terça-feira, 13 de junho de 2017

PT se solidariza à Míriam Leitão, mas culpa Globo por clima de ódio


Em nota assinada pela presidente, senadora Gleisi Hoffmann (PR), o PT lamentou o "constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro", quando foi alvo de agressões verbais de militantes petistas; a legenda afirma que "orienta a militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo", mas ressalta que a "Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil"
247 - O PT lamentou, em nota, o "constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro no último dia 3 de junho".
A jornalista relatou em sua coluna no Globo nesta terça-feira 13 ter sido alvo de agressões verbais por parte de militantes do partido que estavam a bordo da aeronave, no último dia do Congresso do PT.
Na nota, assinada pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), a legenda afirma que "orienta a militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo, como confundi-las com empresas para as quais trabalhem". Para o PT, "esse comportamento não agrega nada ao debate democrático".
O texto ressalta, porém, que a "Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil, e em nada tem contribuído para amenizar esse clima do qual é partícipe". "O PT não fará com a Globo o que a Globo faz com o PT", finaliza.
Veja a íntegra da nota:
O Partido dos Trabalhadores lamenta o constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro no último dia 3 de junho, conforme relatado por ela em sua coluna de hoje. Orientamos nossa militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo, como confundi-las com empresas para as quais trabalhem.
Entendemos que esse comportamento não agrega nada ao debate democrático. Destacamos ainda que muitos integrantes do Partido dos Trabalhadores, inclusive esta senadora, já foram vítimas de semelhante agressão dentro de aviões, aeroportos e em outros locais públicos.
Não podemos, entretanto, deixar de ressaltar que a Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil, e em nada tem contribuído para amenizar esse clima do qual é partícipe. O PT não fará com a Globo o que a Globo faz com o PT.


Míriam Leitão relata episódio de hostilidade por petistas durante voo

(foto: Reprodução)
A jornalista Míriam Leitão afirmou ter sido hostilizada por militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) durante um voo da companhia Avianca, com saída de Brasília para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, no último dia 3 de junho. Em seu blog, no site do jornal O Globo, ela conta que foi alvo de intolerância por parte dos militantes petistas, que a agrediram verbalmente.
“Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo”, afirma no texto publicado em sua coluna nesta terça-feira (13).
No mesmo dia em que a jornalista voltava para o Rio de Janeiro, no último dia 3, houve um congresso do PT em Brasília. Na ocasião, militantes ainda vestidos com camisetas do encontro começaram a verbalizar ofensas contra ela antes mesmo do embarque.
Os cerca de 20 militantes, de acordo a jornalista, sentaram-se perto de seu assento e começaram ofensas aos gritos de “terrorista, terrorista.” Após os primeiros ataques, ela conta ter sido convidada pelo comandante da aeronave, por meio da comissária de bordo, a mudar de lugar. No entanto, a jornalista se recusou e continuou em sua poltrona, conforme bilhete comprado.
“Durante todo o voo, os delegados do PT me ofenderam, mostrando uma visão totalmente distorcida do meu trabalho. Certamente não o acompanham. Não sou inimiga do partido, não torci pela crise, alertei que ela ocorreria pelos erros que estavam sendo cometidos. Quando os governos do PT acertaram, fiz avaliações positivas e há vários registros disso”, diz Miriam em seus relatos.
Para ela, o fato do ex-presidente Lula citar seu nome em comícios e reuniões partidárias é um “erro”. “Não acho que o PT é isso, mas repito que os protagonistas desse ataque de ódio eram profissionais do partido. Lula citou, mais de uma vez, meu nome em comícios ou reuniões partidárias. Como fez nesse último fim de semana. É um erro. Não devo ser alvo do partido, nem do seu líder. Sou apenas uma jornalista e continuarei fazendo meu trabalho”, acrescentou.

