quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Voam penas do PSDB: Aécio destitui Tasso


O senador Aécio Neves amplificou a divisão no PSDB faltando um mês da reunião que elegerá o novo comando do partido e destitui o senador Tasso Jereissati do comando interino da sigla; em seu lugar assume o ex-governador de São Alberto Goldman; depois de uma conversa rápida, Aécio pediu que o colega entregasse o cargo, mas Tasso disse que preferia que a decisão partisse do próprio Aécio; nesta quarta-feira (8), Tasso se lançou candidato à presidência do partido, com um discurso forte de combate à corrupção, reconhecimento de erros e anunciando a adoção de regras de governança para os filiados; líder do golpe parlamentar que arruinou o País e sua democracia, Aécio dá um golpe agora no próprio partido
(Reuters) - O presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), retirou o também senador Tasso Jereissati (CE) do comando interino da legenda e indicou nesta quinta-feira o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para dirigir a sigla até a convenção marcada para início de dezembro que elegerá o novo presidente tucano.
Em carta a Tasso, Aécio afirmou que tomava a atitude em vista da formalização da candidatura do parlamentar cearense ao comando do PSDB na convenção marcada para o dia 9 de dezembro.
"Conforme conversa que tivemos hoje, em razão da sua candidatura à presidência do PSDB, formalizada ontem, e com o objetivo de garantir a desejável isonomia entre os postulantes, estou reassumindo a presidência do partido e, ato contínuo, indicando o nosso mais antigo vice-presidente, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, para conduzir com imparcialidade a eleição que se dará na convenção nacional marcada para o próximo dia 9 de dezembro", afirma Aécio na carta.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, também já anunciou sua candidatura ao comando do PSDB e disputará o cargo com Tasso no início do próximo mês.
Aécio se licenciou do comando do partido após ser gravado pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, holding que controla a JBS, tratando da entrega de 2 milhões de reais que seriam usados em sua defesa na operação Lava Jato.
O senador mineiro, derrotado pela ex-presidente Dilma Rousseff no segundo turno da eleição de 2014, afirma que os recursos seriam um empréstimo que posteriormente seria formalizado e que foi alvo de uma armação de Joesley, que estava em busca de benefícios de um acordo de delação premiada.
A destituição de Tasso por Aécio se dá em um momento de racha interno do PSDB. Os deputados do partido, que têm quatro ministros no governo do presidente Michel Temer, votaram divididos nas duas denúncias criminais contra o peemedebista.
Uma parcela dos tucanos, entre eles Tasso, defende o desembarque do partido do governo federal, enquanto uma outra, que tem Aécio entre seus expoentes, defende a permanência.
Além disso, a infidelidade de parte dos tucanos na votação das denúncias contra Temer têm aumentado a pressão dos partidos do chamado centrão para que o presidente desaloje os tucanos de cargos e ministérios e contemple aliados do centrão que se mostraram mais fiéis ao governo.
O PSDB ocupa o Ministério das Cidades, com o deputado Bruno Araújo (PE); a Secretaria de Governo, com o deputado Antonio Imbassahy (BA); o Ministério das Relações Exteriores, com o senador Aloysio Nunes (SP), e o Ministério dos Direitos Humanos, com Luislinda Valois. Os comandos das Cidades e da Secretaria de Governo são os mais cobiçados pelos partidos do centrão.
A cizânia dentro do tucanato também acontece em um momento em que o partido ainda não tem definido seu candidato à Presidência da República no ano que vem.
O governador paulista, Geraldo Alckmin, é visto como nome mais provável, mas o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio já manifestou interesse em se candidatar e o prefeito de São Paulo, João Doria, tem se movimentado nacionalmente, embora não tenha admitido publicamente a intenção de concorrer.

Doria, inclusive, protagonizou um entrevero público com Goldman, novo presidente interino do PSDB, ao afirmar, em resposta a críticas feitas pelo ex-governador à sua gestão à frente da prefeitura paulistana, que o correligionário era um "fracassado" que ficava em casa "de pijamas".

