quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Acaba depoimento do ex-presidente Lula na Justiça Federal em Curitiba

(Foto: Franklin de Freitas)
O depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou por volta das 16h15. Segundo as informações da assessoria da Justiça Federal, ele está se preparando para deixar o da Justiça Federal, na Avenida Anita Garibaldi, 888, no bairro do Ahú. Lula chegou, por volta das 14h da tarde desta quarta-feira (13), para prestar o seu segundo depoimento ao juiz Sérgio Moro. O depoimento de Lula levou cerca de 2h10.
Esta é a segunda vez que Lula presta depoimento na condição de réu em um processo da Lava Jato conduzido pelo juiz Sérgio Moro. No primeiro caso, ele foi acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina, de forma dissimulada, da empreiteira OAS. Em troca, ela seria beneficiada em contratos com a Petrobras. Naquela ocasião, ex-presidente acabou condenado naquela ação penal a nove anos e meio de prisão.
Dessa vez, a acusação é sobre um suposto pagamento de propina por parte da construtora Odebrecht. Segundo a denúncia, a empresa comprou um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula. A empreiteira também teria comprado um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo. O imóvel é alugado desde 2002 e abriga, principalmente, os seguranças que fazem a escolta de Lula.
Bem Paraná


“Semearam ódio, colheram Bolsonaro”, diz vice do PT

(Foto: Gustavo Bezerra)
O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Alexandre Padilha, criticou os rumos da Operação Lava Jato nesta quarta-feira (13), em Curitiba, antes do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Padilha, a operação acabou desempenhando um papel político e foi uma estratégia frustrada de promover um candidato à Presidência.
“Há quatro anos, você tem lideranças do PSDB que plantaram o ódio, se posicionaram na mídia, na imprensa. Movimentos como o MBL, que agora está mostrando suas garras, o ódio. Não é só ódio em relação ao PT, é ódio em relação a tudo”, disse, se referindo ao movimento organizado pelo MBL contra uma exposição artística em Porto Alegre que promovia a diversidade sexual.
“Se isso é uma estratégia, não é assim que se constrói um candidato à Presidência da República. Ninguém constrói um presidente baseado em intolerância, ódio. Se fizer isso, vai colher Bolsonaro, como estão colhendo Bolsonaro”, disse.
“Plantaram o ódio e a intolerância e o que colheram foi o Lula liderando as pesquisas e o Bolsonaro como alternativa para quem semeia ódio e intolerância”.
Padilha afirma que, para construir uma candidatura, é preciso conversar com a população e apresentar propostas para o país. “Se tem alguém que quer ser candidato, que bom, vem para o debate político, vem exercitar a política nas eleições, participando de partidos políticos. O que não pode é se utilizar do espaço da Justiça, de um outro Poder, para o qual se presta concurso, se recebe salários, tem uma grande estrutura para, através desse Poder, querer interferir no rumo político brasileiro. Se você quer interferir no rumo político brasileiro, venha disputar eleições”.

Plano A

Alexandre Padilha ainda disse que não há “plano B” para o PT. “O plano A não é só do PT, é de uma parcela importante do povo brasileiro. Tanto é que [Lula] é o líder das pesquisas. Nós seguiremos com Lula candidato até o fim”.
Ele lembrou que o partido apoia o ex-presidente e acredita em sua inocência. “Confiamos, ele é um homem inocente que a Justiça vai inocentar”.
Crítica à Lava Jato
Padilha afirmou que o PT contribuiu para a criação dos instrumentos hoje utilizados na investigação. “Os instrumentos que a Lava Jato hoje utiliza foram criados no governo do PT. Leis ou encaminhadas pelo governo federal ou iniciativas que o PT aprovou, As instituições que fazem hoje o combate à corrupção no país são instituições que ganharam autonomia ou se fortaleceram durante o governo do PT. O PT já deu demonstrações de sua vontade de combater a corrução no país”.
Porém, para Padilha, a Lava Jato erra ao comprometer a estabilidade política e econômica do país em nome do combate à corrupção. “Ninguém pode esconder que parte da recessão econômica do país, da destruição da cadeia de petróleo e gás, tem a ver com o uso incorreto de instrumentos que o PT, Congresso e sociedade brasileira criaram”, disse.
Padilha defende a punição dos empresários, mas sem abrir mão dos empregos. “Quem quer punir os empresários e preservar os empregos; quem quer acabar com a Lava Jato é o governo golpista”.
“Defendemos que o Brasil seja rigoroso no combate à corrupção. Mas como combate-se a corrupção? Pune-se o Executivo, quem cometeu qualquer ato ilícito, mas preserva os empregos. Há exemplos disso nos Estados Unidos, na Alemanha, Europa”, disse.
Padilha afirmou que é preciso mudar o sistema político e a forma como ele é financiado. “Precisamos aprender com outros países como eles combatem a corrupção punindo fortemente quem cometeu o ato ilícito, mas preservando os empregos, preservando a indústria nacional, preservando as empresas”, disse.

