quarta-feira, 12 de julho de 2017

Galo enfrenta o Peixe em jogo de reencontros no Independência

Donizete tem história com a camisa do 
Atlético (Foto: Dennis Calçada/ Santos FC)
Quando entrar no gramado do Independência, na noite desta quarta-feira, contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, o Atlético vai reencontrar dois velhos conhecidos. O primeiro é o “general”, apelido dado ao volante Leandro Donizete, ídolo em Belo Horizonte. O outro o árbitro Marcelo de Lima Henrique.
O volante santista deixou o Galo no início da temporada. Ídolo em Minas Gerais, com grande identificação com os torcedores atleticanos, Donizete saiu por não conseguir alinhar os pensamentos com a diretoria atleticana. Depois de negociarem a renovação, o atleta preferiu buscar vida nova no Santos.
Já o árbitro Marcelo de Lima Henrique volta ao estádio Independência quase dois anos após uma grande polêmica com o Galo. Em 2015, no jogo entre Atlético e Atlético-PR, o árbitro marcou um pênalti, expulsou um alvinegro e deixou dirigentes e torcedores bastante irritados. O ex-presidente Alexandre Kalil, na ocasião, foi até o Twitter e chutou o balde. “Marcelo de Lima Henrique, você é um vagabundo e ladrão”, postou.
Para o jogo, o Galo deve poupar o meia Robinho. O jogador está sentindo a sequência de jogos e deve ser opção no banco de reservas. A boa notícia fica para o retorno do zagueiro Gabriel. O jovem ficou fora por desgaste muscular e está de volta.
Santos quer regularidade
Após altos e baixos durante a toda a temporada, o Santos luta para manter uma regularidade e alcançar a terceira vitória seguida, já que bateu Atlético-PR, pela Libertadores, e São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro.
Atualmente na quarta colocação do torneio nacional, com 20 pontos, o time comandando por Levir Culpi precisa vencer o Galo, nesta quarta, no Independência, para consolidar-se no pelotão de cima do Brasileirão.
“Sabemos como é jogar no Independência. O Atlético procura sufocar o adversário. Vai ser jogo duro, difícil, mas sabemos que vamos ter o contra-ataque, espaço… É natural de um time que tenta se impor em casa. Temos time perigoso e rápido para explorar isso e vencer o jogo. Temos em nossa mente de ir lá procurar se defender bem e no momento que tiver a bola, personalidade para jogar e por o Atlético em dificuldades”, explicou o atacante Thiago Ribeiro.
Porém, o comandante tem diversos problemas para montar a equipe que entrará em campo em Belo Horizonte. No último treino antes do confronto, Daniel Guedes, Leandro Donizete, Vecchio e Thiago Ribeiro foram testados como titulares em atividade na manhã desta terça-feira, no CT Rei Pelé.
Isso porque Victor Ferraz sentiu dores no joelho e é dúvida para o jogo. Já o volante Renato, que foi substituído no segundo tempo do clássico contra o São Paulo, teve uma lesão muscular constatada e nem viaja para Minas Gerais.
Já Lucas Lima e Copete receberam o terceiro amarelo diante do Tricolor do Morumbi e também não encararam o Galo. Em compensação, o atacante Bruno Henrique volta após ser desfalque no último domingo.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG X SANTOS
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 12 de julho de 2017, quarta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Dibert Pedrosa Moises (RJ) e Michael Correia (RJ)
ATLÉTICO-MG: Victor; Marcos Rocha, Gabriel, Bremer e Fábio Santos; Yago, Rafael Carioca, Elias, Cazares e Marlone; Fred.
Técnico: Roger
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes (Victor Ferraz), Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Leandro Donizete, Thiago Maia e Emiliano Vecchio; Thiago Ribeiro, Bruno Henrique e Kayke.
Técnico: Levir Culpi

