a íntegra da nota.
Nota da CUT
A
CUT apoia a paralisação nacional dos caminhoneiros, que estão realizando um
movimento legítimo e justo pela redução dos preços do óleo diesel, e exige que
o governo mude sua política de preços dos combustíveis que tem provocado
aumentos abusivos também no gás de cozinha e na gasolina.
Para
a CUT, a política de preços implantada em julho do ano passado pela gestão de
Pedro Parente, que acompanha as cotações internacionais do barril de petróleo e
do dólar, além do impacto provocado pela redução do processamento de petróleo
nas refinarias brasileiras, com o consequente aumento das importações, tem como
único objetivo beneficiar os acionistas internacionais que buscam o lucro fácil
à custa do sacrifício do povo brasileiro.
O
Brasil não precisa importar nada. O país extrai mais petróleo do que necessita
e tem refinarias com capacidade para produzir todos os derivados consumidos no
país – gás de cozinha, gasolina, diesel etc -, mas essas unidades estão
operando muito abaixo da capacidade nominal, obrigando o país a importar
desnecessariamente grande parte dos combustíveis. E os preços internacionais
atendem apenas os altos lucros das companhias estrangeiras.
Por
isso, a CUT denuncia e não aceita a retirada dos recursos já limitados do
orçamento da União, que deveriam ser destinados para a saúde, educação e
segurança pública, entre outras políticas públicas importantes para o povo,
para ressarcir a Petrobras e subsidiar essa política de preços que beneficia
apenas os acionistas e as companhias estrangeiras.
Para
a CUT, é preciso uma redução geral dos preços dos combustíveis, principalmente
do gás de cozinha, que obriga o povo brasileiro a pagar caro por essa política
irresponsável de preços que provoca reajustes nos alimentos, vestuário,
transporte e em todas as despesas cotidianas da vida.
A
pauta dos caminhoneiros dialoga com a população brasileira cansada dos
desmandos desse governo e também com as pautas da Federação Única dos
Petroleiros (FUP-CUT) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Transportes e Logística (CNTTL), e encampadas pela CUT, que aprovaram em suas
assembleias os seguintes eixos:
–
redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha,
–
manutenção dos empregos e retomada da produção interna de combustíveis,
–
fim das importações da gasolina e outros derivados de petróleo,
–
contra as privatizações e desmonte do Sistema Petrobras,
–
Redução das Tarifas de Energia Elétrica,
–
Isenção de Pedágio para eixos suspensos,
–
Piso Mínimo Nacional para o Frete.
Para
a CUT, juntos, esses eixos apontam uma solução concreta para os problemas que
os aumentos abusivos dos combustíveis e do gás de cozinha estão provocando na
vida de toda a sociedade brasileira. A paralisação dos caminhoneiros chamou a
atenção para um problema real, que vem sendo denunciado pela FUP e pela CNTTL
desde que a direção da Petrobras mudou a política de reajuste e os preços
dispararam no Brasil. A Petrobrás deve permanecer pública e Estatal.
Esse
governo já causou muitos transtornos à população brasileira. Por isso, exigimos
que atenda as justas reivindicações dos caminhoneiros, para que a população não
sofra ainda mais com o desabastecimento em curso e possa voltar a ter acesso
normalizado aos transportes, alimentos e todos recursos necessários da vida
cotidiana.
São
Paulo, 25 de maio de 2018
Vagner
Freitas – presidente da CUT
Paulo
João Estausia – presidente da CNTTL
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