quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Fundo público de campanha foi aprovado com 10 votos da bancada do Paraná

Alex Canziani (PTB) votou contra a destinação
de dinheiro público para as campanhas
Dos 30 deputados federais do Paraná, 24 participaram da sessão de ontem da Câmara que aprovou a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, no valor de R$ 1,7 bilhão – 10 votaram a favor e 14 contra.
Votaram a favor do fundo os deputados Assis do Couto (PDT), Dilceu Sperafico (PP), Edmar Arruda (PSD), Enio Verri (PT), João Arruda (PMDB), Nelson Meurer (PP), Osmar Bertoldi (DEM), Osmar Serraglio (PMDB). Reinhold Stephanes (PSD) e Zeca Dirceu (PT).

Votaram contra os deputados Alex Canziani (PTB), Alfredo Kaefer (PSL), Ariel Machado (Rede), Christiane Yared (PR), Fernando Francischini (SD), Giacobo (PR), Leandre (PV), Luiz Nishimori (PR), Luiz Carlos Hauly (PSDB), Nelson Pandovani (PSDB), Rubens Bueno (PPS), Sandro Alex (PSD), Sergio Souza (PMDB) e Takayama (PR).

Superlotação: governo tem R$ 2,5 bilhões parados para presídios

Os problemas no sistema penitenciário brasileiro se acumulam de norte a sul. Depois de diversas rebeliões no nordeste, nas últimas semanas a situação do sul do País chamou a atenção. Sem vagas em presídios, a superlotação de celas em delegacias revoltou presos e policiais na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Enquanto isso, levantamento da Contas Abertas mostra que R$ 2,5 bilhões ainda estão “parados”, lançados como “disponibilidades” do Funpen. Há anos os recursos do Fundo, constituído na década de 90, não são plenamente aplicados.
Dessa forma, o saldo contábil do Fundo cresceu sistematicamente. Para se ter ideia, em 2000 o saldo disponível e não aplicado atingia apenas R$ 175,2 milhões. No ano passado, as disponibilidades chegaram a atingir R$ 3,8 bilhões.
O Funpen foi instituído pela Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 1994, com a finalidade de proporcionar recursos e meios para financiar e apoiar as atividades e programas de modernização e aprimoramento do Sistema Penitenciário Brasileiro. O Fundo é coordenado pelo Ministério da Justiça (MJ).
Após as rebeliões em presídios no início do ano, o governo repassou R$ 1,1 bilhão para a área.
Para o secretário-geral da Contas Abertas, Gil Castello Branco, é inconcebível que estejamos vivenciando esse verdadeiro caos no sistema penitenciário enquanto o saldo disponível contabilizado no Funpen seja de R$ 2,5 bilhões.
“Tal número evidencia que a questão carcerária não é, de fato, prioridade nas políticas públicas. Ainda que a crise fiscal implique em contenção das despesas, o País não pode conviver com as "masmorras" existentes. A determinação do STF para que os recursos do Funpen fossem liberados, está sendo cumprida apenas parcialmente”, afirma.
Contingenciamento na Justiça
Em setembro de 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou à União que liberasse imediatamente o saldo acumulado do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para ser gasto com o sistema prisional e proibiu novos contingenciamentos do dinheiro no futuro.
A decisão foi tomada por unanimidade no julgamento de uma ação proposta pelo PSOL. Os ministros da corte declararam a inconstitucionalidade da situação atual do sistema penitenciário brasileiro, por violar massivamente os direitos fundamentais dos detentos.
Mais de um ano depois, ofício do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, questionou o Ministério da Justiça sobre os recursos destinados ao sistema penitenciário. A OAB destacou exatamente a inércia após a decisão do STF.
A entidade apontou que até outubro de 2016 não haviam sido divulgadas medidas para cumprimento da decisão judicial, tampouco informados os valores descontingenciados e repassados aos Estados para reformas estruturantes, construção e ampliação de estabelecimentos prisionais, dentre outras finalidades.
Apesar da determinação do STF e da pressão da OAB, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, creditou a liberação bilionária ao governo atual, dizendo que no governo anterior o dinheiro ia para fazer superávit. Em dezembro passado, o mesmo governo Temer baixou medida provisória que transfere parte de recursos destinados ao Funpen, verba prevista para construir e reformar unidades prisionais, para a Segurança Pública. A medida alterou a distribuição do dinheiro arrecadado em loterias, principal fonte do Fundo. A regra anterior determinava que 3% da verba das loterias ia para o Funpen. A partir de agora, o repasse será de 2,1%, enquanto 0,9% vai para o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).
Fonte: Contas Abertas


Centro de Iniciação do Esporte recebe estrutura metálica

(Foto: Edson Denobi)
A empresa Aliança Engenharia e Assessoria Ltda., vencedora da concorrência pública, iniciou nesta semana a instalação da estrutura metálica da cobertura do Centro de Iniciação Esportiva (CIE), no Jardim América. A obra, que está sendo edificada em uma área de 7 mil metros quadrados junto ao Parque Japira, já alcançou 21% do cronograma.  Foram realizadas obras de preparação do terreno, fundação, instalação de estrutura metálica entre outros serviços.
“Essa semana já foram instaladas as tesouras metálicas de sustentação da cobertura do futuro ginásio poliesportivo. A execução da obra está seguindo o cronograma estabelecido em contrato, e a data prevista para a entrega é fevereiro de 2018”, explica o secretário de obras, engenheiro Herivelto Moreno.
Os recursos, na ordem de R$4.163.721,93, foram conquistados a fundo perdido pelo prefeito Beto Preto, junto ao Ministério do Esporte. “O CIE é um equipamento público multiuso para a prática de esportes voltados à iniciação e ao esporte de alto rendimento, estimulando a formação de atletas em áreas de vulnerabilidade social”, informa o prefeito.
Apucarana foi contemplada com o “Modelo III” de CIE, o maior oferecido pelo Governo Federal dentro do programa, e terá área construída de 3.750 metros quadrados, incluindo ginásio poliesportivo com arquibancada para cerca de 200 pessoas e outras estruturas para o desenvolvimento de até 13 modalidades olímpicas, sete paraolímpicas e uma não-olímpica.