Autor do pedido de impeachment, Reale deixa PSDB e fala em “túmulo” para o partido

(foto: Agência Brasil)
Um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o jurista Miguel Reale Jr anunciou que deixará o PSDB. “Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo”, disse Reale. A declaração foi dada ao jornal O Estado de S. Paulo, logo após o posicionamento da sigla de permanecer apoiando o governo de Michel Temer (PMDB).
O jurista comunicou que oficializará sua decisão ao diretório nacional do partido nesta terça-feira (13), por meio de carta. “Compartilhei ideais e esperanças, mas desisti diante de tantas vacilações e fragilidades onde não se pode ser fraco, que é diante da afronta à ética”, justificou.
Na noite de ontem, os tucanos decidiram permanecer na base governista. No entanto, acrescentaram que a decisão é passível de reavaliação caso surjam novos fatos a respeito das investigações contra o peemedebista – investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), de maneira inédita, por corrupção passiva, associação criminosa e obstrução de Justiça. Com 46 deputados e 11 senadores, o PSDB é considerado um partido estratégico para garantir um mínimo de governabilidade na gestão peemedebista.
No último mês, logo após vir à tona a gravação do empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, na qual Temer incentiva o pagamento de uma mesada para garantir o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o jurista, que foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, defendeu a renúncia do presidente ao mandato.
De acordo com Reale Júnior, o caso é “nada republicano e inadmissível”. Para ele, apesar de se enquadrar nas hipóteses de impeachment, o “Brasil não aguentaria” um novo processo de impedimento de seu presidente. “Seria melhor se ele renunciasse, um novo processo de impeachment é um processo muito doloroso, o país está no momento de início de saída da recessão”, disse, na ocasião, ao jornal O Globo.
O jurista também não é favorável à convocação de eleições diretas, para ele, isso seria “conturbar o país” e criaria “imensa insegurança jurídica”.  Reale defende a escolha, pelo Congresso, de uma “figura isenta” e “com experiência administrativa”.

Fonte: Congresso em Foco

Gleisi: "Braço para aplicação do golpe foi a grande mídia"


Em debate sobre a liberdade de imprensa, ao lado de blogueiros e ativistas digitais, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), nova presidente do PT, afirmou que "o braço para a aplicação do golpe foi a grande mídia, a concentração, o monopólio econômico da imprensa"
Da Rede Brasil Atual - "Vemos que o braço para a aplicação do golpe foi a grande mídia, a concentração, o monopólio econômico da imprensa", afirmou a senadora e presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, durante o 3º Encontro Estadual de [email protected] e Ativistas Digitais de São Paulo. "A estrutura de telecomunicações do Brasil vem do tempo da ditadura (1964-1965)", disse Gleisi. O debate se realizou na sede do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, no centro de São Paulo, na noite desta sexta-feira (9). 
Gleisi esteve ao lado da deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE), da jornalista Maria Inês Nassif e do presidente do Barão de Itararé, Altamiro Borges. "Durante a ditadura foram criados os grandes oligopólios da informação, justamente para ajudar na censura, na sustentação ideológica do regime deles. Com isso, as concessões foram distribuídas para poucos grupos. Ali, a Globo começa a desenvolver o seu poder. Ali, começa um processo de verticalização e oligopolização da mídia", completou.
Gleisi ressaltou a necessidade de regulamentação da mídia para a manutenção sadia da democracia. "Nossas leis não regulam a mídia pelo interesse público, e sim pelo privado. É flagrante delito contra a democracia. O direito à informação é fundamental, o cidadão privado de informação é um não-cidadão", disse. Para a presidenta do PT, sem pluralidade de visões na mídia, "há censura. Censura corporativa e privada, onde empresas privam a população de informação".
A presidenta do PT citou exemplos de economias desenvolvidas que possuem uma mídia regulamentada. "Mesmo nos Estados Unidos, eles regulam economicamente a mídia a fim de evitar oligopólios. Aqui isso já seria um grande avanço. Na Europa temos algo ainda maior, a ênfase em assegurar a qualidade para que a informação seja distribuída pelo interesse público e em defesa da cidadania", defendeu.
Altamiro Borges também relaciona a influência econômica e o monopólio da informação com problemas na democracia, citando o atual governo de Michel Temer (PMDB) e sua relação com a mídia. "Neoliberalismo não combina com democracia. Para aplicar um projeto derrotado quatro vezes nas urnas, para aplicar o desmonte do Estado, da nação, eles tiveram que ser autoritários (...) A primeira medida do governo foi 'pau' na cultura e pau na Empresa Brasileira de Telecomunicações (EBC). Na verdade, começou com 'pau' nos blogueiros. Na semana do encontro nacional de blogueiros, Temer suspendeu os patrocínios", disse.
"Eles vêm para cima. Esse autoritarismo se reflete na convocação de Exército para manifestações, em policiais matando gente, matando trabalhadores rurais. Esse governo não tem nada de republicano. Uma das formas de asfixia das vozes é a questão financeira. Tiram merrecas de publicidade para vozes importantes para a pluralidade de ideias", afirmou, ao citar as condições precárias de centros alternativos de mídia após a ascensão de Temer.
"Peço, para quem defende a liberdade de expressão, assinem esses meios. Estão asfixiando as vozes diferentes, enquanto aumentam em 470% a publicidade para a revista Veja. Estamos em um período sombrio de retrocessos na liberdade de imprensa. Se tivermos o fim de revistas como a Carta Capital e a Caros Amigos, isso seria uma desgraça para a luta democrática no Brasil", completou.
Autocríticas
A deputada Luciana Santos refletiu sobre quais fatores levaram à queda dos ciclos de governos com projetos populares no país. "Vivemos uma radicalização da luta política ideológica que teve ponto de inflexão nas manifestações de junho de 2013. Precisamos aprofundar nessa questão. Um fenômeno desorganizado, difuso. Essa crise foi disputada a ferro e fogo por correntes da opinião pública, especialmente pela imprensa (...) eles se unificaram em um ambiente de recessão inspirado por um contexto assegurado pela mídia", disse.
A jornalista Maria Inês Nassif aprofundou a reflexão e partiu para a autocrítica das correntes progressistas. "O momento atual nos remete à pergunta de onde erramos. Nós, com o compromisso de visão real da verdade e do que aconteceu neste período de golpe sob pretextos mentirosos e manipulados pela mídia temos que pensar nisso", disse. Para Maria Inês, o ponto central está na visão de leniência com setores corporativos da imprensa.
"Isso começa pela confusão de que vitórias em eleições trazem hegemonia. Nunca fomos hegemônicos em instituições como a mídia. Ela foi a verdadeira oposição. Veja, o PSDB não é de nada. O partido que rivalizou com o PT se desfez como água. A incursão deste partido para a direita já demonstrava que ele não teria nenhum peso a não ser que se tornasse a representação da elite tradicional brasileira. A posição das esquerdas diante da mídia tradicional era de conformismo, uma convicção de que programas sociais, ganhos das classes menos favorecidas traria o povo para o nosso lado. O Lula mesmo verbalizava isso. A Veja ofendia sua família e ele não dava importância porque ele tinha voto. Mas vimos que isso cola. Que o discurso de anticorrupção da direita, o discurso moral, preenche as insatisfações da população, até mesmo pessoais", completou a jornalista.


Colisão entre auto x moto no centro de Apucarana deixa motociclista gravemente ferido

Acidente envolvendo um veículo Ford Ecosport e uma moto aconteceu na manhã desta terça-feira (13) na esquina das Ruas Ponta Grossa e João Cândido Ferreira, no centro de Apucarana. Na batida o piloto da moto ficou gravemente ferido e o auto se chocou contra o poste
A equipe de socorristas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados no início da manhã desta terça-feira (13), por volta das 06h54 para deslocamento até o cruzamento das Ruas Ponta Grossa e João Cândido Ferreira no centro de Apucarana, onde ocorreu um acidente de trânsito envolvendo um veículo e uma moto.
No local foi constatada a colisão entre o veículo Ford, Ecosport ano 2009, cor prata, placas ENY 374 de Apucarana (PR) conduzido pela jovem Nayla de Michele, 22 anos e a motocicleta Honda, CG 125, ano 1981, cor vermelha, placa AFW 3392 de Apucarana (PR) pilotada por André Santos Martins, 30 anos.
A equipe da Polícia Militar (PM) de Apucarana esteve no local para confeccionar boletim de ocorrência e a equipe da Guarda Municipal (GM) de Apucarana, auxiliou no controle do trânsito.
Segundo populares no local, com o impacto da batida, o motociclista foi projetado para longe do local da colisão e o veículo colidiu contra o poste chegando a quebrar, deixando toda região sem luz, até que seja feita a substituição pela equipe da Copel.
A equipe de socorristas conduziu o motociclista André Santos Martins, 30 anos com ferimentos graves, para o Hospital da Providência de Apucarana. A condutora do veículo Nayla de Michele, 22 anos dispensou atendimento hospitalar.