O movimento de paralisação dos caminhoneiros no Paraná
começou tímido nesta segunda-feira (21). Na PR-090, a Polícia Rodoviária
Estadual (PRE) confirmou o bloqueio feito por aproximadamente 60 caminhões na
entrada de Assaí (47 km de Londrina). Policiais do posto de São Sebastião da
Amoreira acompanham o manifesto. Já na BR-116, a Régis Bittencourt que
corresponde ao trecho de Quatro Barras, uma faixa no sentido Curitiba-São Paulo
permanece interditada. A categoria está insatisfeito com o aumento no preço dos
combustíveis e a falta de recomposição dos fretes. Ambulâncias, carros de
passeio e veículos pesados com alimentos perecíveis estão trafegando
normalmente.
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Londrina e
Região, Carlos Dellarosa, salientou que "a paralisação é nacional" e
que "representantes do movimento estão em Brasília para tentar reverter a
política de elevação dos combustíveis. Do jeito que está, não conseguimos
trabalhar". O sindicalista garantiu que "enquanto o governo federal
não tomar uma posição, a greve não tem data para acabar". Sem querer se
identificar, um caminhoneiro que carrega móveis contou à FOLHA que
"parar é a única solução. Estou pagando para trabalhar. Tenho escola dos
meus filhos para quitar. O custo do diesel subiu muito nos últimos dias,
tornando a situação insustentável".
Reprodução/Polícia Rodoviária Federal |
Durante a manhã, a PRF assegurou o começo de manifestações
semelhantes na BR-277, em Paranaguá, em andamento; BR-376, km 502, Ponta
Grossa; BR-376, km 257, Califórnia, em andamento; BR-153, km 43, Santo Antônio
da Platina e BR-153, km 112, Ibaiti (Norte Pioneiro). No pontilhão da PR-445
com a BR-369, no trevo de Cambé, os caminhoneiros também se manifestaram. Veja o vídeo:
No último sábado (19), o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da Seção
Judiciária do Paraná, concedeu na tarde deste sábado (19) liminar que proíbe
eventuais bloqueios de rodovias federais no estado, sob pena de multa de R$ 100
mil por hora de interdição. A decisão judicial foi tomada em resposta a uma
ação de interdito proibitório movida pela AGU (Advocacia Geral da União), que,
por sua vez, foi acionada pela Superintendência da Polícia Rodoviária Federal
(PRF) no Paraná.
Em ofício remetido à AGU na última sexta-feira (18), a
Polícia Rodoviária Federal alerta que a interrupção do fluxo de veículos, ainda
que parcial, representa uma violação ao direito de locomoção. A PRF observa que
não pretende impedir protestos ou manifestações, mas proteger a segurança das
pessoas e garantir a fluidez do tráfego.
(com
informações da Polícia Rodoviária Federal e da repórter da Folha de Londrina,
Micaela Ori
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