Projeto do vereador Flávio Mantovani (PPS) gerou
polêmica no
Conselho Municipal de Meio Ambiente
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Um projeto de lei do vereador Flávio Mantovani (PPS) que entra em primeira discussão na sessão desta terça-feira (20/2) na Câmara de Maringá promete polêmica. Trata-se da obrigação da Sanepar instalar, a pedido do consumidor, um eliminador de ar no cavalete do relógio medidor do consumo de água. As custas caberiam ao consumidor, mas a partir da publicação da lei, o equipamento deverá ser instalado e custeado pela própria Sanepar em todas as novas unidades consumidoras de Maringá.
O
projeto de lei reacende uma polêmica que deu origem à regulamentação de uma lei estadual de dezembro de 2002,
assinada pelo então governador Roberto Requião (PMDB) em julho de 2007, dizendo
que “a Sanepar está autorizada a instalar, por solicitação do consumidor,
equipamento eliminador de ar na tubulação que antecede o hidrômetro do seu
imóvel”. A mesma regulamentação obrigava os consumidores a retirar os
eliminadores colocados por eles próprios.
O
projeto de Mantovani já gerou polêmica no Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema),
que depois de ouvir técnicos e dirigentes da Sanepar não levou a matéria
adiante. A Sanepar argumenta, segundo a assessoria de comunicação da empresa,
que a instalação do equipamento gera risco de contaminação da água para “o
consumidor da unidade instalada até em parte da rede”. Também afirma que “esses
equipamentos são ineficazes para o que propagam”.
Sustenta a afirmação recorrendo ao artigo 39, parágrafo
VIII, do Código de Defesa do Consumidor, no qual diz que é vedado
“colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com
as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes”. Segundo a Sanepar,
nenhum dos aparelhos existentes no mercado atende a Portaria 246
do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial –
Inmetro.
A empresa também
afirma que instala ventosas na rede de distribuição de água. “Essas
ventosas, equipamentos testados e tecnicamente aprovados, tem como função
eliminar o ar que se formou na rede antes que ele chegue à casa dos clientes”.
Diz ainda que ‘seria impossível reduzir o consumo de um cliente apenas
retirando o ar que eventualmente tenha entrado na rede”.
Já o
vereador do PPS disse que tomou a iniciativa depois de receber inúmeros vídeos
de consumidores mostrando o relógio de aferição de consumo de água girando
rapidamente sem nenhuma gota d’água saindo pela torneira. O próprio Mantovani
entende que o projeto é polêmico e acredita que “a Sanepar vai se movimentar
para impedir a aprovação da matéria”. Nesses casos, a primeira iniciativa
costuma ser pedir a retirada do projeto da pauta por algumas sessões.
Fonte: Maringá Post
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