quinta-feira, 6 de julho de 2017

Janot diz que Temer lhe provocou ânsia de vômito


"Joesley entra no palácio e grava uma conversa muito pouco republicana com o presidente, que lhe diz que aquele mesmo deputado é o interlocutor para qualquer assunto. Depois, esse deputado Rocha Loures acerta uma propina com o empresário e é pilhado com uma mala de dinheiro. Se isso é fraco, não sei o que é forte", afirmou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que disse também ter sentido náuseas ao ouvir os grampos; Janot denunciou Temer por corrupção passiva e prepara uma segunda denúncia por obstrução judicial; "A investigação de obstrução de justiça está mais avançada que a de organização criminosa", disse
247 – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ter-se sentido enjoado e com náuseas, após ouvir as conversas entre Michel Temer e Joesley Batista, no Palácio do Jaburu, em entrevista ao jornalista Roberto D'Avila, da GloboNews, que foi ao ar na noite desta quarta-feira (5).
"Ele [Joesley] entra no palácio [do Jaburu] e grava uma conversa muito pouco republicana com o presidente, que lhe diz que aquele mesmo deputado é o interlocutor para qualquer assunto. Depois, esse deputado [Rocha Loures] acerta uma propina com o empresário e é pilhado com uma mala de dinheiro. Se isso é fraco, não sei o que é forte", afirmou.
Janot, que já denunciou Temer por corrupção passiva, defendeu sua conduta. "Eu teria que fingir que nada tinha ouvido, que nada tinha acontecido, e essas pessoas continuariam a cometer crimes, e os empresários na mesma atividade ilícita que sempre tiveram."
Ele também avisou que Temer deverá sofrer novas denúncias. "A investigação de obstrução de justiça está mais avançada que a de organização criminosa", disse.


Presidenciável, Alvaro Dias quer em sua chapa Dallagnol para o Senado


Pré-candidato à presidência da República, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), ex-tucano, está fazendo articulações para ter como candidato ao Senado em sua chapa o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol; a informação é do blog do jornalista Reinaldo Azevedo; Osmar Dias, o irmão de Alvaro, deve disputar o governo do Paraná
Paraná 247 - Pré-candidato à presidência da República, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), ex-tucano, está fazendo articulações para ter como candidato ao Senado em sua chapa o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. A informação é do blog do jornalista Reinaldo Azevedo.
Osmar Dias, o irmão de Alvaro, deve disputar o governo do Paraná.
Em março, a coluna Expresso informou, que segundo o senador do Podemos, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato seria um ótimo nome para ingressar na política e no partido. Mas, ainda conforme o texto, o parlamentar defende que isso aconteça apenas em 2018.
"Antes disso, atrapalha o trabalho dele na Lava Jato. Ninguém quer isso", diz.


Tudo dominado: Senado arquiva representação contra Aécio


O conselho de ética do Senado Federal arquivou a representação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por 12 votos a quatro; Aécio foi flagrado negociando propinas de R$ 2 milhões com o empresário Joesley Batista; seu primo Fred Pacheco e sua irmã Andrea estão em prisão domiciliar
Minas 247 – O conselho de ética do Senado Federal arquivou a representação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por 12 votos a quatro.
Aécio foi flagrado negociando propinas de R$ 2 milhões com o empresário Joesley Batista.
Seu primo Fred Pacheco e sua irmã Andrea estão em prisão domiciliar.
Votaram pelo arquivamento:
Romero Jucá - PMDB/RR
Airton Sandoval - PMDB/SP
João Alberto Souza - PMDB
Davi Alcolumbre - DEM/AP
Flexa Ribeiro - PSDB/PA
Eduardo Amorim - PSDB/ SE
Gladson Cameli - PP/AC
Hélio José - PMDB/DF
Acyr Gurcacz - PDT/RO
Telmário Mota - PTB/RR
Pedro Chaves - PSC/MS
Roberto Rocha - PSB/ MA
Votaram contra:
Lasier Martins - PSD/RS
João Capiberibe - PSB/AP
Antônio Carlos Valadares - PSB/ AP
José Pimentel - PT/CE


Temer encerra força-tarefa da Lava Jato e estanca a sangria


Primeiro ocupante da presidência acusado formalmente de corrupção na história do Brasil, Michel Temer cumpriu uma das promessas do golpe, que era estancar a sangria e encerrar a Operação Lava Jato; após constantes atritos com a direção-geral da Polícia Federal, os três principais delegados da investigação deixaram o grupo que focava os trabalhos exclusivamente no esquema de corrupção da Petrobras, e que já tinha somente quatro integrantes, informa reportagem da revista Época; decisão teria sido do diretor da corporação, Leandro Daiello; pela redes sociais, o procurador Carlos Fernando Lima, um dos principais nomes da força-tarefa, acusou Michel Temer de matar a operação por asfixia
247 - A Polícia Federal acabou com o grupo de trabalho da Operação Lava Jato em Curitiba. A decisão foi comunicada aos quatro delegados restantes no GT da operação, informa reportagem do site da revista Época. Em Curitiba, atribui-se à decisão ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello. 
Os delegados e agentes voltarão a ser lotados na Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, a Delecor e dividirão o tempo entre a Lava Jato e outras investigações. Com a escassez de recursos e pessoal, a produção de provas nos processos atuais e a deflagração de novas etapas de investigação fica severamente comprometida. Para um dos investigadores, é uma "asfixia".
O desmanche do GT não é uma surpresa dentro da PF. O número de delegados caiu de nove para quatro em menos de um ano. Com a saída desses delegados, a velocidade da investigação foi caindo. Para os investigadores, os delegados Érika Marena, Eduardo Maut e Márcio Anselmo eram o "motor" da Operação Lava Jato. 
A justificativa para a retirada de pessoal era uma suposta "falta de demanda", ideia refutada pela PF e também pelo Ministério Público Federal. De acordo com o MPF, os funcionários estão atolados em trabalho ordinário e centenas de provas obtidas em fases anteriores estão sem análise. Os três principais delegados deixaram a Lava Jato após atritos com a Direção da PF.
Pelas redes sociais, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos principais nomes da força-tarefa, acusou Michel Temer de matar a operação por asfixia. "A Polícia Federal não tem mais dinheiro para passaporte. A Força-tarefa da Polícia Federal na operação Lava Jato deixou de existir. Não há verbas para trazer delegados. Mas para salvar o seu mandato, Temer libera verbas à vontade", escreveu.
A direção-geral da PF confirmou o fim do grupo de trabalho em nota, publicada pela Época:
1. Os grupos de trabalho dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca passam a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);


2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;

3. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo dois ex-integrantes da Operação Lava Jato;

4. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;

5. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;

6. A Polícia Federal reafirma o compromisso público de combate à corrupção, disponibilizando toda a estrutura e logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos e esclarecimento dos crimes investigados.