sexta-feira, 26 de maio de 2017

Cai a casa de Aécio: PF apreende documentos de Caixa dois de doleiro


Complica-se a situação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe parlamentar de 2016 e é o principal responsável pela crise política e econômica atravessada pelo Brasil; na operação de busca e apreensão realizada em seus endereços, a PF encontrou documentos com anotações referentes a caixa dois, uma agenda que confirma o encontro com o empresário Joesley Batista, da JBS, e até mesmo papéis que o aproximam de um doleiro, chamado Norbert Muller, especializado na abertura de contas para políticos; o procurador-geral Rodrigo Janot já pediu a prisão de Aécio, numa decisão que será tomada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal; obras de arte também foram apreendidas
Minas 247 – Complica-se a situação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe parlamentar de 2016 e é o principal responsável pela crise política e econômica atravessada pelo Brasil.
Na operação de busca e apreensão realizada em seus endereços, a PF encontrou documentos com anotações referentes a caixa dois, uma agenda que confirma o encontro com o empresário Joesley Batista, da JBS, e até mesmo papéis que o aproximam de um doleiro, chamado Norbert Muller, especializado na abertura de contas para políticos.
O procurador-geral Rodrigo Janot já pediu a prisão de Aécio, numa decisão que será tomada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal.
As informações são da jornalista Carolina Brígido
. "A Polícia Federal apreendeu no apartamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) uma série de papéis e objetos — entre eles, 'diversos documentos acondicionados em saco plástico transparente, dentre eles um papel azul com senhas, diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição 'cx 2', conforme indica ao relatório dos investigadores enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF)", informa a jornalista.
"A PF também encontrou no gabinete de Aécio 'folhas impressas no idioma aparentemente alemão, relativo a Norbert Muller'. De acordo com outras investigações, Muller era um doleiro especializado em abrir contas no exterior para políticos (...) Num outro papel manuscrito, havia anotações citando 'ministro Marcelo Dantas', em possível alusão ao ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), investigado no STF por tentativa de obstruir as investigações da Lava-Jato."
Confira, abaixo, a relação de obras de arte apreendidas:

 

PF admite “dificuldades logísticas” com redução da equipe da Lava Jato em Curitiba

(Foto: Tabata Viapiana)
A força-tarefa da Lava Jato na Polícia Federal (PF) de Curitiba foi reduzida nas últimas semanas por decisão da direção-geral da corporação. O número de delegados caiu de nove para seis. Eles precisam dar conta de aproximadamente 120 procedimentos que estão em andamento no âmbito da operação. O coordenador da equipe, delegado Igor Romário de Paula, disse que a redução no efetivo causa dificuldades operacionais e impede a realização do trabalho de forma satisfatória.
“De fato, com o número que a gente tem hoje é muito difícil dar continuidade da forma satisfatória como sempre foi. A gente continua tentando recompor. O número de agentes e analistas que continuam no caso, não houve essa redução tão grande. A dificuldade maior hoje é o número de delegados, mas, enfim, temos que tentar recompor da forma que for possível. Mas a gente tá realmente tendo um direcionamento grande de efetivo para Brasília”, conta.
O delegado, no entanto, não acredita em manobras para frear a Lava Jato. Segundo Igor Romário de Paula, muitos policiais especializados no combate à corrupção e lavagem de dinheiro foram transferidos para outras regiões, principalmente Brasília e Rio de Janeiro, que também estão com grande demanda de trabalho na Lava Jato em decorrência das delações da Odebrecht.
“Eu posso falar pra vocês do ponto de vista administrativo interno da polícia, então se há alguma articulação maior, mais ampla, eu não sei dizer. Mas assim, é uma dificuldade operacional mesmo. E a gente vai ter que superar, porque, senão, o prejuízo no trabalho vai ser completo”, afirma.

Ministério Público 

O Ministério Público Federal também criticou a diminuição da equipe e pediu “compreensão” da direção-geral da PF. De acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, ainda há muito trabalho a ser realizado em Curitiba, que pode ser prejudicado com a diminuição na força-tarefa da Polícia Federal.
“A Operação em Curitiba não está diminuindo, ao contrário, nós vamos ter muito serviços pelos anos pela frente. Não só de novos fatos, mas também de todas as acusações que nós temos que proceder. Então é importante que se compreenda, e eu creio que talvez é preciso que a direção-geral da Polícia Federal compreenda, que nós precisamos manter uma equipe que realmente seja operacional na Lava Jato, que realmente dê condições de suporte às medidas que vão ser tomadas daqui pra frente, às investigações que vão se desenvolver. Nós temos notícias de colaborações e leniências novas, inclusive essa da empresa JBS que possivelmente uma parte virá para Curitiba”, explica.
A Superintendência da PF no Paraná informou que está tentando repor o efetivo junto à direção-geral.

