Presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) afirma que
o partido não tem um "plano B" para as eleições presidenciais e que
Luiz Inácio Lula da Silva é o único nome do do partido na disputa; Gleisi
reafirmou que não há provas contra o ex-presidente e que uma eventual
condenação, baseada apenas em relatos feitos em delações premiadas,
configuraria uma "fraude eleitoral"; "Não há provas, é tudo
baseado em delações. E isso está ficando claro a cada dia. A condenação
do presidente Lula seria uma condenação para fraudar eleições", afirmou
247 - A senadora
Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, reforçou o apoio à candidatura de Luiz
Inácio Lula da Silva à Presidência e afirmou que uma condenação do
ex-presidente seria uma tentativa de fraudar as eleições.
Escolhida
para conduzir o PT até 2019, Gleisi diz que a estratégia de reestruturação da
sigla passa necessariamente pela eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva ao Palácio do Planalto.
Na
hipótese de haver antecipação das eleições, está certo que igualmente o
candidato seria o ex-presidente. "Nós não temos nenhum plano B e nem C. O
presidente Lula é nosso plano A, B e C". Por não ver alternativas, uma
eventual condenação do ex-presidente será combatida como "fraude
eleitoral". "Não há provas, é tudo baseado em delações. E isso está
ficando claro a cada dia. A condenação do presidente Lula seria uma condenação
para fraudar eleições".
O caso
do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto - absolvido pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região em ação em que havia sido condenado pelo juiz Sergio Moro
a 15 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro, associação
criminosa e corrupção -, é usado por Gleisi como exemplo de que as condenações
tem forte componente político e, por isso, podem ser revertidas. "A
decisão do TRF deixou clara qual deve ser a postura da Justiça em termos de
processo penal. Se não tiver prova, a delação não vale".
Gleisi
sinalizou ainda que a sigla pode vir a dar aval à indicação de Raquel Dodge
para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), feita por Michel
Temer. Para a senadora, o PT quer o compromisso da sub-procuradora de que
o Ministério Público mudará suas práticas em relação à gestão de Rodrigo Janot,
evitando a "espetacularização" dos casos e a abertura de inquéritos
baseados apenas em delações. "Isso implica o MP fazer denúncias em cima de
provas. Não pode se encaminhar denúncia com base em delação apenas",
defende a senadora.
As
informações são de reportagem de Vandson Lima e Fabio Murakawa no Valor.