Cerca de 90% das
pessoas que procuram o pronto atendimento deveriam ser avaliadas nas unidades
básicas de saúde
(Foto: Profeta) |
Autarquia Municipal de
Saúde (AMS) de Apucarana está reforçando junto à população, informações da real
finalidade do Pronto Atendimento de Apucarana (UPA). Destinado a casos de
urgência e emergência, 90% do serviço prestado no local não se enquadra neste
critério sobrecarregando o atendimento.
Nos últimos dias, a UPA chegou a registrar o dobro de atendimento
da sua capacidade diária de até 280 pacientes. Para dimensionar o nível de
sobrecarga no local, Erlan Robison Bosso, diretor-administrativo da UPA de
Apucarana, cita como exemplo a data de 9 de abril, quando o relatório do dia
somou 520 pessoas atendidas.
“A média da nossa demanda é de 450 atendimentos ao dia, dos quais
90% são casos de consultas eletivas, ou seja, que deveriam ser atendidas nas
Unidades Básicas de Saúde”, informa Erlan Bosso. A população, segundo ele, está
procurando o UPA em casos de gripe, tosse, dor de garganta, para solicitar
receitas de uso contínuo, entre outras situações que são de competência das
unidades básicas de saúde.
A finalidade da UPA, reitera Bosso, é para atender situações de
urgência e emergência, como acidentes em geral, dor forte, febre alta, cólicas,
ferimentos por queda, traumas, AVC, queimaduras, infarto, entre outros. “São
situações que precisam de assistência médica imediata, por isso, classificadas
como urgente e de emergência”, esclarece Bosso.
O diretor-administrativo da UPA reitera, que a razão de existir
das UPA’s é o atendimento de urgências e emergências. Pedimos à população que
em casos simples, procure em um primeiro momento uma unidade básica de saúde.
De acordo com ele, checando um quadro que justifique a necessidade, a própria
equipe da UBS realiza o encaminhamento para a UPA.
Ordem de atendimento obedece protocolo
De acordo com o protocolo de
atendimento (denominado Manchester), ao dar entrada na UPA toda pessoa passa de
imediato por uma triagem, quando profissionais capacitados realizam a
avaliação. No entanto, a prioridade será sempre para os casos mais graves, segundo
uma classificação de risco. O atendimento não é por ordem de chegada, mas sim
pela situação de urgência e emergência de cada caso. “Quem chega ao UPA está
sujeito a esse critério de atendimento, que muitas vezes gera a incompreensão
dos usuários. Pedimos um maior entendimento das pessoas neste sentido. Com a
sobrecarga, não temos como oferecer a rapidez e qualidade que sempre buscamos
em todos os casos que nos procuram, em especial aos classificados de menor
risco”, justifica Bosso.
Existe um protocolo de acolhimento com classificação de risco para
quem procura serviços de urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde. Na portaria da UPA em Apucarana há um painel com essa
classificação de risco, informando, por exemplo, que os casos enquadrados na cor
“Vermelha” devem ser atendidos de imediato. A seguir a ordem de prioridade é
das cores laranja, amarelo, verde e azul, respectivamente.
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