quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Gleisi: Janot ficará "carimbado" por delação "furada" da JBS


A senadora Glesi Hoffmann, presidenta do PT, fez críticas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em discurso no Senado nesta quarta-feira; Para Glesi, Janot sairá da função de chefe do Ministério Público “carimbado”  pela suspeita de fraudes nas delações de executivos da JBS e que a denúncia oferecida nesta terça-feira (05) contra ela e outros cinco petistas tem o objetivo de desgastar o partido
Paraná 247 - A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), criticou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot em discurso no Senado nesta quarta-feira (06). Para Glesi, Janot sairá da função de chefe do Ministério Público “carimbado” pela suspeita de fraudes nas delações de executivos da JBS. O mandato de Janot na PGR termina no dia 17 de setembro.
Janot anunciou nesta segunda-feira (04) que o acordo de delação de Joesley Batista, dono do JBS, do executivo Ricardo Saud e do advogado da empresa, Francisco de Assis e Silva será revisado. A PGR suspeita que o trio omitiu informações e que o ex-procurador da República Marcello Miller atuou para ajudar os executivos no acordo.
“Dr. Janot, vossa excelência está para sair do cargo e quer mostrar serviço? É isso? Só que vossa excelência vai sair do cargo e vai sair carimbado por essa delação da JBS e por ter um dos seus principais procuradores, pessoa de sua absoluta confiança, envolvido até o último fio de cabelo numa negociata de delação furada. É isso que o senhor vai levar para o seu currículo”, afirmou Gleisi.
A senadora paranaense também criticou Janot pela denúncia por organização criminosa que ele apresentou nesta terça-feira (05) contra Glesi e outros cinco petistas. Para a senadora, a peça "carece de fundamento" e Janot vai ser "ridicularizado" por feito a denúncia. De acordo com a senadora, Janot apresentou a denúncia para dar respaldo ao procurador Marcelo Muller e para desgastar o PT.


Pesquisa revela que 89,9% dos paranaenses estão endividados

Agosto tem o maior número de famílias do Paraná endividadas desde 2013
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 89,9% das famílias paranaenses estão endividadas em agosto. A média nacional foi 58%.
O percentual de endividados havia baixado em julho e estava em 87,8%. No entanto, apesar da elevação na taxa de endividamento, houve melhora na variação mensal nas contas em atraso, que passaram de 29,8% em julho para 28,% em agosto, e na redução da parcela de famílias sem condições de quitar seus débitos, que em julho correspondiam a 11,6% e em agosto baixaram para 11,1%.
O tipo de dívida mais comum é o cartão de crédito, com 67,7%. Depois figuram o financiamento imobiliário, com 11,2%, e o financiamento de veículo, com 10,4%. Os carnês correspondem a 3,8% das dívidas e são muito mais utilizados como forma de pagamento pelas famílias com renda até dez salários mínimos (4,5%). Entre as famílias com renda superior, essa modalidade de parcelamento praticamente não é utilizada, com apenas 0,6%. Já o empréstimo consignado e o crédito pessoal são responsáveis, cada, por 2,7% do endividamento e também são meios de aquisição de crédito mais utilizados pelos consumidores de menor renda (3% ante 1,3% entre aqueles que têm maiores salários).
De modo geral, o endividamento atinge todas as classes econômicas em patamares similares: 89,8% das famílias com renda até dez salários mínimos e 90,6% nas famílias com rendimentos superiores. Mas as dificuldades para pagamento dos compromissos financeiros são maiores entre os consumidores de menor renda. O percentual de famílias das classes C, D e E com contas em atraso chega a 31,4%, ante 14,7% nas classes A e B. A inadimplência, ou seja, o atraso no pagamento das dívidas acima de 90 dias, também é maior entre aqueles com rendimentos mais baixos: 50,2% ante 44% entre os paranaenses com renda acima de dez salários mínimos.
Os que admite que não terão condições de pagar as dívidas em atraso chegam a 12,7% entre as famílias de menor renda, contra 4,7% entre as mais abastadas.


Janot denuncia Lula, Dilma e ex-ministros ao Supremo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acaba de denunciar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ex-presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci pelo crime de organização criminosa.
Também foram denunciados a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da parlamentar, e os ex-tesoureiros do PT João Vaccari e Edinho Silva.
Na denúncia, Janot sustenta que os acusados formaram uma organização criminosa no Partido dos Trabalhadores para receber propina desviada da Petrobras durante as investigações da Operação Lava Jato.
"Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 2016 , os denunciados, integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República para cometimento de uma miríade [grande número] de delitos, em especial contra a administração pública em geral", sustenta Janot.
Defesa 
Em nota, a defesa do ex-presidente Lula classificou a denúncia da PGR como uma ação política e “sem qualquer fundamento”.
A defesa de João Vaccari disse que a denúncia é “surpreendente” e “totalmente improcedente”. Segundo o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, Vaccari cumpriu seu papel, como então tesoureiro do PT, de solicitar doações legais destinadas ao partido, as quais sempre foram depositadas na conta bancária partidária, com respectivo recibo e a prestação de contas às autoridades competentes, “tudo dentro da lei e com absoluta transparência”.
O advogado de Guido Mantega, Fábio Tofic, disse que causa estranheza que a PGR resolva oferecer denúncia baseada nas palavras de delatores, sem uma verificação mínima, no mesmo dia em que vem à tona a “desfaçatez dos delatores, pela própria PGR”.
Em nota, o ex-coordenador financeiro da campanha de Dilma em 2014, Edinho Silva, afirma que sempre agiu de forma ética e legal e que não tem dúvidas que todos os fatos serão esclarecidos e que a Justiça vai prevalecer.
A assessoria da ex-presidente Dilma Rousseff informou que ainda não tem um posicionamento sobre o assunto. A defesa de Palocci disse que só vai se manifestar nos autos do processo.
A senadora Gleisi Hoffmann declarou que a denúncia busca criminalizar a política e o Partido dos Trabalhadores.
Fonte: Agência Brasil