Por Mariana Ohde e Narley Resende para o Parana Portal

Consumidor que mudar horário de consumo de luz poderá pagar menos

(Foto:Divulgação)
Quem mudar o horário de maior consumo de energia da noite para o dia poderá pagar menos. A novidade poderá entrar em vigor a partir de janeiro do ano que vem, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o início da vigência da tarifa branca. A estimativa é que seja possível gastar entre 10% e 20% a menos.
A tarifa branca é um regime tarifário que considera o horário do consumo para definir do preço da energia. Atualmente, o consumidor paga o mesmo valor pela energia em todos horários do dia, seja manhã, tarde, noite e madrugada.
Com a tarifa branca, a energia fica mais cara por três horas no momento em que a rede tem mais demandada, por exemplo, nos dias de semana, no início da noite, normalmente entre 18 e 21 horas. Uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, o custo será intermediário. Nas demais horas do dia, ela será mais barata. Nos fins de semana, não haverá essa diferenciação.
No entanto, para ter acesso à tarifa branca, é preciso solicitar a migração para a distribuidora. Essas empresas terão 30 dias para instalar um novo medidor, capaz de verificar o consumo de acordo com o horário. Não haverá custo para o consumidor.
Inicialmente, apenas aqueles com consumo acima de 500 quilowatts-hora (kWh) por mês poderão solicitar o serviço, além de ligações de novos clientes. A Aneel estima que esse grupo represente 4,5 milhões de clientes.
A partir de janeiro de 2019, aqueles com consumo superior a 250 kWh por mês poderão migrar, ou cerca de 15,9 milhões de clientes. A partir de janeiro de 2020, qualquer pessoa poderá solicitar a migração para a tarifa branca. Em média, uma família brasileira consome cerca de 150 kWh mensais.
A Associação Nacional de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) havia solicitado um adiamento na vigência da tarifa branca, mas o pedido não foi aceito pela Aneel. As empresas temem perder receitas com a adesão de clientes que, por coincidência, já consomem pouca energia no horário de ponta.
Antes de migrar para a tarifa branca, o consumidor deve analisar se consegue efetivamente se adequar ao sistema. Caso seja difícil mudar o horário do banho para o dia ou para a madrugada, será mais barato permanecer no regime atual. A mudança é opcional.
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Proteste alerta os consumidores para não decidirem pela tarifa branca no impulso. De acordo com a entidade, a tarifa branca deve reduzir em 17% o valor da energia fora do horário de ponta. Porém, no horário de ponta, a energia deve ficar 84% mais cara.
"Ela pode ser uma armadilha para muita gente, principalmente para as pessoas que passam o dia todo fora de casa", diz a entidade, em seu site. A Proteste recomenda a adesão de pessoas que moram sozinhas e daquelas que estudam ou trabalham à noite.

