Mais de quatro
meses após o início das negociações, o setor do vestuário ainda não chegou a um
acordo para o reajuste salarial de 2017-2018 em Apucarana. O setor é o que mais
emprega na cidade, responsável por cerca de 7 mil postos de trabalho formais. O
acordo também abrange outros 18 municípios, totalizando mais de 20 mil
empregos. De acordo com os sindicatos do setor, acordo ainda não foi fechado
por causa de uma diferença de 1%.
A
data-base da categoria é 1º de setembro. Após várias rodadas de negociações ao
longo do último quadrimestre de 2017, as conversas entre os dois sindicatos
precisaram ser interrompidas em virtude do recesso de final de ano. O contato
foi retomado mas a data para a próxima rodada de negociações ainda não
foi definida. O pedido do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do
Vestiário de Apucarana e Região (Stivar) é de 5% de reajuste no piso salarial.
Com isto, o piso, que atualmente é de R$ 1.236,40, passaria a R$ 1.298,22. Para
aqueles trabalhadores que recebem acima do piso, o reajuste seria de 4%.A
presidente do Stivar, Maria Leonora Batista, afirma que o pedido é justo.
“Acreditamos
que este patamar é o que os trabalhadores esperam, em vista do aumento de
preços que estamos observando no mercado. Além do mais, acreditamos que o pior
período da crise já passou, tanto é que estamos vendo uma recuperação do
setor”.Ela aponta que o trabalho nas empresas tem aumentado.
“O
trabalhador tem feito mais horas-extra, algumas empresas estão criando novos
turnos de trabalho, as demissões pararam e alguns estão contratando. É justo
que tenhamos o reajuste que estamos pedindo”.
Já o
pedido do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí
(Sivale) é um reajuste de 4% para o piso salarial, que passaria para R$
1.285,86. Para aqueles que ganham mais do que o piso, o reajuste seria de 3%.A
presidente do Sivale, Elizabete Ardigo, explica que, em reunião com
empresários, foi definido que não haverá alteração no pedido.
“Além
de ser um ano difícil, com a crise econômica, estamos perdendo mercado. A carga
tributária no Paraná é mais alta, o que dificulta a nossa situação”, afirma.Ela
afirma que o sindicato orientou os empresários a já repassarem um reajuste de
3% aos funcionários para que, quando o acordo for firmado, a mudança não pese
tanto no orçamento das empresas. “Esperamos que, até o fim do mês,
tenhamos uma definição. Ainda não marcamos a próxima reunião com o sindicato
dos trabalhadores, mas acredito que ela deverá ser marcada na próxima semana”.
Fonte: Tribuna do
Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário