quinta-feira, 11 de maio de 2017

Dia das Mães deve movimentar R$ 544 milhões no Paraná

O próximo Dia das Mães deve movimentar R$ 544 milhões no Paraná, segundo projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), um crescimento de 4,26% no volume de vendas em relação ao ano passado.
Sondagem realizada pela Fecomércio PR mostrou que 76% dos paranaenses pretendem dar presentes neste Dia das Mães, o que representa um acréscimo em relação ao ano passado, quando 71% dos filhos planejavam comprar algo para marcar essa data tão especial.
Apesar do aumento na intenção de presentear, a pesquisa verificou que haverá redução no valor do tíquete médio. Enquanto em 2016, o valor médio dos presentes para as mães foi de R$ 104,00, neste ano será de R$ 101,30.
As vendas no Paraná devem seguir a tendência nacional. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a segunda melhor data para o comércio deve movimentar R$ 9,2 bilhões no país, um crescimento de 3,8% na comparação com o ano anterior. Se confirmada, a data comemorativa volta a registrar crescimento real no faturamento após dois anos de queda. Em 2015 e 2016, as vendas variaram -0,4% e -9,0%, respectivamente.
A CNC projeta ainda a contratação de 20,6 mil trabalhadores temporários pelo setor. Essas contratações devem apresentar ligeiro aumento ante o mesmo período de 2016, quando foram abertas 20,1 mil vagas. Apesar da maior oferta de postos de trabalho, a taxa de efetivação deve se manter abaixo da média histórica de 5,5%.
Tipos de presente
De acordo com a Fecomércio PR, os artigos de vestuário serão a principal escolha dos filhos, com 42% das intenções de compra. Os perfumes e cosméticos serão a opção para 23% dos entrevistados e os acessórios para 10%. Há aqueles mais práticos ou que preferem não arriscar, e por isso 8% irão presentear sua mãe em dinheiro para que ela mesma compre o que quer. Na lista dos presentes mais prováveis aparecem ainda os eletrodomésticos (4%) e os livros (3%). Outros 10% afirmam que o presente será diferente dos mencionados nas alternativas da sondagem.
Fonte: Fecomércio PR


Duzentos ônibus com manifestantes pró-Lula deixam Curitiba

(foto:PRF/Divulgação)
Até as 6 horas da manhã desta quinta-feira (11), foram identificados pelas equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) pelo menos 200 ônibus nas rodovias federais, com passageiros retornando das manifestações ocorridas ontem (10) na cidade de Curitiba a favor do ex-presidente Lula.

Desse total, 119 ônibus passaram pela Unidade Operacional Taquari (Rodovia Régis Bittencourt, sentido São Paulo); 34 pela UOP São Luiz do Purunã (BR-277, sentido interior do Paraná); e 47 pela UOP Alto da Serra (BR-376, sentido Joinville). Não houve registro de ocorrências indicando maiores complicações ou irregularidades nesses deslocamentos.

Homem é morto a tiros ao tentar socorrer vítima de assalto em Apucarana

Um homem de 48 anos, identificado como Aparecido Rufino da Silva, foi morto a tiros ao tentar socorrer vítima de um assalto, na tarde desta quinta-feira (11), por volta das 13h30, em uma chácara, ao lado de onde trabalha, próximo ao Residencial Araucária, em Apucarana.
A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Apucarana, foi acionada e tentou socorrer o homem, mas ele já estava em óbito. A equipe da Polícia Militar (PM) de Apucarana esteve no local para atender a ocorrência. A equipe da Homicídios da Polícia Civil também foi acionada.
Segundo testemunhas, um bando estaria assaltando a chácara, quando Aparecido foi ao socorro da vítima, e os elementos saíram da casa atirando, vindo atingir o homem.
O Dr. Marcus Felipe da Rocha, delegado adjunto da 17ª SDP de Apucarana, juntamente com investigador Roberto e mais dois investigadores da equipe de homicídios, estiveram no local para iniciar as investigações para identificar e prender os autores do homicídio.
Fonte: RTV Canal 38


Acea faz lançamento oficial da 23ª Festa da Cerejeira

Evento será realizado de 08 a 11 de junho, com diversos atrativos culturais, salão do automóvel e gastronomia
(foto: Profeta/PMA)
A Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (ACEA) realizou na noite desta quarta-feira (10), o lançamento oficial da 23ª Festa da Cerejeira. O tradicional evento realça a importância da colônia japonesa em Apucarana e região e também serve de homenagem aos pioneiros nipônicos, além de celebrar e reverenciar a florada da cerejeira, árvore símbolo do Japão.
O lançamento da festa, que irá acontecer de 08 a 11 e junho, foi comandado pelo presidente da Acea, Keniti Ishida, com a presença de diretores e associados, além de autoridades, empresários, expositores e imprensa. Também participaram representantes de entidades sociais de Apucarana, que serão beneficiadas com a renda referente à venda de ingressos. Todos foram recepcionados com Sukiaky, Sashimi e Sushi.
O coordenador da 23ª Festa da Cerejeira, Satio Kayukawa falou que, “Como sempre teremos pratos típicos, danças, apresentações artísticas e outros atrativos”. Kayukawa, renovou o convite para que o evento seja prestigiado por Apucarana e toda a região Norte do Paraná.
O prefeito Beto Preto, foi representado pelo vice-prefeito Junior da Femac, que destacou que a festa é a maior de Apucarana e agradeceu o empenho de líderes da colônia japonesa, citando, Keniti Ishida e Satio Kayukawa, entre outros. “Não há como separar a história de Apucarana dos colonizadores japoneses que aqui se instalaram”, afirmou Junior. Ele lembrou que no próximo ano deverá ser inaugurada a Praça do Japão, comemorativa aos 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil. “O projeto foi idealizado pelo engenheiro Eduardo Nakaguishi, e será executado numa área de 5 mil metros no Parque Jaboti, contendo um portal (tori), paisagismo com cerejeiras e uma ponte típica do Japão”, informou Júnior da Femac.
Além do vice-prefeito Junior da Femac e do presidente da Acea Keniti Ishida, participaram do lançamento da festa, o presidente da câmara de vereadores Mauro Bertoli, o presidente da Acia, Jayme Leonel, o presidente do Siccob Aliança, Osnei José Simões dos Santos e outras autoridades.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura


Caravana Missionária do padre Reginaldo Manzotti chega a Apucarana domingo

O Santuário São José se prepara para receber neste domingo (14/05) a partir das 17h, a primeira edição do evento Caravana Missionária das Santas Chagas de Jesus da comunidade do padre Reginaldo Manzotti. A caravana será conduzida pelo padre Marcos Miranda, da Diocese de Santo Amaro-SP, e terá a presença de 20 membros da comunidade do padre Manzotti.
“Convidamos todos de Apucarana e região, para participar desse grande evento que será realizado em nossa cidade. Será um momento de fé, por meio do Terço das Santas Chagas, pregação e adoração ao Santíssimo, cantos, e encerrando com a Santa Missa, presidida por Dom Celso Antônio Marchiori, Bispo Diocesano de Apucarana”, ressalta Mário Felipe Rodrigues, coordenador Municipal de Turismo Religioso.
O Evento tem a seguinte programação:
17h – Início com Terço das Santas Chagas de Jesus
17h30 – Pregação, Oração, Cantos, Passeio com Santíssimo Sacramento e Oração de Cura.
19h – Santa Missa de Encerramento
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura


Morre o apucaranense Hélio Hiromi Ohya, o Helinho aos 58 anos

(foto: Bela Facce)
Morreu nesta madrugada, no Hospital da Providência de Apucarana, Hélio Hiromi Ohya, sócio e secretário geral dos colégios Platão, Mater Dei e Evolução. Ele faleceu em decorrência de uma parada cardíaca.
Ele teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) há algumas semanas e estava se recuperando em casa. No entanto, Ohya teve uma piora nos últimos dias e voltou para o hospital onde faleceu.
O velório será na capela mortuária e o sepultamento às 17 horas no cemitério Cristo Rei.
Aviso: As aulas desta quinta-feira (11) do período da manhã e tarde estão suspensas nos colégios Platão, Mater Dei e Evolução. A Comemoração do Dia das Mães também será adiada.

