quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Impasse entre sindicatos ‘trava’ reajuste salarial do vestuário em Apucarana

Mais de quatro meses após o início das negociações, o setor do vestuário ainda não chegou a um acordo para o reajuste salarial de 2017-2018 em Apucarana. O setor é o que mais emprega na cidade, responsável por cerca de 7 mil postos de trabalho formais. O acordo também abrange outros 18 municípios, totalizando mais de 20 mil empregos. De acordo com os sindicatos do setor, acordo ainda não foi fechado por causa de uma diferença de 1%.
A data-base da categoria é 1º de setembro. Após várias rodadas de negociações ao longo do último quadrimestre de 2017, as conversas entre os dois sindicatos precisaram ser interrompidas em virtude do recesso de final de ano. O contato foi retomado mas a data para a próxima rodada de negociações ainda não foi definida. O pedido do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestiário de Apucarana e Região (Stivar) é de 5% de reajuste no piso salarial. Com isto, o piso, que atualmente é de R$ 1.236,40, passaria a R$ 1.298,22. Para aqueles trabalhadores que recebem acima do piso, o reajuste seria de 4%.A presidente do Stivar, Maria Leonora Batista, afirma que o pedido é justo. 
“Acreditamos que este patamar é o que os trabalhadores esperam, em vista do aumento de preços que estamos observando no mercado. Além do mais, acreditamos que o pior período da crise já passou, tanto é que estamos vendo uma recuperação do setor”.Ela aponta que o trabalho nas empresas tem aumentado. 
“O trabalhador tem feito mais horas-extra, algumas empresas estão criando novos turnos de trabalho, as demissões pararam e alguns estão contratando. É justo que tenhamos o reajuste que estamos pedindo”.
Já o pedido do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale) é um reajuste de 4% para o piso salarial, que passaria para R$ 1.285,86. Para aqueles que ganham mais do que o piso, o reajuste seria de 3%.A presidente do Sivale, Elizabete Ardigo, explica que, em reunião com empresários, foi definido que não haverá alteração no pedido. 
“Além de ser um ano difícil, com a crise econômica, estamos perdendo mercado. A carga tributária no Paraná é mais alta, o que dificulta a nossa situação”, afirma.Ela afirma que o sindicato orientou os empresários a já repassarem um reajuste de 3% aos funcionários para que, quando o acordo for firmado, a mudança não pese tanto no orçamento das empresas. “Esperamos que, até o fim do mês, tenhamos uma definição. Ainda não marcamos a próxima reunião com o sindicato dos trabalhadores, mas acredito que ela deverá ser marcada na próxima semana”.
Fonte: Tribuna do Norte


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