sexta-feira, 4 de maio de 2018

Assistência Social: Rede une esforços no combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em Apucarana


Com atividades ao longo de todo o mês, o dia nacional escolhido para marcar o Dia de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi o dia 18 
(Foto: Profeta)
Com uma “rua de recreio”, das 9 às 12 horas, na Escola Municipal Papa João XXIII, na Vila Regina, tem início neste sábado (05/05) a programação da Campanha de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Apucarana. Desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Assistência Social, através do Serviço de Atenção e Proteção Especial à Criança e Adolescente do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), em parceria com entidades ligadas à rede municipal de proteção, ao longo de todo o mês de maio serão realizadas ações educativas visando a mobilização e maior conscientização da sociedade.
“Muito importante se falar sobre isso, quebrar o silêncio. E essa campanha tem este sentido, informar a sociedade sobre a prevenção e os canais de denúncia. O ser humano não pode aceitar que o próximo esteja sujeito a qualquer tipo de violência, ainda mais em se tratando de uma criança. Parabéns a todos os envolvidos neste ato de carinho, amor e muita coragem em favor de nossas crianças e adolescentes”, disse Júnior da Femac, vice-prefeito de Apucarana, que representou o prefeito Beto Preto na solenidade de abertura da campanha, que aconteceu nesta sexta-feira (04/05) na sede do CREAS.
Além da denúncia, a melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção, disse a secretária interina da Assistência Social, Priscila Cunha. “Por isto prezamos pelo trabalho informativo junto aos pais e responsáveis, a sensibilização da população em geral e dos profissionais das áreas de educação e jurídica, com a identificação de crianças e adolescentes em situação de risco, e o acompanhamento da vítima e do agressor”, pontuou Priscila. De acordo com ela, se a pessoa souber de algum caso de violência ou exploração sexual infantil, deve procurar o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária, ou ainda ligar para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Apucarana (CMDCA), Roberta Fogaça, enalteceu o engajamento da rede de proteção e que a tarefa é uma obrigação de toda a sociedade. “Fazemos parte de um conselho de garantia de direitos, mas devemos salientar que o assunto desta campanha diz respeito a todos enquanto sociedade. Graças a eventos como estes, muitos avanços foram implementados e estamos mais atentos ao problema do que há anos atrás, muito embora os casos ainda aconteçam de forma muito velada, o que torna ainda mais importante uma maior conscientização da população para contribuir no combate deste tipo de violência, que muitas vezes acontece dentro da própria família da vítima”, alertou Roberta.
Com atividades ao longo de todo o mês, o dia nacional escolhido para marcar o Dia de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi o dia 18. “Neste dia, em 1973, uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos. Desde então, esse se tornou o dia para que a população brasileira se una e se manifeste contra esse tipo de violência”, relatou Priscila Cunha, secretária interina da Assistência Social de Apucarana.
Além da rua de recreio neste sábado, na Vila Regina, a programação prevê apresentação do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) em diversos locais, exibição de documentário para o público adolescente, diálogo sobre ética da denúncia, blitz educativa, caminhada e rodas de conversas com equipe das entidades sociais, corpo docente e discente de colégios estaduais.
Por dentro do assunto
O que é violência sexual?

É a situação em que a criança ou o adolescente é usado para o prazer sexual de uma pessoa mais velha. Ou seja, qualquer ação de interesse sexual, consumado ou não.

É uma violação dos direitos sexuais das crianças e adolescentes, porque abusa ou explora do corpo e da sexualidade, seja pela força ou outra forma de coerção, ao envolver crianças e adolescentes em atividades sexuais impróprias à sua idade, ou ao seu desenvolvimento físico, psicológico e social.
Abuso x Exploração

A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas. Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma posição de autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente, ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico.

Já a exploração se caracteriza pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre a exploração sexual: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual.
Denúncia
Além da prevenção, o combate a essa realidade exige que os casos sejam denunciados. Portanto, se souber de algum caso de violência sexual infantil, procure o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária e ligue para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.



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