Prisão temporária dos investigados venceu neste sábado (13). Justiça não
achou necessária a prorrogação do prazo.
Os quatro suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção na Câmara de Vereadores de Arapongas,no
norte do Paraná, que foram presos pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) na terça-feira (9), deixaram a prisão neste sábado (13).
Entre eles está um vereador Valdeir Pereira (PHS), que é suspeito de
superfaturar um contrato com uma empresa para digitalização de documentos da
Câmara de Vereadores entre 2015 e 2016.
Os investigados foram presos temporariamente, e a juíza Renata Maria
Fernandes Sassi Fantin não achou necessária a prorrogação do prazo ou a
conversão para prisão preventiva.
De acordo como Ministério Público do Paraná (MP-PR), Valdeir Pereira
manteve um contrato superfaturado para a digitalização do acervo físico da
Câmara. Conforme os procuradores, ele teria recebido pagamentos mensais
ilícitos no valor de R$ 22 mil nos últimos anos. O total da propina recebida,
ainda conforme o MP-PR, passaria de R$ 355 mil.
O advogado do vereador negou que tenha ocorrido qualquer
irregularidade.
Esquema
As investigações apontaram que os donos da empresa
contratada para digitalizar documentos pagavam propina para o ex-presidente da
Casa por meio de repasses bancários realizados ao presidente do Conselho da
Comunidade de Arapongas.
A promotoria apontou que o presidente do Conselho atuava como 'laranja'
no esquema. No entanto, Valdeir Pereira utilizava esse dinheiro para pagar
dívidas de empréstimos e agiotagem que tinha com o próprio presidente do
Conselho.
Além de repassar os valores para o presidente do Conselho, o MP-PR
detalhou que o ex-presidente da Câmara ajudou o presidente do Conselho da
Comunidade a reduzir impostos cobrados. O vereador, conforme a promotoria,
atuou para diminuir, irregularmente, a base de cálculo de impostos devidos de
um imóvel.
Além das prisões, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão
em imóveis. Nos locais foram apreendidas três armas de fogo, centenas de
cheques e R$ 80 mil em espécie.
Fonte: G1 Paraná