Responsável pela Rio 2016, Nuzman é preso

Reprodução

Em um desdobramento da Operação Unfair Play, a força-tarefa da Lava Jato acaba de prender o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Arthur Nuzman, e seu braço-direito Leonardo Gryner; na segunda-feira, foi revelado que Gryner se reuniu em um hotel em Paris, em 2009, com o empresário Arthur Soares, acusado de pagar milhões em subornos ao ex-governador Sérgio Cabral e atualmente foragido; Nuzman, Gryner e Arthur são suspeitos de intermediar a compra de votos de integrantes do Comitê Olímpíco Internacional (COI) para a eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016; Nuzman é presidente do COB há 22 anos; pedido de prisão foi decretado pelo juiz Marcelo Bretas
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (5), o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, pela sua suposta participação em uma operação de compra de jurados para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Nuzman foi preso em casa, no Alto Leblon, zona sul do Rio.
Vinte policiais federais cumprem hoje dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão na cidade (em Ipanema, Leblon, Laranjeiras e Centro), expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A operação da PF é um desdobramento da Operação Unfair Play- Segundo Tempo é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e foi deflagrada em continuidade às investigações sobre a escolha do Rio pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas de 2016.
Entre os alvos da Operação estão Carlos Arthur Nuzman e o diretor-geral de operações do Comitê Rio 2016, Leonardo Gryner, que também foi preso.
Eles serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Às 11h haverá entrevista na sede da Superintendência da Polícia Federal na Praça Mauá, no Rio, para explicar os motivos da operação.
Abaixo, reportagem da Reuters:
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, em desdobramento de investigação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, informou a PF.
Além de Nuzman, o ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016 Leonardo Gryner também foi preso, acrescentou a PF em comunicado.
Nuzman, de 75 anos, já havia sido alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa no Rio de Janeiro e levado à PF para prestar depoimento no início de setembro em operação deflagrada pela PF e o Ministério Público Federal em parceria com a Procuradoria francesa.
As autoridades dizem que Nuzman foi o “agente responsável” por viabilizar repasse de propina do grupo criminoso do ex-governador Sérgio Cabral para a compra de votos de dirigentes africanos na eleição de 2009 do Comitê Olímpico Internacional (COI) para escolha da sede dos Jogos de 2016.
Nuzman nega ter cometido qualquer irregularidade.


Paraná Pesquisas: Deputado que salvar Temer não se reelege

Reuters/Agência Câmara

Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas exclusivo para o 247 mostra que a população brasileira não irá tolerar os deputados que derem voto pelo arquivamento da segunda denúncia contra Michel Temer, de organização criminosa e obstrução de Justiça; segundo a pesquisa, 74,9% dos entrevistados disseram que não reelegeriam um deputado federal que votasse contra a denúncia de Temer; o instituto também perguntou se os brasileiros votariam em um candidato a presidente apoiado por Michel Temer. 75,8% disseram que não votariam; na expectativa de barrar o mais rapidamente possível a denúncia na Câmara, Temer recebeu nessa terça-feira, 3, mais de 50 deputados no Palácio do Planalto e prometeu de tudo: de imposto sindical à burocracia que atrapalha a inscrição de times de futebol em campeonatos
247 - Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas exclusivo para o 247 mostra que a população brasileira não irá tolerar os deputados que derem voto para abafar a segunda denúncia contra Michel Temer, de organização criminosa e obstrução de Justiça. 
Segundo a pesquisa, 74,9% dos entrevistados disseram que não reelegeriam um deputado federal que votasse pelo arquivamento da denúncia contra Temer, isto é, pela sua permanência na Presidência. 13,3% disseram que reelegeriam, 8,5% responderam talvez, e 3,3% não souberam ou não quiseram opinar. 
Paraná Pesquisas também perguntou se os brasileiros votariam em um candidato a presidente apoiado por Michel Temer. 75,8% disseram que não votariam, 8,3% disseram que votariam, 13,8% responderam talvez, e 2,2% não opinaram. 
A pesquisa foi feita online entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro com 2.160 brasileiros. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos. 
Na expectativa de barrar o mais rapidamente possível a denúncia na Câmara, Temer recebeu nessa terça-feira, 3, mais de 50 deputados no Palácio do Planalto e prometeu ajudar nas demandas regionais dos políticos que estiveram em seu gabinete. Temer foi denunciado por organização criminosa e obstrução à Justiça.
Os assuntos foram os mais diversos: de imposto sindical à burocracia que atrapalha a inscrição de times de futebol em campeonatos; da criação de universidades no interior a pedidos de recursos para obras de creches na Bahia. A todos os deputados, Temer seguia o mesmo modus operandi: anotava as demandas e prometia ajudar (leia mais).