sábado, 19 de maio de 2018

Após Lula, TRF-4 não tem mais pressa na Lava Jato


Após a prisão de Lula, o ritmo das ações no escopo da operação Lava Jato teve um redução drástica; a oitava turma do tribunal, que chegou a julgar quatro processos da operação em novembro, só concluiu decisão sobre um caso desde que aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês de prisão; o juiz federal Victor Luiz dos Santos Laus fez três pedidos de vista e as decisões praticamente paralisaram; esse ritmo lento comparado à velocidade das tramitações contra Lula chama ainda mais atenção para o contraste dos procedimentos
247 – Após a prisão de Lula, o ritmo das ações no escopo da operação Lava Jato teve ume redução drástica. A oitava turma do tribunal, que chegou a julgar quatro processos da operação em novembro, só concluiu decisão sobre um caso desde que aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês de prisão. O juiz federal Victor Luiz dos Santos Laus fez três pedidos de vista e as decisões praticamente paralisaram. Esse ritmo lento comparado à velocidade das tramitações contra Lula chama ainda mais atenção para o contraste dos procedimentos.
Os outros dois membros da turma, o relator da Lava Jato João Pedro Gebran Neto e o revisor Leandro Paulsen deram os seus votos, mas Laus pediu mais tempo para analisar melhor os casos. Não há data para que os processos sejam devolvidos. Desde que saiu da primeira instância, o processo contra Lula tramitou com uma velocidade acima da média no TRF-4, o que provocou reclamações da defesa e de apoiadores.
Depois dele, foi concluído apenas o julgamento de recurso do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, acusado pelo Ministério Público de lavagem de R$ 6 milhões. A defesa nega que ele tenha cometido irregularidades. Delúbio teve a pena aumentada de cinco para seis anos de prisão. Outros réus no processo também foram julgados. O primeiro pedido de vista aconteceu no mesmo dia, 27 de março, no processo que envolve o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
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