Bem Paraná

Sérgio Moro vira boneco de super-herói de capa e cobra na mão

(Foto: Franklin de Freitas)

Para evitar confronto, os apoiadores do juiz federal, Sérgio Moro, estão concentrados em frente ao Museu Oscar Niemeyer, na divisa dos bairros Centro Cívico e Ahú, onde fica a sede da Justiça Federal. Desde o meio-dia alguns manifestantes munidos de cartazes e apitos estão concentrados na esquina das Avenidas Marechal Hermes com Rua Manoel Eufrásio. Nos cartazes, pedem para que quem é quer ver o Lula atrás das grades buzine.
No começo da tarde, o movimento formado por cerca de 70 pessoas, ganhou o apoio de um boneco inflável do juiz Moro vestido com capa de super-herói.  Na mão esquerda, o boneco segura uma cobra na mão em alusão a uma jararaca. 
"Se quiseram matar a jararaca, não fizeram direito, pois não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu pronunciamento após ser conduzido coercitivamente para depor na sede da Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, no dia 4 de março de 2016. Na época, a Polícia Federal cumpria mandados relativos a 24ª frase da Operação Lava Jato, quando ele estava sendo investigado por suspeita de ter formado um patrimônio pessoal de forma ilegal.

Bem Paraná

E o Brasil trocou uma mulher honesta por um chefe de quadrilha


Sabe aquela turma que se vestiu de verde e amarelo e saiu às ruas para protestar contra a corrupção? Pois é: foram todos enganados. Com o golpe de 2016, o Brasil trocou uma presidente honesta, e também a primeira mulher a ocupar o cargo, pelo chefe de uma máfia, segundo a Polícia Federal. Contra Dilma Rousseff, não há a acusação de que ela tenha desviado um clips do Palácio do Planalto. Contra Michel Temer, as evidências apontam propinas de R$ 31,5 milhões, sem contar os amigos que o cercam – um deles, Geddel Vieira Lima, em cujo bunker foram encontrados nada menos que R$ 51 milhões em propinas. É uma situação vergonhosa e a única saída digna seria a anulação do golpe e um pedido coletivo de desculpas a Dilma
247 – Quem vê de fora não conseguirá jamais entender o Brasil. Que país é esse em que a população sai às ruas e se veste com as cores nacionais para protestar contra a corrupção e, ao longo desse processo, depõe uma presidente honesta e a substitui por um chefe de quadrilha, segundo a Polícia Federal?
Pois foi isso o que aconteceu no Brasil. De acordo com o organograma apresentado hoje pelos policiais federais, Temer é o chefe de uma máfia montada para assaltar o País. Entre seus amigos, há vários presos. Um deles, Geddel Vieira Lima, apanhado num bunker onde se fez a maior apreensão de dinheiro sujo da história do Brasil: R$ 51 milhões. Outro, Eduardo Cunha, flagrado com várias contas no exterior. No powerpoint da PF, aparecem ainda o presidiário Henrique Eduardo Alves e outros, como Moreira Franco e Eliseu Padilha, que se mantêm protegidos graças ao foro privilegiado.
Usurpadores do poder, os amigos de Temer, ao que tudo indica, continuaram assaltando o Estado. Nesta terça-feira, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, autorizou uma investigação contra Temer e Rodrigo Rocha Loures, seu homem da mala, por propinas pagas no Porto de Santos (SP) pela empresa Rodrimar.
Contra a presidente legítima Dilma Rousseff, no entanto, não há a acusação de que ela tenha desviado um clips do Palácio do Planalto. Ter Temer e sua quadrilha (segundo a PF) no poder é uma situação vexatória para o Brasil e a única saída digna seria a anulação do golpe e um pedido coletivo de desculpas a Dilma. Mas isso, evidentemente, não acontecerá graças ao povo brasileiro, que protestou contra a corrupção para instalar uma máfia no poder.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a nova investigação contra Temer:
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidiu hoje (12) abrir inquérito para investigar o presidente Michel Temer e o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, além de mais dois empresários, por suspeitas de crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
O pedido de abertura de investigação foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para apurar suspeitas de recebimento de vantagens indevidas dos envolvidos pelo suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).
O pedido de abertura do inquérito chegou ao Supremo em junho e foi remetido ao ministro Edson Fachin. Ao receber o processo, o ministro entendeu que o caso deveria ser redistribuído a outro integrante da Corte por não ter conexão com o inquérito que envolve Temer a partir das delações da JBS.
Nesta semana, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, determinou uma nova distribuição e Barroso foi escolhido o novo relator.
Para Janot, a edição do decreto "contemplou, ao menos em parte, as demandas" de Rocha Loures em favor da Rodrimar.
Com a decisão do ministro Barroso, também serão investigados os empresários Ricardo Conrado Mesquita e Antônio Celso Grecco, ambos ligados à empresa.


