A política de preços dos combustíveis adotada por
Michel Temer e Pedro Parente colocou o Brasil com a segunda gasolina mais cara
entre os 15 países que mais produzem petróleo no mundo. Segundo
levantamento da consultoria Air-Inc; mesmo o Brasil tendo feito com o pré-sal a
maior descoberta recente de petróleo, a política da Petrobras fez disparar a
importação de derivados como gasolina e diesel; tudo isso para a estatal
brasileira fazer caixa e pagar, sem condenação judicial, uma indenização de US$
10 bilhões a investidores americanos; segundo a pesquisa, a gasolina é vendida
no Brasil a US$ 1,30 por litro, quase o dobro do que é cobrado nos Estados
Unidos, principais beneficiados
Desde meados de 2017, quando a Petrobras passou a
reajustar os preços diariamente e o governo aumentou a carga tributária sobre o
setor, os preços da gasolina subiram cerca de 20% para o consumidor final. Com
o aumento, o Brasil se consolida no posto de uma das gasolinas mais caras
dentre os países produtores de petróleo, enquanto União, Petrobras,
distribuidoras e revendedores tentam se dissociar da escalada dos preços dos
combustíveis na bomba.
Levantamento da consultoria Air-Inc, que consolida
estatísticas globais de custo de vida e mobilidade, mostra que a gasolina
vendida nos postos brasileiros é a segunda mais cara dentre os 15 países que
mais produzem petróleo no mundo. De acordo com a pesquisa, obtida pelo Valor, a
gasolina é vendida no Brasil a US$ 1,30 por litro (considerando câmbio de R$
3,3 e preço médio de R$ 4,28). No ranking dos maiores produtores de petróleo,
só não é mais cara que o combustível vendido na Noruega.
Hoje, a estatal começa a adotar nova estratégia de
divulgação de reajustes nas refinarias. A companhia passará a divulgar, junto
com a variação percentual diária, o preço médio do litro da gasolina e do
diesel nas refinarias. A intenção é deixar claro que os preços praticados nas
refinarias correspondem a 1/3 dos preços na bomba.
Na semana retrasada, distribuidoras e postos
entraram no centro de um embate com o governo, que pediu ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar possível formação de
cartel no setor. O presidente Michel Temer chegou a acusar publicamente as
empresas da cadeia de distribuição e revenda de não repassarem ao consumidor as
baixas nos preços nas refinarias.
Fonte: Brasil 247
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