Fonte: Paranaportal

Diretor da PF decide manter em segredo financiadores do filme ‘Polícia Federal – A Lei é Para Todos’

Decisão de manter em segredo está expressa em resposta encaminhada ao deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que solicitou, via Lei de Acesso à Informação (LAI), uma série de questionamentos sobre as possíveis ilegalidades na relação entre a PF e a equipe de filmagem
(foto: Divulgação)
Embora tenha conhecimento, o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, afirmou que não vai revelar quem são os financiadores do filme “PF – A Lei é Para Todos”. A decisão de manter em segredo está expressa em resposta encaminhada ao deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que solicitou, via Lei de Acesso à Informação (LAI), uma série de questionamentos sobre as possíveis ilegalidades na relação entre a PF e a equipe de filmagem.
Segundo Daiello, “a Polícia Federal teve acesso à relação de financiadores do filme, mas não é possível o fornecimento de tal documentação”. De acordo com a LAI, a recusa no fornecimento de informação constitui conduta ilícita que enseja responsabilidade do agente público ou militar.
Além de não revelar quem são os financiadores do filme, o diretor-geral admite ainda que a Polícia Federal colaborou com a equipe de filmagens, embora reconheça que “não tenham sido elaborados documentos” prevendo essa colaboração. Por outro lado, os produtores do filme desmentem Leandro Daiello e garantem, sim, que foi firmado um “acordo exclusivo de cooperação” com a PF.
Contrato de “boca”
Para Pimenta, na medida em que reconhece a inexistência de ato formal para a celebração de convênios entre PF e produtores do filme, Daiello confessa irregularidades de várias naturezas. “A falta de um ato formal, além de ser um escândalo, configura ato de improbidade administrativa. Como pode o diretor-geral da PF admitir que estabeleceu um contrato de ‘boca’ com a produção de um filme, em que seus financiadores são mantidos sob segredo para a população brasileira?”, questiona o deputado.
Para Pimenta, ao negar as informações solicitadas, o diretor-geral da PF acabou fornecendo um conjunto de elementos que revelam ilegalidades, e que agora serão levadas ao Ministério Público Federal, que já apura contra Leandro Daiello possível prática de ato de improbidade administrativa, peculato, abuso de autoridade e prevaricação por conta da relação – segundo Pimenta – “promíscua”, estabelecida entre a PF e os produtores do filme.
Financiadores
De acordo com informações recebidas pelo deputado Pimenta, há suspeitas de que a maior parte do filme é financiada por grandes empresas da indústria da carne, que foram beneficiadas por acordos de delação premiada. Como contrapartida, sequer foram instauradas contra essas empresas inquéritos para apurar efetivamente os crimes que tenham cometidos.
O filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos – tem sido alvo de inúmeras críticas por ser uma peça de perseguição política. Em março deste ano, o delegado Igor Romário de Paula confessou que a PF gravou, sem autorização da Justiça, imagens internas do apartamento do ex-presidente Lula, durante condução coercitiva dele, em março de 2016.
Segundo noticiado na imprensa, essas imagens foram entregues aos produtores do filme e à revista Veja. Em visita à sede da Polícia Federal de Curitiba, o ator Ary Fontoura, que participa do filme, confirmou as suspeitas sobre a colaboração ilegal cometida pela Polícia Federal: “Vim assistir às gravações que a PF fez da condução coercitiva do Lula”.
Fonte: Revista Forum