Integrantes do MST se aproximam da sede da Justiça Federal

(Foto: Franklin de Freitas)

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra chegaram por volta das 10 horas nas proximidades do prédio da Justiça Federal, no Ahu, em Curitiba. Eles vieram para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que presta depoimento logo mais às 14 horas ao juiz Sérgio Moro. Mais de dez ônibus chegaram agora há pouco nas proximidades da Justiça. 
Eles devem se unir à 2ª Jornada de Lutas pela Democracia, que acontece na Praça Generoso Marques. O evento contará com atividades culturais, debates e o lançamento do livro "Comentários a uma sentença anunciada: o processo de Lula", durante à tarde. A partir das 18h começa o Ato em solidariedade ao ex-presidente, com a presença de Lula e de lideranças nacionais e estaduais do PT.
Estão previstas a participação de 50 a 60 caravanas. Grande parte dos militantes são do Paraná, mas há caravanas vindas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Brasília e Piauí.
Entre as presenças já confirmadas no Ato, estão: Gleisi Hoffmann, presidenta do PT Nacional; Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça; o senador Roberto Requião; Vagner Freitas, presidente da CUT Brasil; Bratriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG; o economista e ativista João Pedro Stédile; e Emir Sader, sociólogo e cientista político. Entre os artistas, já confirmaram presença: Pereira da Viola, Samba da Resistência, Delghetto e Elian Woidello.
Programação:
15h - Atividades culturais
16h - Debates: Plano Popular de Emergência / Lava Jato
17h - Lançamento do livro: "Comentários a uma sentença anunciada: o processo de Lula"
18h- Ato em solidariedade ao ex-presidente
Bem Paraná


PRF contabiliza pelo menos 33 ônibus com apoiadores de Lula

(Foto: Divulgação/PRF)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabiliza até as 10h30 desta quarta-feira (13) a passagem de pelo menos 33 ônibus com manifestantes que participarão de atos a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba, que presta depoimento ao juiz Sérgio Moro.
A maior parte dos ônibus chegou pela BR-277 vindos do interior do Paraná (25). Outros cincos ônibus vieram de Santa Catarina pela BR-376. E três, de São Paulo, pela BR-116.
Nenhum ônibus foi retido até o momento. Todos os manifestantes seguiram viagem até Curitiba.
Os primeiros ônibus com manifestantes começaram a chegar na região de Curitiba ainda durante a madrugada. A expectativa da PRF é de que o movimento desses ônibus seja maior entre o final da manhã e início da tarde.
Os ônibus que chegam vão para o Estádio Durival de Britto e Silva, do Paraná Clube, no Bairro Jardim Botânico, em Curitiba.
Bem Paraná


Lula já está em Curitiba para novo embate com Moro

Foto: Agência Brasil

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Curitiba na noite desta terça-feira (12), onde passou anoite na residência de um amigo, para prestar o seu segundo depoimento ao juiz Sergio Moro no processo que apura se ele recebeu vantagens indevidas da construtora Odebrecht; ato de apoio ao ex-presidente está marcado às 15h, na Praça Generoso Marques, no centro da capital paranaense, deverá contar com a participação de pelo menos 2,5 mil pessoas, segundo estimativas da Frente Brasil Popular; por volta das 18h está previsto um ato político com a presença de Lula
Paraná 247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Curitiba na noite desta terça-feira (12), onde passou anoite na residência de um amigo, para prestar o seu segundo depoimento ao juiz Sergio Moro no processo que apura se ele recebeu vantagens indevidas da construtora Odebrecht.
Em função do novo depoimento de Lula, movimentos sociais e sindicais promovem um ato de apoio ao ex-presidente às 15h, na Praça Generoso Marques, no centro da capital paranaense e que deverá contar com a participação de pelo menos 2,5 mil pessoas, segundo estimativas da Frente Brasil Popular.
Além disso, a segunda "Jornada de Luta pela Democracia" terá mais dois eventos: uma aula pública sobre os métodos utilizados pela Operação Lava Jato e o lançamento do livro Comentários a Uma Sentença Anunciada: O Processo Lula. Por volta das 18h está previsto um ato político com a presença de Lula.