Gazeta Esportiva

Palmeiras e Corinthians defendem séries invictas em Derby centenário

Borja ou Willian é a dúvida do técnico Cuca 
para o confronto desta noite no Allianz Parque
O primeiro confronto entre Palestra Itália e Corinthians foi travado no dia 6 de maio de 1917. Nesta quarta-feira, os rivais fazem o maior clássico de São Paulo, batizado de Derby por Thomaz Mazzoni, jornalista de A Gazeta Esportiva, pela primeira vez após um século de história.
Ex-jogador do Corinthians, fundado em 1910, Bianco marcou o primeiro gol do Palestra Itália, criado em 1914. Desde então, os dois clubes cresceram exponencialmente e, com o passar dos anos, estabeleceram a maior rivalidade de São Paulo. Partidas históricas, como as decisões dos Campeonatos Paulistas de 1954 (vencida pelo Corinthians) e 1993 (vencida pelo Palmeiras), marcaram o clássico.
Nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), Palmeiras e Corinthians prometem fazer uma partida digna dos cem anos de história do confronto. O Verdão defende uma invencibilidade de 31 jogos como mandante, atualmente a maior sequência do futebol brasileiro, enquanto o Timão protege uma série de 26 partidas sem derrotas.
“Eles têm a invencibilidade deles, nós temos a nossa. Nos sentimos bem no Allianz Parque, vai ser uma guerra. Quem joga contra nós lá tem que deixar o coração para nos vencer. Eles vivem um bom momento, é notável. Vamos tentar entrar como entramos contra todos os adversários na nossa casa”, disse Tchê Tchê.
Para o confronto, Cuca faz mistério sobre a escalação do Palmeiras. O treinador deverá contar com os retornos importantes de Guerra, Felipe Melo e Borja, mas o trio não tem presença garantida entre os titulares.
O venezuelano fez apenas dois treinamentos após um período afastado para acompanhar a recuperação do filho, que sofreu um afogamento na última quarta-feira e precisou ser internado. O Pitbull também teve o mesmo período de treinos após se recuperar de uma lesão no músculo posterior da coxa direita e, apesar de mostrar desenvoltura nos treinos, é dúvida pelos problemas físicos.
“O Guerra vive uma fase muito boa. É um jogador que tem uma dinâmica muito boa para levar nossos times para a frente, tem a qualidade do drible e ainda vem decidindo com gols. Fez falta no jogo da Libertadores, sentimos um pouco, até pelo lado emocional, já que muitos têm filho aqui. Nos alegra saber que ele está de volta com a cabeça boa, vai nos ajudar muito”, completou Tchê Tchê.
Já Borja não tem presença certa entre os titulares por opção técnica. O colombiano ficou fora da derrota para o Cruzeiro no último domingo por conta de uma inflamação intestinal, que o debilitou e fez sofrer peso. Recuperado, briga por posição com Willian Bigode.
Do outro lado, o líder do Brasileiro quer manter o nível de concentração apresentado até o momento na competição. Único invicto que ainda resta no certame, o Timão vê no poder de mobilização dos atletas o seu maior trunfo para encarar a força palmeirense dentro de casa e manter a invencibilidade de 26 jogos na temporada.
“Nós temos 13 pontos de vantagem para o Palmeiras e temos de saber jogar com isso”, explicou o técnico Fábio Carille, indicando que um empate no terreno do arquirrival não seria mau negócio para o clube de Parque São Jorge. “Nós respeitamos bastante o time deles e precisamos ter uma boa atuação lá”, explicou o meia Jadson.
“Sabemos da importância dessa partida. É claro que eles querem quebrar a nossa invencibilidade, até por jogar em casa. Só que a nossa equipe está madura, entrosada, e saberá ser paciente para conseguir uma vitória lá. Temos tudo para isso”, continuou o armador, confirmado na equipe.
O Alvinegro, por sinal, terá à disposição o time considerado ideal por Fábio Carille, já que o lateral direito Fagner, suspenso contra a Ponte Preta, retoma a vaga ocupada por Léo Príncipe contra os campineiros. Pendurados, Gabriel, Rodriguinho e Jô passaram ilesos e serão parte da formação do líder.
FICHA TÉCNICA 
PALMEIRAS x CORINTHIANS 
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Data: 12 de julho de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS-CBF)
Assistentes: Jose Eduardo Calza e Mauricio Coelho Silva Penna (RS-CBF)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Tchê Tchê, Yerry MIna, Luan e Juninho (Egídio); Felipe Melo (Mayke), Bruno Henrique e Guerra; Dudu, Róger Guedes e Borja (Willian)
Técnico: Cuca
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Jadson, Rodriguinho e Romero; Jô
Técnico: Fábio Carille
Gazeta Esportiva


