quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Bancada do Paraná se divide na votação que rejeitou o ‘distritão’

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
A bancada federal do Paraná se dividiu literalmente ao meio na votação, ontem à noite, na Câmara, que rejeitou a proposta de implantação do “distritão”. Dos 30 parlamentares paranaenses, 24 votaram na sessão de ontem, sendo 12 a favor e 12 contrários à proposta.
A proposta rejeitada previa a eleição majoritária de deputados – federais, estaduais e distritais – em 2018 e de vereadores em 2020, atualmente eleitos pelo sistema proporcional. A partir de 2022, os deputados seriam eleitos pelo sistema distrital misto – segundo o qual, metade das vagas é destinada aos mais votados nos distritos; e a outra metade, preenchida de acordo com a votação dos partidos, em lista preordenada.
Pelo modelo do “distritão”, o estado e município se torna um distrito eleitoral e funciona para a escolha de deputados federais, estaduais, distrital e vereadores. Assim, são eleitos os candidatos mais votados no distrito, como acontece hoje na eleição dos senadores. Não é levado em conta os votos para partidos e coligações.
O modelo divide opiniões. Quem defende o “distritão” argumenta que é simples de ser compreendido pelo eleitor, reduziria o número de candidatos e acabaria com a figura dos chamados puxadores de votos – aqueles que recebem muitos votos e elevam o quociente partidário permitindo a eleição de candidatos menos votados.
Os contrários alegam que o modelo favorece os candidatos mais conhecidos do eleitorado e dificulta a eleição de novos candidatos no cenário político, além de enfraquecer o papel dos partidos.
No sistema atual, o proporcional, as cadeiras de deputados federais, estaduais e vereadores são divididas de acordo com o quociente eleitoral, que determina quantas vagas cada partido tem direito.
Veja abaixo como votaram os deputados paranaenses:
A FAVOR
Alex Canziani (PTB)
Dilceu Sperafico (PP)
Edmar Arruda (PSB)
Hermes Parcianelli (PMDB)
João Arruda (PMDB)
Nelson Meurer (PP)
Osmar Bertoldi (DEM)
Osmar Serraglio (PMDB)
Sandro Alex (PSD)
Sérgio Souza (PMDB)
Hidekasu Takayama (PSC)
Toninho Wandscheer (Pros)
CONTRA
Alfredo Kaefer (PSL)
Aliel Machado (Rede)
Assis do Couto (PDT)
Christiane Yared (PR)
Fernando Francischini (SD)
Diego Garcia (PHS)
Enio Verri (PT)
Leandre (PV)
Luciano Ducci (PSB)
Luiz Nishimori (PR)
Nelson Padovani (PSDB)
Zeca Dirceu (PT)
AUSENTES
Evandro Roman (PSD)
Fernando Giacobo (PR)
Leopoldo Meyer (PSB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Reinhold Stephanes (PSD)
Rubens Bueno (PPS)
Fonte: Bem Paraná


Ratinho diz não à CPI da Quadro Negro


Líder do bloco PSD/PSC com 14 deputados, Carlos Massa Junior (PSD), o Ratinho, considera uma “bravata” a criação de uma CPI às vésperas das eleições; a negativa de Ratinho reforça a imagem dele como candidato do governador Beto Richa (PSDB) ao Palácio Iguaçu em 2018; o tucano é um dos delatados na Operação Quadro Negro, que investiga o desvio de R$ 20 milhões da educação
Blog do Esmael - O deputado Carlos Massa Junior (PSD), o Ratinho, de volta à Assembleia Legislativa, disse um NÃO em letras garrafais à instalação da CPI do Quadro Negro para investigar o desvio de R$ 20 milhões da educação.
Líder do bloco PSD/PSC com 14 deputados, Ratinho considera uma “bravata” a criação de uma CPI às vésperas das eleições. Segundo ele, uma comissão de investigação apenas daria discurso político para a oposição.
Os deputados da oposição conseguiram coletar até agora 13 assinaturas. Para validar a CPI serão necessárias 18 subscrições.
A negativa de Ratinho reforça a imagem dele como candidato do governador Beto Richa (PSDB) ao Palácio Iguaçu em 2018. O tucano é um dos delatados na Operação Quadro Negro.
De acordo com delação do empreito Eduardo Lopes de Souza, dono da Construtora Valor, parte do dinheiro desviado da construção de escolas abasteceu a campanha de reeleição de Beto Richa e de deputados da base aliada.
O principal operador do esquema, Maurício Fanini, preso desde sábado (16), segundo o Ministério Público, era quem distribuía a bufunfa entre os políticos. Fanini é considerado amigo de Richa, daqueles de jogar tênis no Graciosa Country e de viajar no exterior.
O Blog do Esmael registrou em primeira mão, no início de junho de 2015, o escândalo e a consequente queda da cúpula da Educação do Paraná na época. Com informações do Brasil 247