Prestes a completar um ano como presidente nacional do PT, a
senadora Gleisi Hoffmann vai se consolidando como a principal liderança do
partido em meio ao cenário adverso da prisão de Lula; Gleisi vem materializando
a estratégia de Lula e enfrenta as pressões internas e externas com notável
disposição
247 – Prestes a completar um
ano como presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann vai se
consolidando como a principal liderança do partido em meio ao cenário adverso
da prisão de Lula. Gleisi vem materializando a estratégia de Lula e enfrenta as
pressões internas e externas com notável disposição.
Internamente,
a senadora retifica o óbvio: "eles não percebem que tudo é combinado
diretamente com o Lula?”. Com esta afirmação, Gleisi deixa claro que sua ação
está em conexão máxima com a estratégia do ex-presidente.
Dentro
do PT, há uma ala minoritária que considera importante debater a substituição
de Lula na chapa presidencial. Mas, Gleisi, de posse da interlocução periódica
com Lula e de uma verve cada vez mais densa, rechaça a hipótese com muita
firmeza e frases de efeito: “os governadores têm uma preocupação natural, mas o
PT só tem a perder se substituir Lula ou apoiar outro candidato agora”.
“Teríamos
uma dispersão da base e uma crise sem precedentes, porque hoje não temos um
nome com capacidade de unificar o partido”, disse ainda a senadora em meio às
pressões da própria imprensa, que vem apresentando dificuldades em acompanhar
seus movimentos.
Ela
ressalta que “nem tudo é discutido com o [ex-] presidente, mas a tática
eleitoral e a estratégia política são conversadas com ele e com a direção
partidária. Não é da minha cabeça. Não sou iluminada, assim”.
Lula
confiou a Gleisi a função de porta-voz ao ser preso, em abril, pois acreditava
[e acredita] que a senadora é capaz de fazer enfrentamentos e levar ao limite a
tarefa de prosseguir com sua candidatura que, ademais, lidera todos os cenários
de maneira avassaladora.
Sobre
Ciro Gomes, o mais ‘assediador’ dos candidatos em busca de aliança, ela diz:
“Ciro não passa no PT nem com reza brava”.
“Depois,
os governadores Rui Costa (Bahia) e Camilo Santana (Ceará) se manifestaram,
acirrando a divisão. Lula precisou intervir: alinhou-se a Gleisi e disse que a
senadora estava certa ao desestimular discussões sobre um plano B, mas
recomendou uma trégua. A presidente do PT se reuniu na semana passada com
quatro dos cinco governadores do partido. Ela diz que a conversa “foi boa” e
que apresentou aos colegas argumentos jurídicos pela manutenção da candidatura
de Lula.
Dirigentes
regionais reclamam que a postura “inflexível” de Gleisi impede a costura de
coligações estaduais porque os partidos aliados não sabem quem será o candidato
petista à Presidência. “Com a Lei da Ficha Limpa, a candidatura será
questionada. Até setembro, a questão se resolve e definiremos se vamos disputar
com Lula mesmo com uma eventual suspensão da candidatura ou se faremos a
substituição. Isso não está dado”, argumentou a senadora."
Leia
mais aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário