domingo, 14 de maio de 2017

Palácio do Planalto emprega babá de Michelzinho


O Palácio do Planalto emprega uma babá de Michelzinho, Leandra Brito, como assessora do Gabinete de Informação em Apoio à Decisão (Gaia), órgão responsável por municiar o presidente da República com dados para a tomada de decisão, informa a coluna de Lauro Jardim neste domingo 14; "Leandra diz não ser babá do menino, mas não sabe precisar o que faz no palácio", diz a nota; no Tijolaço, o jornalista Fernando Brito comenta ser "lamentável que o caso atinja uma pessoa simples", mas que "a moça é um nada perto do papel que o Governo faz como babá dos banqueiros e dos rentistas, marmanjos mimados de quem faz todas as vontades"
247 - O Palácio do Planalto emprega uma babá de Michelzinho, Leandra Brito, como assessora do Gabinete de Informação em Apoio à Decisão (Gaia), órgão responsável por municiar o presidente da República com dados para a tomada de decisão, informa a coluna de Lauro Jardim neste domingo 14. "Leandra diz não ser babá do menino, mas não sabe precisar o que faz no palácio", diz a nota sobre o assunto.
A coluna diz ainda "Leandra dá expediente no Palácio do Jaburu ou em viagens da família Temer, como na Páscoa, quando os acompanhou para São Paulo, ou no réveillon, quando viajou para uma reserva da Marinha no Rio de Janeiro. Recebe R$ 5.194 mensais, fora as diárias referentes às viagens". O Planalto diz que a funcionária está sendo transferida do Gaia para o staff que serve à família do presidente, o que ainda não teria acontecido por questões burocráticas.
Confira abaixo texto sobre o assunto publicado pelo jornalista Fernando Brito, do Tijolaço
História que as babás não contam: a mídia no país das abobrinhas
A contratação da D. Leandra Brito como assessora da Presidência para desempenhar o papel de babá do “Michelzinho”, temporão presidencial é daquelas que tem tudo para virar “meme” nas redes sociais.
É de lamentar que atinja uma pessoa simples, que nada mais faz que trabalhar e com algo difícil, uma criança submetida a uma intensa exposição e a um ambiente que pode ser tudo, menos o espaço de simplicidade e liberdade que toda criança merece.
Também não é novidade que a prática de misturar público com privado – ou empresarial com o privado, pois sobram situações de empresários que contratam seus empregados domésticos na folha da empresa – e vai ganhar notoriedade mais porque a mídia nos acostumou a olhar acidamente cada pequeno episódio para que não se veja, ou se olhe com tolerância – os grandes dramas desta nação.
Assim, o emprego de D. Leandra vai chocar, porque é um arranjo destes que não se deveria fazer, mas a moça é um nada perto do papel que o Governo faz como babá dos banqueiros e dos rentistas, marmanjos mimados de quem faz todas as vontades.
Isso, porém, não tem o escândalo com que se vai tratar o caso da moça que cuida de uma criança que, com seus potes de Nutela, tem apetites muito menos vorazes que os do capital.
Os R$ 5 mil mensais que o patrão de D. Leandra tira do Erário para pagá-la são, de fato – uma gotícula perto do que dele vaza para nutrir os meninos do dinheiro: no Orçamento deste ano, prevê-se para eles um “leitinho” de R$ 1,356 trilhão – 47% de toda a despesa do poder público brasileiro ou quase 23 milhões de babás, se estas ganhassem o salário daquela moça. Como não ganham, ponha mais milhões aí.
Mas isso é muito menos grave e por isso “Michelzão” não será criticado.
É o “mercado”, que bate o pé quando lhe negam algo, com muito mais fúria do que qualquer criança mal-criada e que se lambuza com o dinheiro muito mais do que o Michelzinho com a Nutela.


Ministério Público propõe ação contra ex-presidente Deco

De acordo com documento, o ex-presidente José Airton Deco de Araújo, teria utilizado de forma indevida os veículos da Câmara e promovido gastos suspeitos de combustíveis.

Deco responde ainda por ação penal na Vara 
Criminal e pode pegar até 4 anos de cadeia
A 4ª Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público, de Apucarana, ajuizou ação Civil Pública, contra o ex-presidente da Câmara de Apucarana, José Airton Deco de Araújo, por irregularidades com gastos de combustíveis e na utilização dos veículos oficiais do Legislativo Municipal nos anos de 2013 a 2016.
O Observatório Social de Apucarana, iniciou investigações que resultaram na descoberta de imprecisão, e desproporcionalidade dos gastos com combustíveis, feitos pelo legislativo apucaranense, em especial, os veículos oficiais, Cobalt placas AYE 2280 e Cobalt placas AYE 2281 que permaneciam, sem qualquer justificativa plausível, “à disposição da Presidência”, ou seja, destinados ao uso particular do então Presidente José Airton Deco de Araújo.
Segundo documentação apreendida na Câmara Municipal de Apucarana (PR) relativas aos gastos com abastecimentos dos veículos oficiais, foram analisadas pelo setor de Auditoria do Ministério Público, onde se verificou que os veículos oficiais Cobalt AYE-2280 e Cobalt AYE-2281, certa vez, permaneceram sob a responsabilidade do presidente, por, 442 dias.
E se não bastasse a ausência de transparência na descrição da finalidade pública no uso dos veículos oficiais, as investigações demonstraram ainda que durante o período em que os veículos estiveram à disposição do ex-presidente Deco, os gastos com o abastecimento apresentaram estranhamente inconsistências, como, alteração considerável das médias de consumo, e segundo os recibos e notas ficais, os abastecimentos custeados pela Câmara Municipal, não correspondem a quilometragem “rodada” pelo veículo.
O ex-presidente José Airton Deco de Araújo, em depoimento ao Promotor Eduardo Cabrini, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público de Apucarana, confirmou a utilização particular dos veículos oficiais nos finais de semana, e disse ainda, “Na verdade quando eu assumi a presidência, já tinha essa cultura lá, o presidente sempre utilizou, tinha um carro oficial do presidente. Eu sou um dos que mais usou o carro, assim tinham três ou quatro carros lá” confessou.
A promotoria ajuizou ação Civil Pública contra o ex-presidente José Airton Deco de Araújo, pelo prejuízo causado ao erário público municipal e que o vereador também atentou contra os princípios da Administração Pública, entre eles, da impessoalidade, moralidade e honestidade, inerentes ao exercício da função pública em detrimento do interesse público, configurando a prática de Ato de Improbidade Administrativa.
Outro flagrante do uso indevido do veículo oficial da Câmara Municipal de Apucarana, o veículo oficial Astra Sedan, placas ABU 0338 de Apucarana na sede da UNIMED na cidade de Maringá (PR), com Marcos Kuniczki servidor público da Câmara Municipal na época dos fatos, ele confessou a promotoria que estava realizando serviço particular em benefício do ex-presidente.
Recentemente José Airton Deco de Araújo, juntamente com ex-vereador Antônio Ananias foi denunciado pelo MP em ação penal por suposta divisão de salário de assessores e decisão pode levar à prisão do vereador por até quatro anos. A ação está tramitando na 1ª Vara Criminal, que tem como responsável o juiz Osvaldo Soares Neto.