sábado, 26 de agosto de 2017

Lula: "Temer transformou o Palácio numa imobiliária"


"Vão vender a Eletrobras e também a Chesf. Parece que o Palácio da Alvorada é uma imobiliária. Se não sabem governar, deixem quem foi eleito voltar para governar”, disse o ex-presidente em Recife; “Mas eles querem acabar com o Bolsa Família, com o BNDES, com o Banco do Brasil, acabaram com a indústria naval...", lamentou Lula; “Essa gente tem a desfaçatez de propor um corte de R$ 10 no salário mínimo. De tirar famílias do Bolsa Família, fechar universidade pública, e de não gerar emprego para o povo brasileiro”, afirmou ainda
Em discurso na Praça do Carmo, em Recife, na noite desta sexta-feira (25), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou o projeto de privatização da Eletrobras, anunciado pelo presidente Michel Temer na segunda-feira (21).
“Mas eles querem acabar com o Bolsa Família, com o BNDES, com o Banco do Brasil, acabaram com a indústria naval... Hoje, o Brasil tem 14 milhões de desempregados. Vão vender a Eletrobras e também a Chesf. Parece que o Palácio da Alvorada é uma imobiliária. Se não sabem governar, deixem quem foi eleito voltar para governar”, afirmou ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff. “Este país que virou protagonista no cenário internacional está virando outra vez uma república de bananas”, afirmou.
O ato no centro antigo de Recife reuniu cerca de 30 mil pessoas. A fala do ex-presidente foi voltada para os direitos dos trabalhadores mais pobres. “Uma nação não é a floresta que ela tem não é seu território ou água. Uma nação só pode ser considerada a nação se garantir oportunidades para cada um estudar, universidades, o direito de trabalhar, de morar, de ter acesso ao lazer, pois todos sonham as mesmas coisas”, disse Lula.
“É garantir que seus filhos possam estudar e chegar à universidade, e que o governo governe para a maioria do povo. Nós não queríamos que o Nordeste fosse a parte pobre do país. Deus não fez o Nordeste para ser pobre, mas para que seu povo tivesse tantos direitos quanto em qualquer outra parte do país”, afirmou.
Antes de Lula, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT, comentou a crise no país. “Estamos enfrentando um momento muito difícil no nosso país. Um momento em que os golpistas, aqueles que tiraram a presidenta Dilma, tiraram não porque era a presidenta Dilma ou porque era do Partido dos Trabalhadores. Tiraram porque queriam tirar direitos do povo brasileiro, cortar aquilo que era essencial à vida das pessoas”, disse.
“Essa gente tem a desfaçatez de propor um corte de R$ 10 no salário mínimo. De tirar famílias do Bolsa Família, fechar universidade pública, e de não gerar emprego para o povo brasileiro”, afirmou ainda.
A ex-presidente Dilma Rousseff referiu-se à caravana de Lula pelo Nordeste como um ato de fé e de esperança. “Nós sabemos que o Brasil pode ser transformado”, disse Dilma, interrompida por manifestações de um grupo ligado ao movimento de moradia. “Sem dúvida”, continuou, “uma das conquistas que nós tivemos”, disse e foi interrompida novamente por manifestações de apoio. “Mas uma das grandes perdas que nós estamos sentindo é justamente o Minha Casa, Minha Vida, que eles encerraram”, afirmou Dilma, referindo-se aos cortes de Michel Temer ao programa habitacional criado nos governos do PT.


Requião: "É preciso referendo revogatório para asneiras do governo"


Após o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, confessar a perda de R$ 150 bilhões na arrecadação, o senador Roberto Requião afirmou que "a solução chama-se referendo revogatório para todas estas asneiras implantadas pelo atual governo. Anulação de vendas criminosas também"
Paraná 247 - Uma das principais vozes em nível nacional contrárias ao governo de Michel Temer, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) voltou a criticar a atual gestão. De acordo com o parlamentar, "Temer pode falar com quem quiser,só não pode vender o Brasil e acabar com políticas sociais".
Após o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, confessar a perda de R$ 150 bilhões na arrecadação, o congressista afirmou que "a solução chama-se referendo revogatório para todas estas asneiras implantadas pelo atual governo. Anulação de vendas criminosas também".
"Arrecadação cai 150 bi. Mas afinal o que estes beocios do liberalismo esperavam?Impostos caindo como maná?Mesmo sem atividade economica?", questionou Requião.
Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, de O Globo, o ministro disse que "tínhamos uma média histórica de 22,4% do PIB de arrecadação federal e nós estamos indo para 20% em 2018. Uma perda de 2,4 pontos percentuais do PIB, traduzindo em dinheiro, algo como R$ 150 bilhões".