Há 3 anos, em 09 de abril de 2015, o governador Beto Richa
(PSDB) publicava de maneira discreta um balanço dos 100 dias do seu segundo
mandato. A Secretaria da Casa Civil tentou imprimir um tom de comemoração na
lista de “realizações”, mas não havia clima para isso. Da mesma forma, os servidores
denunciavam o desastre do segundo mandato do tucano.
O título do
balanço do governo já entrava na defensiva: “Paraná corta gastos e mantém
avanços em educação, saúde, segurança”. A parte do corte dos gastos era
verdade, pelo menos no que tange aos salários e direitos dos servidores. Já
sobre manter os avanços…
Naquele
momento, era consenso que o primeiro governo de Richa havia se excedido nos
gastos para bancar a reeleição e agora chegava a fatura. E quem iria pagar
seriam os servidores, com o confisco da previdência e os paranaenses em geral,
com o aumento de impostos e taxas do governo.
Ainda
não eram conhecidos os esquemas de corrupção dentro do governo, desvendados
pelas operações “Quadro
Negro” e “Publicano”
do Gaeco.
A
APP-Sindicato, entidade representativa dos professores da rede pública estadual,
publicou o seu balanço dos 100 dias. Leia o trecho a seguir:
“Para
consertar a sequência de erros, Beto Richa tomou medidas austeridade, como
costuma definir nas poucas entrevistas que cedeu para à imprensa, ou utilizando
um termo popular entre os paranaenses, investiu nos “pacotaços”: aumento do
ICMS, do IPVA, tentativa de acessar os recursos da previdência dos(as)
servidores(as) e por aí vai.”
“Por
conta disso, a resposta popular foi imediata. Greves de várias categorias do
serviço público, mobilizações pedindo o seu impeachment e uma campanha
fervorosa para mudar a sua imagem de bom moço e expor seu verdadeiro plano de
governo neoliberal.”
“Um dos
momentos emblemáticos destes 100 dias foi a greve geral dos(as) educadores(as)
que paralisou as escolas estaduais por 29 dias. Movimento esse que motivou a
eclosão de outras greves e contribuiu para tornar pública a falta de
comprometimento com o discurso de campanha do governador Beto Richa.”
A
verdade é que os professores ainda não tinham entendido do quê Beto Richa e sua
equipe realmente eram capazes. Mas isso ficou claro da pior maneira possível.
Durante a resistência contra a aprovação do confisco da previdência, o
governador não hesitou usar a força policial de maneira desproporcional contra
os servidores.
Ainda
faltavam 20 dias para o massacre do Centro Cívico. Vamos relembrar diariamente
os fatos que conduziram a esse desfecho trágico. Para que nunca seja esquecido.
Fonte: Blog do
Esmael
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