Fonte: TN Online 

Homem é morto a tiros na Estrada do Cruzeiro, região da Vila Reis

Um homem de nome Paulo Neves de Souza, 37 anos foi morto a tiros na madruga desta quinta-feira (11), em um sítio na Estrada do Cruzeiro, região do distrito de Vila Reis, em Apucarana.
O que foi registrado pela Polícia Militar (PM), é que uma pessoa acionou a PM, via 190 dizendo que a esposa do caseiro lhe telefonou informando que no referido sítio, houve alguns disparos de arma de fogo. Quando os Policiais de plantão chegaram ao local, durante as buscas, localizou, atrás do barracão do sítio, o homem caído e já sem vida. Na mão direita, ele tinha um revólver calibre 38. “Importante salientar que no momento da localização da vítima, o solicitante encontrava-se junto com a equipe de serviço da PM.
Diante da situação, foi realizado contato com o SAMU, que se deslocou até a propriedade e constatou o óbito da vítima.

Informamos a 17ª SDP, que enviou um investigador e também o IML para apurara detalhes”, informou o Boletim da Polícia Militar. O caso está sendo investigado e várias hipóteses já foram apontadas, entre elas, uma possível tentativa de assalto ao sítio.

Advogados apontam ‘anomalia e patologia processual’ contra Lula na Lava Jato

Da esq. para a dir., José Roberto Batochio, Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins:
"Inocência de Lula ficou demonstrada"

Após depoimento de ex-presidente a Sergio Moro, em Curitiba, advogados de defesa contam que, sem nenhuma prova, juiz passou a falar de temas estranhos ao processo, como se fosse um julgamento político
Em entrevista coletiva concedida logo após o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, os advogados Cristiano Zanin Martins, José Roberto Batochio e Valeska Teixeira Martins afirmaram que sua atuação perante o magistrado foi no sentido de preservar o Estado Democrático de Direito. Eles afirmaram que, após quase cinco horas de audiência, diante da absoluta falta de provas contra o petista em relação ao apartamento tríplex no Guarujá, Moro passou a questionar o interrogado sobre fatos “estranhos” ao processo, caracterizando um julgamento político.
“Depois que ficou clara a inocência (de Lula), buscou-se um exame sobre a política que ele fez no país. Isso mostra que o processo é um instrumento de perseguição política. Qualquer pessoa no mundo vai poder assistir à audiência e constatar que são perguntas que buscam avaliar a sua política de governo”, disse Zanin Martins. “Quando isso acontece, você não está diante de um processo legítimo.”
Batochio reafirmou a acusação já feita pelos próprios advogados de Lula e inúmeros juristas de que a Operação Lava Jato inverteu a presunção de inocência, garantida pela Constituição. "Hoje os processos começam com a prisão sem culpa e sem sentença. Aqui, prendemos para delatar. Isto não é civilizado. Isto é medieval. Estamos regredindo em termos civilizatórios. Estamos vivendo um momento em que a prisão precede a tudo."
Segundo Zanin Martins, diante da inexistência de provas contra Lula, Moro passou a falar sobre o sítio de Atibaia, que não integra o processo, como objeto do depoimento. Pior, disse o advogado, o magistrado de Curitiba passou a questionar o ex-presidente sobre o “mensalão”. “Ele quis colher a opinião do ex-presidente em relação à Ação Penal 470 e qual seria sua opinião sobre o julgamento do caso pelo Supremo Tribunal Federal.”
Batochio disse que tal questionamento por parte de Moro é descabido. “Desde quando uma pessoa que está ali sob uma acusação tem que dar uma opinião sobre um julgamento realizado pela Suprema Corte? Não tem cabimento, e é uma demonstração clara do que está acontecendo. Lula não é um jurista para emitir opinião sobre o assunto. Jamais teve a ver com o caso (da AP 470)”, afirmou Batochio aos jornalistas. Esse episódio mostra intenção de fazer “uma cena política, pois são temas absolutamente estranhos à acusação”.