Anatel deverá bloquear celulares sem certificação

Valter Campanato/Agência Brasil
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) poderá bloquear os celulares que não tenham certificação. A proposta apresentada pela área técnica da Anatel já foi aprovada em reunião administrativa da agência, mas deve passar pelo Conselho Diretor e ainda pode sofrer mudanças.
Antes de bloquear os celulares, as operadoras deverão avisar os clientes que têm aparelhos não regularizados e, somente, após 75 dias poderão bloqueá-los. A previsão é de que as empresas comecem a mandar mensagens com avisos para os usuários a partir do dia 30 de julho, mas pode haver um adiamento no início da implantação do sistema.
Segundo a Anatel, serão bloqueados os celulares que não tenham certificação da agência e Imei válidos. O Imei é uma sequência de números que identifica o celular internacionalmente e são listados no banco de dados da GSMA, organismo internacional que reúne as empresas de telefonia móvel. Ele equivale ao número do chassi dos carros. Os aparelhos sujeitos ao bloqueio são principalmente os vendidos irregularmente no mercado nacional.
O projeto do bloqueio de celulares e sua forma de implantação vem sendo estudados pela Anatel em conjunto com as operadoras de telefonia móvel e a Associação Brasileira da Indústria Eletro e Eletrônica (Abinee).

Fonte: Agência Brasil

Maria Silvia Bastos, presidente do BNDES, pede demissão

Maria Silvia Bastos Marques
REUTERS/Ueslei Marcelino
A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, pediu demissão nesta sexta-feira (26). Em nota divulgada há pouco, ela alegou "razões pessoais" para deixar o cargo. A decisão foi comunicada ao presidente Michel Temer pela própria Maria Sílvia.
O BNDES informou que o diretor Ricardo Ramos, funcionário de carreira do banco, responderá interinamente pela presidência da instituição.
Ela enviou carta aos funcionários, leia abaixo: 
"Prezados benedenses,
Nesta sexta-feira, 26 de maio, informei pessoalmente ao presidente Michel Temer a minha decisão de deixar a presidência do BNDES.
Todos os diretores permanecem no cargo e o diretor Ricardo Ramos, pertencente ao quadro de carreira do BNDES, responderá interinamente pela presidência do Banco.
Deixo a presidência do BNDES por razões pessoais, com orgulho de ter feito parte da história dessa instituição tão importante para o desenvolvimento do país. Nas duas passagens que tive pelo Banco, como diretora, nos anos 90, e agora, como presidente, vivi experiências desafiadoras e de grande importância para a minha vida profissional e pessoal.
Neste ano à frente da diretoria do BNDES busquei olhar para o futuro, estabelecendo novos modelos de negócios e estratégias para o Banco, sem descuidar do passado e do presente, sempre tendo em mente preservar e fortalecer a instituição e seu corpo funcional.
Desejo boa sorte a todos, esperando que sigam trabalhando para que o BNDES continue sendo o Banco que há 65 anos faz diferença na vida dos brasileiros.
Um grande abraço,

Maria Silvia".
Fonte: O Globo com Agência Brasil

Gleisi desmente acordo entre Lula, FHC e Sarney: "Diretas Já serão aprovadas"


A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) falou que “o Congresso vai aprovar as Diretas Já” na semana que vem; a previsão é que a PEC 67/2017 deverá ir ao plenário do Senado na próxima quarta-feira, dia 31 de maio; ao discorrer sobre a crise que assola o país, a senadora também apontou a eminente queda de Michel Temer e o fim das reformas como partes da solução da contenda
Blog do Esmael - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) falou ao Blog do Esmael, nesta sexta-feira (26), que “o Congresso vai aprovar as Diretas Já” na semana que vem.
A previsão é que a PEC 67/2017 — a PEC das Diretas — deverá ir ao plenário do Senado na próxima quarta-feira, dia 31 de maio.
Ao discorrer sobre a crise que assola o país, a senadora também apontou a eminente queda do ilegítimo Michel Temer (PMDB) e o fim das reformas como partes da solução da contenda.
Para Gleisi, a escolha do presidente da República pelo eleitor é único remédio capaz de debelar o tsunami político que teima atingir o Brasil.
A líder do PT no Senado aproveitou o Blog do Esmael para dar uma “sabugada” na velha mídia golpista.
Segundo Gleisi Hoffmann, a Folha S. Paulo e demais veículos de comunicação da burguesia disseminam fake news — notícias falsas — mentindo sobre um hipotético acordo do ex-presidente Lula para a realização indireta.
Nesta quinta-feira (25), o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e a senadora Gleisi desmentiram manchete da Folha.com segunda qual os ex-presidentes Lula, FHC e Sarney estariam articulando uma saída para crise política que não passe pelo povo.


Dona Marisa, Cláudia Cruz e a justiça de classe de Sérgio Moro


"O grande crime cometido por Marisa Letícia, na convicção do Moro e dos seus colegas justiceiros de Curitiba, foi ter sido a companheira de vida e de sonhos do ex-presidente Lula; a parceira do sonho de um Brasil digno, justo e democrático. Neste 25 de maio de 2017, Moro trocou a toga daquele juiz-acusador que persegue obsessivamente Lula, pelo traje de advogado de defesa dos integrantes da sua classe – no caso, a família Cunha/Temer/Aécio", diz o colunista Jeferson Miola
Sérgio Moro foi um caçador implacável da Dona Marisa. O juiz-acusador perseguiu a ex-primeira dama com uma tal e eficiente obsessão que conseguiu, finalmente, condená-la à morte com um AVC.
À continuação, um odioso Moro, um ser possuído por sentimentos que são estranhos a pessoas justas e de bem, quis decretar a condenação eterna da Dona Marisa.
Ele descumpriu o Código de Processo Penal e relutou, por mais de 30 dias depois do óbito, a declarar a inocência da Dona Marisa.
O grande crime cometido por Marisa Letícia, na convicção do Moro e dos seus colegas justiceiros de Curitiba, foi ter sido a companheira de vida e de sonhos do ex-presidente Lula; a parceira do sonho de um Brasil digno, justo e democrático.
Neste 25 de maio de 2017, Moro trocou a toga daquele juiz-acusador que persegue obsessivamente Lula, pelo traje de advogado de defesa dos integrantes da sua classe – no caso, a família Cunha/Temer/Aécio.
Moro inocentou Cláudia Cruz, a “senhora” do presidiário Eduardo Cunha [como a burguesia patriarcal se referes às esposas dos “chefes de família”], o integrante da camarilha e sócio de Michel Temer na conspiração que golpeou a Presidente Dilma.
A gentileza do Moro com Cláudia Cruz tem antecedentes. Sem a mínima plausibilidade, em 2016 ele decidiu devolver o passaporte dela, sendo ela ré pelos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas – ou seja, dinheiro depositado no estrangeiro.
Titular de contas milionárias na Suíça, a única maneira da Cláudia Cruz sair do país para, eventualmente, gerenciar as contas [os alegados trusts] da família, seria com o passaporte que Moro fez a deferência de mandar devolver-lhe [à Cláudia Cruz].
Na sentença, Moro entendeu, inacreditavelmente, que “não há provas” de que Cláudia Cruz conhecia e de que ela tenha se beneficiado da propina de contratos da Odebrecht com a Petrobrás, recebida por Eduardo Cunha no contrato de exploração do campo de petróleo em Benin [sic].
O pagamento, através do cartão de crédito dela, das aulas de tênis do filho nos EUA a um custo de mais de 100 mil dólares [uma bagatela, a considerar o critério do Moro], e os gastos extravagantes com artigos de luxo em lojas de grife na Europa e EUA, estranhamente não foram levados em consideração por Moro e pelo MP.
Para dissimular a desfaçatez jurídica, no despacho Moro anotou uma “reprimenda” a Cláudia Cruz e registrou, simplesmente, que ela foi “negligente” [sic]. “Zeloso” no cumprimento da Lei [como não é na condenação do Lula], Moro destacou, porém, que “negligência” não é suficiente para condenar alguém [sic].
Cada qual que tire as próprias conclusões.
Se, contudo, alguém ainda acreditar que a justiça é cega, que faça o teste.
Sugiro, todavia, que só testem “a imparcialidade e a isenção” da justiça aqueles seres humanos que não sejam negros, pobres, trabalhadores, subalternos e, principalmente, petistas, anti-capitalistas e anti-imperialistas.
Fonte: Brasil 247


