"A Globo quer
repetir o que fez em 1964, quando incitou chefes militares contra o governo
constitucional de Jango Goulart. E o faz agora para pressionar o Supremo. A
Globo tem sido historicamente um veneno a democracia", aponta nota
assinada pela presidente do partido Gleisi Hoffmann (PT-PR), pelo senador
Lindbergh Farias (PT-RJ), e pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líderes nas
duas casas do parlamento; "A saída para a crise política, econômica e social
está na realização de eleições livres e democráticas, com a participação de
todas as forças políticas e sem vetos autoritários a Lula"
247 – Em nota divulgada nesta
manhã, o Partido dos Trabalhadores denuncia a tentativa da Rede Globo, que
apoiou o golpe militar de 1964, do qual se desculpou apenas 50 anos depois, de
incitar uma nova intervenção militar no Brasil.
"A
Globo quer repetir o que fez em 1964, quando incitou chefes militares contra o
governo constitucional de Jango Goulart.
E o faz agora para pressionar o Supremo. A Globo tem sido historicamente um
veneno a democracia", aponta nota assinada pela presidente do partido
Gleisi Hoffmann (PT-PR), pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), e pelo deputado
Paulo Pimenta (PT-RS), líderes nas duas casas do parlamento.
Leia abaixo:
É
escandalosa a pressão da Rede Globo para que o Supremo Tribunal Federal negue
ao ex-presidente Lula o direito constitucional de se defender em liberdade da
condenação ilegal e injusta, sem crime nem provas, imposta por Sérgio Moro e
agravada em decisão previamente combinada da 8a. Turma do TRF-4.
Chegaram ontem (3/4) ao cúmulo de
encerrar o Jornal Nacional associando uma declaração do comandante do Exército,
general Villas Boas, ao julgamento marcado para hoje do habeas corpus em defesa
de Lula no STF.
Não é natural da democracia que chefes
militares se pronunciem sobre questões políticas ou jurídicas, como vem
ocorrendo nos últimos dias. Mais estranho ainda é que uma manifestação do
comandante do Exército, general Villa Boas, em rede social, seja divulgada
e manipulada no decorrer de uma edição do Jornal Nacional especialmente
dedicada (23 minutos) a pressionar os ministros do STF.
Nos governos do PT, prestigiamos as
Forças Armadas como nenhum outro desde a redemocratização do País. Em nossos
governos, não faltou fardamento nem rancho para os recrutas. Investimos na
defesa das fronteiras terrestres, das águas territoriais e do espaço aéreo,
devolvendo a dignidade aos militares.
E assim como defendeu o general Villas
Boas nas redes sociais, nós do PT sempre combatemos a impunidade e respeitamos
a Constituição, inclusive no que tange ao papel das Forças Armadas definido na
Constituição democrática de 1988.
A defesa da Constituição implica em
reconhecer a presunção da inocência, conforme definida no parágrafo 57 do
artigo 5o. É o que esperamos que seja ratificado hoje pelo plenário do STF.
A Globo quer repetir o que fez em 1964,
quando incitou chefes militares contra o governo constitucional de Jango
Goulart. E o faz agora para pressionar o Supremo. A Globo tem sido
historicamente um veneno a democracia.
Colunistas amestrados da imprensa,
porta-vozes do fascismo e até oficiais da reserva vêm brandindo a ameaça de um
novo golpe militar contra o reconhecimento dos direitos de Lula. São as vozes
do fascismo e da intolerância.
A saída para a crise política,
econômica e social está na realização de eleições livres e democráticas, com a
participação de todas as forças políticas e sem vetos autoritários a Lula. E no
respeito ao pacto político consagrado na Constituição de 1988. É este pacto,
democrático, que o STF tem o dever de proteger.
Senadora Gleisi Hoffmann
Presidenta do Partido dos Trabalhadores
Senador Lindbergh Farias
Líder do PT no Senado Federal
Deputado Paulo Pimenta
Líder do PT na Câmara dos Deputados
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