O líder do PT na Câmara,
Paulo Lula Pimenta (RS), anunciou nesta quinta-feira (12) que o partido deverá
representar no STF contra a procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, pelo
crime prevaricação; medida deverá ser efetiva se ficar comprovado que a chefe
do Ministério Público deixou de investigar denúncias de tráfico de influência e
outros crimes supostamente praticados por procuradores que integram a Operação
Lava Jato, conduzida por Sérgio Moro; na denúncia encaminhada à PGR, a Bancada
do PT expôs farta documentação obtida do advogado Rodrigo Tacla Durán na CPMI
da JBS
247 - O líder do
PT na Câmara, Paulo Lula Pimenta (RS), anunciou nesta quinta-feira (12) que o
partido deverá protocolar representação no Supremo Tribunal Federal contra a
procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, pelo crime prevaricação.
Medida
deverá ser efetiva se ficar comprovado que a chefe do Ministério Público deixou
de investigar denúncias de tráfico de influência e outros crimes supostamente
praticados por procuradores que integram a Operação Lava Jato, conduzida por
Sérgio Moro.
De
acordo com informações do PT na Câmara, as denúncias foram feitas pela bancada
à PGR em dezembro último e na quarta-feira (11) foram reiteradas pelo ministro
Gilmar Mendes, durante sessão do STF. Porém, até agora nenhuma informação foi
dada sobre eventuais providências acerca do pedido encaminhado pela bancada,
com base em denúncias feitas pelo ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán,
que apontou fortes indícios de crime no âmbito da Lava Jato, como tráfico de
influência, falsificação de documentos e prevaricação.
Segundo
Paulo Pimenta, cópias dos documentos encaminhados à PGR serão entregues também
a Gilmar Mendes. "Caso fique comprovado que não houve a investigação por
parte da PGR, vamos analisar a possibilidade de representar por prevaricação
contra a procuradora-geral, que está protegendo e não investigando",
afirmou.
Na
denúncia encaminhada à PGR, a Bancada do PT expôs farta documentação obtida do
advogado Rodrigo Tacla Durán na CPMI da JBS. Ele trouxe um conjunto de
denúncias importantes com documentos, com extratos, com perícias, que mostram
evidências de possíveis ilegalidades que tenham ocorrido nas investigações da
Lava Jato.
Uma das
denúncias feitas por Tacla Durán revelou o chamado "esquema
Zucolotto", que põe em xeque os acordos de delação premiada da Lava Jato.
Duran apontou o advogado Carlos Zucolotto – amigo próximo do juiz Sérgio Moro e
ex-sócio de sua esposa, Rosângela Moro – como intermediador do seu acordo de
delação com o Ministério Público. Disse ainda que o amigo da família Moro foi
autor de uma proposta de redução de US$ 10 milhões na multa a ser cobrada de
Durán, caso ele fizesse um pagamento de US$ 5 milhões "por fora".
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