Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
Segundo o juiz que impôs uma pena de 5 anos de prisão ao doleiro da Lava Jato por desvios de R$ 15 milhões na prefeitura de Maringá (PR), o acusado teria usado Cristina, "uma cunhada, com retardo mental", já falecida, para lhe "repassar uma procuração com poderes para realizar movimentações bancárias"
247 - O doleiro
Alberto Youssef, delator na Operação Lava Jato, foi condenado por envolvimento
em supostos desvios de R$ 15 milhões na Prefeitura de Maringá, interior do
Paraná.
No
despacho em que condenou Youssef a cinco anos de prisão, o juiz Joaquim
Pereira Alves, da 3.ª Vara Criminal de Maringá, afirmou que o acusado teria
usado Cristina, "uma cunhada, com retardo mental", já falecida,
para lhe "repassar uma procuração com poderes para realizar movimentações
bancárias".
"Conforme
demonstrado nos autos, Alberto Youssef utilizava de 'laranjas' para efetuar as
movimentações financeiras ilegais, sendo que dentre essas pessoas figurava até
mesmo sua irmã, Olga Youssef. Insta registrar que, o acusado Alberto Youssef se
aproveitou do fato de sua cunhada, a denunciada Cristina (falecida), que
possuía retardo mental, para lhe repassar uma procuração com poderes para
realizar movimentações bancárias", escreveu o juiz na sentença, segundo reportagem e Fausto Macedo.
O
doleiro já foi condenado a 122 anos na Lava Jato, mas teve a pena reduzida pelo
juiz Sérgio Moro após virar delator. Ele ficou dois anos e oito meses preso em
regime fechado. Em maio deste ano, foi beneficiado pela progressão de regime e
vai cumprir pena em regime aberto até março de 2019, com tornozeleira
eletrônica e outras restrições. Ele também já havia sido detido três vezes por
envolvimento em esquemas no Paraná e no caso Banestado, do qual também foi
delator.