JBS diz ter pago propina a Renan via Ibope


O ex-executivo da JBS Ricardo Saud afirmou em depoimento de delação premiada que a empresa repassou propina ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) por meio de contrato simulado com o instituto de pesquisa Ibope Inteligência em 2014. Segundo o delator, naquele ano o Ibope Inteligência emitiu uma nota fiscal no valor de R$ 300 mil à JBS sem que o instituto tivesse prestado serviços à companhia.
Em seus testemunhos à Procuradoria-Geral da República, Saud afirmou que a JBS ajudou o PT a comprar o apoio de partidos nas últimas eleições presidenciais. Uma das legendas beneficiárias teria sido o PMDB, que à época tinha em seus quadros defensores de uma aliança com o candidato de oposição Aécio Neves (PSDB-MG). O PMDB acabou compondo a chapa com o PT, indicando à época Michel Temer como candidato a vice-presidente de Dilma Rousseff. Saud disse aos procuradores que a JBS repassou R$ 35 milhões à cúpula do PMDB no Senado em 2014. Desse total, o senador Renan Calheiros teria uma cota de aproximadamente R$ 10 milhões.
Os valores alegados teriam sido distribuídos sob a forma de doações oficiais a diretórios do PMDB, de notas fiscais frias e repasses em dinheiro vivo. Teriam recebido propinas dissimuladas de doações eleitorais oficiais os diretórios estaduais de Alagoas, Sergipe e Amapá, além do diretório nacional da legenda.
O delator afirmou que duas empresas teriam emitido notas fiscais falsas à JBS para tentar disfarçar a propina a Renan Calheiros: o Ibope Inteligência e a companhia GPS Comunicação. NOTA FISCAL FRIA Segundo o documento apresentado pelo ex-executivo da JBS à Procuradoria, a nota fiscal do Ibope Inteligência foi lançada no dia 21 de julho de 2014, no valor de R$ 300 mil. Porém, o instituto de pesquisa não realizou o trabalho descrito no documento fiscal e na verdade tinha como objetivo mascarar o repasse de suborno para Renan, de acordo com o colaborador. "[O Ibope Inteligência] fazia pesquisa para ele [Renan] e eles pagavam com essas propinas. O Ibope recebia propina. Nunca fez serviço para o grupo [JBS]", afirmou o delator. Já a GPS Comunicação teria emitido duas notas fiscais frias: uma no valor de R$ 900 mil em 18 de junho de 2014 e outra de R$ 800 mil em 6 agosto de 2014. Segundo o relator, cerca de R$ 4,8 milhões da cota de Renan foram entregues em dinheiro vivo a dois emissários indicados pelo senador.

Fonte: Folha Press com informações do Bem Paraná

Procurador atribui absolvição de mulher de Cunha a "coração generoso de Moro"


Cunha e Cláudia Cruz: US$ 1 milhão em conta
secreta na Suíça (foto: Agência Brasil)
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato afirmou hoje que o Ministério Público Federal vai recorrer da decisão do juiz Sérgio Moro, que ontem absolveu a mulher do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), a jornalista Cláudia Cruz, acusada de lavagem de dinheiro. Moro considerou que não havia provas para condená-la, apesar dela ter recebido US$ em 1 milhão em uma conta secreta na Suíça, e feito gastos em viagens na Europa com cartão de crédito bancado pelo marido. Cunha está preso em Curitiba desde o final do ano passado, acusado de ter recebido US$ 5 milhões em propina em troca de contratos da Petrobras. 
Segundo o procurador, a 41ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje, também envolve a investigação de parte de valores de propina que teriam sido destinados indiretamente à jornalista através de Cunha. “Nós sabemos que parte desses valores (recebidos por Cunha) foi utilizado por Cláudia para comprar bens de alto valor”, afirmou Lima “Acredito que isso (a decisão do juiz de absolver Cládia Cruz) decorre muito mais do coração generoso de Moro, que a absolveu por ser esposa de um criminoso, ligado a corrupção”, avaliou.
“É ausente qualquer justificativa de ganhos desses valores do marido, que nada mais era do que deputado federal, com ganhos limitados. Ela tinha indicativos e conhecimentos culturais para saber que os valores eram frutos de dinheiro ilícito”, apontou o procurador. “O gastá-lo ela cometeu o crime de lavagem. O ato dela não é justificável, é criminoso”, afirmou Lima. 
Na decisão de ontem, Moro alegou "falta de prova suficiente de que (Cláudia Cruz) agiu com dolo" ao manter conta na Suíça com mais de US$ 1 milhão, dinheiro supostamente oriundo de propina recebida pelo marido. “Absolvo Cláudia Cordeiro Cruz da imputação do crime de lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas por falta de prova suficiente de que agiu com dolo”, assinalou Moro.
A Procuradoria da República apontou na denúncia contra Cláudia que a elevada quantia abrigada na conta secreta na Suíça lhe garantia uma vida de esplendor no exterior.
O rastreamento de seu cartão de crédito revelou gastos com roupas de grife, sapatos e despesas em restaurante suntuosos de Paris, Roma e Lisboa. Na sentença, o juiz listou 13 compras em alguns dos endereços mais famosos do mundo: Prada, Chanel, Louis Vitton e Balenciaga.
Fonte: Bem Paraná