Moro condena Lula e nove anos e meio de prisão


Mesmo sem ser dono do chamado triplex do Guarujá, que pertence à empreiteira OAS, o ex-presidente Lula foi condenado nesta quarta-feira 12 pelo juiz Sergio Moro a 9 anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; segundo a denúncia do MPF, Lula teria recebido R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a OAS e a Petrobras; a reforma de um apartamento no Guarujá e do pagamento do armazenamento de bens de Lula seriam parte desse benefício, segundo o MPF; no último dia 20, a defesa do ex-presidente sustentou, em suas alegações finais no processo, que a OAS não tinha direitos para repassar o triplex a Lula, uma vez que todos os direitos econômicos e financeiros sobre o imóvel foram passados para um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal
Paraná 247 - O juiz Sergio Moro proferiu nesta quarta-feira 12 a sentença contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá (SP). Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação se deu pouco menos de dez meses após a acusação formal feita pelos procuradores da Lava Jato. 
Lula é acusado pelo Ministério Público Federal de ter recebido R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a OAS e a Petrobras. O MPF sustenta que os valores foram repassados a Lula por meio da reforma de um apartamento no Guarujá e do pagamento do armazenamento de bens de Lula, como presentes recebidos no período em que era presidente.
No último dia 20 de junho, a defesa de Lula apresentou as alegações finais do processo, nas quais sustentou, com documentos inéditos, que OAS não tinha direitos para repassar o triplex a Lula. Segundo a defesa, apesar de o apartamento 164 A do edifício Solaris estar em nome da OAS Empreendimentos S/A, em 2010, todos os direitos econômicos e financeiros sobre o imóvel foram passados para um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal.
"A acusação do Ministério Público Federal diz que, no dia 8 de outubro de 2009, o ex-presidente teria recebido a propriedade desse triplex. A denúncia diz ainda que os recursos para a compra e reforma do imóvel são provenientes de três contratos firmados entre Petrobras e OAS. Mas com a OAS transferindo o imóvel para a Caixa Econômica Federal, nem Leó Pinheiro [ex-presidente da construtora] nem a OAS tinham a disponibilidade deste imóvel para dar ou para prometer para quem quer que seja sem que fosse feito o pagamento para a Caixa Econômica Federal", disse um dos advogados, Cristiano Zanin.
Os advogados afirmaram ainda que os diretos econômicos sobre os imóveis foram cedidos quando a OAS buscou um empréstimo no mercado por meio de debêntures. De acordo com Zanin, o depósito de valores em uma conta da Caixa passou a ser condição para a negociação de qualquer unidade do edifício. A defesa diz que não há nenhum documento que mostre esse tipo de depósito, e, por isso, não houve a liberação do imóvel para o ex-presidente.
"Há um documento que indica uma conta e uma agência na qual os valores dos apartamentos do edifício Solaris devem ser depositados para que haja a liberação do imóvel. Essa conta foi mantida no terceiro aditamento feito em 2011".
De acordo com Zanin, ao contrário do que o Ministério Público Federal alega no processo, Luiz Inácio Lula da Silva também não pode ser responsabilizado ou acusado de ter envolvimento ou conhecimento sobre os desvios de recursos ocorridos na Petrobras. Segundo o advogado, há na empresa diversos sistemas de auditoria para cuidar da lisura dos procedimentos e apurar fraudes.
"As auditorias não identificaram atos ilícitos ou de corrupção por parte de Lula. Isso também foi dito à Justiça pelos auditores. Durante o governo do ex-presidente houve reforço desse sistema de controle sobre a Petrobras dando à Controladoria-Geral da União a atribuição legal de fiscalizar a Petrobras junto com o Tribunal de Contas da União", afirmou Zanin.
Em depoimento a Moro em maio, Lula disse que "nunca houve a intenção de adquirir triplex"
Em interrogatório ao juiz federal Sérgio Moro, em maio desse ano, Lula afirmou que nunca houve intenção de adquirir o triplex. Ele contou que a ex-primeira-dama Marisa Letícia comprou uma cota da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) - que era dona do prédio - de um apartamento simples.
Questionado por Moro se havia intenção desde o início de adquirir um triplex no empreendimento, Lula respondeu: "Não havia no início e não havia no fim. Nunca houve a intenção de adquirir um triplex".
No início do depoimento, Moro afirmou a Lula que ele seria tratado com respeito e qualquer decisão será tomada apenas ao final do processo. "Eu queria deixar claro em que pesem algumas alegações nesse sentido, da minha parte eu não tenho qualquer desavença pessoal em relação ao senhor ex-presidente. O que vai determinar o resultado desse processo no final deste processo são as provas que vão ser colecionadas e a lei. E vamos deixar claro que quem faz a acusação neste processo é o Ministério Público e não o juiz. Eu estou aqui para ouvi-lo e para proferir um julgamento ao final do processo". Em depoimentos de outras pessoas no processo,foram registrados desentendimentos entre o juiz e a defesa do ex-presidente.
Moro também comentou dos boatos de uma eventual prisão de Lula durante depoimento. "São boatos que não tem qualquer fundamento. Imagino que seus advogados já tenham lhe alertado que não haveria essa possibilidade. E para deixá-lo tranquilo lhe asseguro de pronto e expressamente que isso não vai acontecer." E Lula afirmou: "Eu já tinha consciência disso."
O depoimento começou com perguntas do juiz, seguido da assistência da acusação e dos procuradores do Ministério Público Federal. Em seguida, houve um intervalo. O interrogatório foi retomado e Moro voltou a fazer perguntas. Depois, os advogados de Lula apresentaram alguns questionamentos. E por último, o ex-presidente fez suas alegações finais. Após depor, o ex-presidente participou de ato na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, onde estavam concentrados manifestantes que apoiam Lula.
Com Agência Brasil