Incompetência de Moro

Os advogados esclareceram que questionam e vão questionar em todas as instâncias possíveis três aspectos do processo conduzido por Moro. O primeiro é a “incompetência territorial”. Segundo eles, de acordo com a legislação brasileira, Moro não tem competência para conduzir e concentrar em Curitiba todos os casos da Lava Jato.
“O Código de Processo Penal diz que o juiz que deve julgar o crime deve ser o juiz do local onde (supostamente) foi praticado o crime”, lembrou Batochio. “Por que razão que a 13ª Vara Federal de Curitiba julga o Brasil inteiro? Isso reforça a ideia de que se passa algo estranho, (que há) coisas estranhas que nunca foram explicadas”, acrescentou. “Diz a lei que sentença dada por juiz incompetente é absolutamente nula.”
Segundo Batochio, a concentração da enorme quantidade de processos nas mãos da 13ª Vara Federal “é fabricada, criada artificialmente”. “Trata-se de uma anomalia, uma patologia processual, de uma manobra condenável. Nenhum juiz brasileiro tem competência sobre todo o país.”
O segundo aspecto é a “paridade de armas”: a defesa quer ter acesso a todos os documentos aos quais a acusação e a Petrobras tiveram acesso. “Se a Petrobras é parte e integra a acusação temos o direito de conhecer tudo”, argumentaram os advogados. “Não tivemos acesso aos documentos relativos à Petrobras. Precisamos ter o mesmo acesso que a acusação está tendo. Isso é negado à defesa”, disse Valeska Martins.
O terceiro ponto é a suspeição de Moro: “em nenhum lugar do mundo um juiz que praticou os atos de Moro poderia ser conhecido como legítimo para julgar o ex-presidente Lula”. Os vazamentos das conversas entre Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff configuram uma das principais ilegalidades do processo. Além disso, Moro se comporta como acusador, e não como juiz, e adota uma postura midiática incompatível com sua posição, defenderam.
“Se a atuação parcial (de Moro e de sua “força tarefa”) será reconhecida, não dá para saber. Mas qualquer cidadão no Brasil e no mundo vai constatar que o que a defesa diz é a verdade e isso vai ser mostrado pela história”, afirmou Zanin.  O advogado lembrou que existe um recurso no Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra as arbitrariedades da Lava Jato. O Brasil é signatário do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos da ONU. “Esperamos que a ONU ajude o Brasil a se reencontrar com o estado democrático de direito e a legalidade.”
As informações que circulam na imprensa sobre o tríplex que supostamente teria sido “comprado” por Marisa Letícia, mulher de Lula, são produto de “um grande erro de entendimento sobre o que significa direito cooperativo”, de acordo com Valeska. “O imóvel nunca esteve em nome de dona Marisa. Dona Marisa preferiu reaver o dinheiro relativo à cota e não aceitou receber o apartamento.”
A advogada sugeriu que os jornalistas procurem o foro de São Paulo, onde está ajuizada uma ação em nome de Marisa Letícia para reaver o que pagou como cotista da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), mas não como compradora de qualquer apartamento. 
Fonte: Rede Brasil Atual

Mais 4 anos?


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu, nesta quarta-feira 10, a mais dura batalha de sua vitoriosa carreira política; depois de mais de cinco horas diante do juiz Sergio Moro, Lula respondeu todas as questões e ainda fez uma alegação final brilhante, na qual deixou uma mensagem: "espero que o povo brasileiro não perca a confiança na Justiça"; depois do depoimento, Lula ainda teve forças para cair nos braços do povo, em Curitiba, onde fez um discurso para cerca de 50 mil pessoas e disse "não ter tamanho para tamanha solidariedade"; líder em todas as pesquisas sobre sucessão presidencial, Lula mostrou estar pronto para, mais uma vez, disputar o voto e a confiança do povo brasileiro
247 – Lula venceu. 
Na noite desta quarta-feira 10, até o Jornal Nacional, da Globo, que há dois anos lidera uma "guerra santa" contra o maior líder popular da história do País, que arruinou a economia brasileira sem conseguir destruir o ex-presidente, se viu forçada a abrir espaço para as contundentes alegações finais de Lula, depois de um depoimento de mais de cinco horas ao juiz Sergio Moro.
Em sua fala, Lula deixou uma mensagem importante: "espero que o povo brasileiro não perca a confiança na Justiça". E disse ainda que, pelas perguntas feitas pelos procuradores da Lava Jato, a denúncia não deveria nem ter sido aceita pelo juiz. 
Depois do depoimento, Lula ainda teve forças para cair nos braços do povo, em Curitiba, onde fez um discurso para cerca de 50 mil pessoas e disse "não ter tamanho para tamanha solidariedade". Com lágrimas nos olhos, agradeceu a presença de jovens e disse esperar merecer a confiança não apenas deles, mas também de seus filhos e netos (leia mais aqui).
Líder em todas as pesquisas sobre sucessão presidencial, Lula mostrou estar pronto para, mais uma vez, disputar o voto e a confiança do povo brasileiro. No dia em que a extrema direita esperava destruir e até prender Lula, ele saiu vitorioso. E não foi por pontos.


