Os recursos virão
do corte de igual valor no programa do seguro-desemprego. Proposta segue para
sanção presidencial
O Plenário do
Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira (2), proposta (PLN 8/18) que abre crédito
suplementar de R$ 1,16 bilhão para o Fundo de Garantia à
Exportação (FGE). A matéria será enviada à sanção presidencial.
Os recursos
suplementados virão do cancelamento de igual valor do programa do
seguro-desemprego.
Apesar de o FGE possuir superavit de cerca de R$ 4,5 bilhões, a possibilidade de não pagamento de parcelas devidas pela Venezuela e por Moçambique na compra de serviços exportados pelo Brasil e garantidos pelo fundo levou o governo à decisão de enviar o projeto para reforçar o caixa do FGE.
Apesar de o FGE possuir superavit de cerca de R$ 4,5 bilhões, a possibilidade de não pagamento de parcelas devidas pela Venezuela e por Moçambique na compra de serviços exportados pelo Brasil e garantidos pelo fundo levou o governo à decisão de enviar o projeto para reforçar o caixa do FGE.
A complementação
evita que o dispêndio do FGE afete a meta de resultado primário de 2018, que é
um deficit de R$ 159 bilhões. Também impede que o limite da despesa primária
deste ano seja alterado, como determina a emenda que criou o teto dos gastos
públicos (Emenda Constitucional 95).
As dívidas de
Venezuela e Moçambique são perante o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). Entretanto, a proposta aprovada não
especifica que o dinheiro deva ser usado para cobrir exclusivamente a falta de
pagamento por parte desses países. Sua incorporação ao FGE permite a cobertura
da dívida de qualquer outra nação que não honrar seus compromissos.
Criado pela Lei 9.818/99, o FGE é um fundo
vinculado ao Ministério da Fazenda que tem como finalidade cobrir o aval da
União nas operações de Seguro de Crédito à Exportação (SCE). O SCE fornece
seguro às exportações brasileiras contra os riscos comerciais e políticos,
entre outros. O exportador que tiver o seguro com garantia da União recebe os
recursos do FGE caso o importador estrangeiro não honre seus compromissos.
Fonte:
Agência Câmara
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