Projetos "Escola sem Partido" geram polêmica em Arapongas e Apucarana

(Foto: Delair Garcia)
Dois projetos de lei que instituem a “Escola sem Partido” estão gerando polêmica em Arapongas e Apucarana. As propostas preveem restrições ao trabalho dos professores em sala de aula e são alvo de críticas da APP-Sindicato. 
Em Arapongas, a Câmara aprovou, em segunda e última votação, projeto de lei nesse sentido de autoria do vereador Rubens Franzin Manoel (PP). O parlamentar argumenta que a proposta visa evitar a “doutrinação político-ideológica” nas escolas. 
O texto indica seis “deveres” dos docentes: “O professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária”; o “professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas”. “ O professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas”; “Ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade –, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito. “ O professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções” e o “professor não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula”. O prefeito Sérgio Onofre da Silva (PSC) antecipou que irá sancionar o projeto. 
Em Apucarana, um projeto de lei semelhante foi protocolado na secretaria da Câmara pelo vereador José Aírton Deco de Araújo (PR). No entanto, a proposta foi retirada pelo autor e não chegou a tramitar nas comissões da Casa após críticas da APP-Sindicato, que vê inconstitucionalidade na matéria. O sindicato considera ainda uma afronta à liberdade de expressão do professor. 
Fonte: TN Online


Temer amplia a pobreza com aumentos do gás e da luz


Os sucessivos aumentos de preço do gás de botijão promovidos pelo governo já corroem a renda das família mais pobres; o gás de botijão foi o que mais aumentou desde o início do governo de Michel Temer, quando a Petrobras passou a acompanhar mais de perto as cotações internacionais do óleo; preço do produto nas refinarias já subiu 66,1% desde que o peemedebista chegou ao poder; "O gás de botijão é o principal combustível das famílias de baixa renda, que já vêm sofrendo também com o preço da energia", diz André Braz, economista da FGV; aumento do preço do gás também é fruto  da política de cortar subsídios concedidos na gestões petistas; o preço do produto ficou congelado durante 13 anos, entre 2002 e 2015
247 - A disparada do preço do gás de botijão nos últimos meses já corrói a renda das famílias mais pobres. Há preocupação agora com relação aos repasses às bombas dos preços da gasolina e do diesel, que vêm experimentando sequência de forte alta nas últimas semanas.
O gás de botijão foi o que mais aumentou desde o início do governo de Michel Temer, quando a Petrobras passou a acompanhar mais de perto as cotações internacionais do óleo.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço do produto nas refinarias subiu 56% desde a semana anterior à posse de Temer. O dado, porém, não considera o último reajuste anunciado pela empresa na sexta (3), de 6,5%, o que elevaria a alta para 66,1%.
Ao lado da conta de luz, o gás de botijão tem sido um dos maiores fatores de pressão no IPC-C1, índice da FGV que mede a inflação das famílias que ganham entre R$ 937 a R$ 2.342.
"O gás de botijão é o principal combustível das famílias de baixa renda, que já vêm sofrendo também com o preço da energia", diz André Braz, economista da FGV. A conta de luz, por sua vez, subiu 4,16% em outubro, pressionada pelo uso de térmicas.
Gás e energia consomem 6,5% no orçamento das famílias de baixa renda. Neste ano, segundo a FGV, os reajustes elevaram em quase 11% os gastos delas com os dois produtos.
O aumento é fruto também da política de cortar subsídios concedidos nas gestões petistas. O preço do produto ficou congelado durante 13 anos, entre 2002 e 2015.
A alta, porém, representa quase o dobro da verificada no preço do gás destinado a clientes comerciais e industriais, que subiu 29% desde a mudança de governo.

Globo afasta Waack por acusação de racismo


Um vídeo divulgado nesta quarta-feira 8 determinou o afastamento de um dos principais jornalistas da Rede Globo: o âncora William Waack, que aparece nas imagens dizendo "é coisa de preto"; episódio foi o mais comentado do mundo nas redes sociais e mostra que o racismo, crime inafiançável no Brasil, não pode ser tolerado em hipótese alguma; "A Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações. Nenhuma circunstância pode servir de atenuante. Diante disso, a Globo está afastando o apresentador William Waack de suas funções em decorrência do vídeo que passou hoje a circular na internet, até que a situação esteja esclarecida", disse a empresa
247 - A TV Globo anunciou no início da noite o afastamento do jornalista William Waack do quadro do jornalismo da empresa, após a divulgação do vídeo em que o jornalista faz comentários racistas
Leia o comunicado da empresa:
"A Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações. Nenhuma circunstância pode servir de atenuante. Diante disso, a Globo está afastando o apresentador William Waack de suas funções em decorrência do vídeo que passou hoje a circular na internet, até que a situação esteja esclarecida.
Nele, minutos antes de ir ao ar num vivo durante a cobertura das eleições americanas do ano passado, alguém na rua dispara a buzina e, Waack, contrariado, faz comentários, ao que tudo indica, de cunho racista. Waack afirma não se lembrar do que disse, já que o áudio não tem clareza, mas pede sinceras desculpas àqueles que se sentiram ultrajados pela situação.
William Waack é um dos mais respeitados profissionais brasileiros, com um extenso currículo de serviços ao jornalismo. A Globo, a partir de amanhã, iniciará conversas com ele para decidir como se desenrolarão os próximos passos."