DCM: Lula desnudou esquema de vazamento da Lava Jato

"Doutor, o senhor sem querer, talvez, entrou nesse processo. Sabe por quê?", perguntou questionou o ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro; "Porque o vazamento de conversas com a minha mulher e dela com meus filhos foi o senhor que autorizou"
247 – "Não foi surpresa a edição tímida, triste, desenxabida, do Jornal Nacional sobre o depoimento de Lula a Moro em Curitiba", diz o jornalista Kiko Nogueira, em artigo publicado no DCM.
Ele destacou um dos momentos mais importantes, quando o ex-presidente Lula acusou a força-tarefa da Lava Jato de realizar vazamentos ilegais.
Abaixo, um trecho:
A alturas tantas, a voz fina meio alquebrada, Moro se pôs na defensiva.
— Agora, o senhor tem essas reclamações da imprensa, eu compreendo, mas esse realmente não é o foro próprio pro senhor reclamar contra o tratamento da imprensa. O juiz não tem nenhuma relação com o que a imprensa publica ou não publica e esses processos são públicos, falou.
— Doutor, o senhor sem querer, talvez, entrou nesse processo. Sabe por quê?, perguntou o interlocutor.
— Hum?
— Porque o vazamento de conversas com a minha mulher e dela com meus filhos foi o senhor que autorizou.
Adiante, olhando para os procuradores, Lula reclamou do baixo nível dos questionamentos.
Lula deixou seus inquisidores nus, incluindo os cúmplices. Colocou-os no banco dos réus, numa inversão de papeis espetacular.
“Eu espero que essa nação nunca deixe de acreditar na Justiça”, foi seu último apelo.


Lula deixou Curitiba ciente que venceu o duelo


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus advogados deixaram a capital paranaense com a certeza da vitória – se não jurídica, ao menos política; "Ele saiu com a sensação de que fez o que tinha se proposto a fazer. Pela alegria que senti, estava satisfeito com o que tinha conseguido", disse à agência Reuters pessoa próxima ao ex-presidente; outro dirigente petista que conversou com os advogados depois da audiência conta que o clima era de euforia; "A avaliação deles é de que não poderia ter sido melhor", contou; depois de cinco horas em que respondeu todas as questões, Lula ainda fez alegações finais que entram para a história do País
247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus advogados deixaram a capital paranaense com a certeza da vitória – se não jurídica, ao menos política.
Depois de cinco horas em que respondeu todas as questões, Lula ainda fez alegações finais que entram para a história do País (aqui).
Por Lisandra Paraguassu
CURITIBA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve seu primeiro embate com o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, em um depoimento no qual rebateu as acusações e considerou ter feito o que pretendia fazer em Curitiba.
Foram cinco horas de audiência no processo em que Lula é acusado de ter sido favorecido por empreiteira na compra de um apartamento tríplex no Guarujá (SP) e no transporte e armazenamento de presentes recebidos durante seu governo.
De lá, animado, o ex-presidente foi ao encontro dos milhares de manifestantes que o esperavam desde o início da tarde, em uma praça no centro de Curitiba.
"Se não fossem vocês eu não suportaria o que eles estão fazendo comigo", discursou Lula, ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff e de vários petistas de alto escalão. "Minha relação com vocês é diferente das que os políticos têm com seus eleitores, minha relação com vocês é uma relação de companheiros de projeto de país."
Alternando bom humor e alguns momentos emocionado, Lula disse que a história mostrará que nunca alguém foi tão massacrado como ele e que se cometer erros quer ser julgado pelo povo, não apenas pela Justiça.
"Se um dia eu tiver que mentir pra vocês, prefiro que um ônibus me atropele em qualquer rua deste país", disse, com a voz embargada.
Fontes ligadas a Lula disseram que o ex-presidente terminou o dia satisfeito e com o sentimento de ter cumprido sua missão.
"Ele saiu com a sensação de que fez o que tinha se proposto a fazer. Pela alegria que senti, estava satisfeito com o que tinha conseguido", disse uma das fontes.
Outro petista que conversou com os advogados depois da audiência conta que o clima era de "euforia". "A avaliação deles é de que não poderia ter sido melhor", contou.
Antes mesmo de chegar ao Fórum, o ex-presidente fez questão de parar o carro e cumprimentar manifestantes que o esperavam no caminho. Desceu, caminhou por alguns metros, até sua passagem ficar impossível. Distribuiu beijos, tirou fotos e pegou uma bandeira do Brasil para acenar.
Nos prédios do entorno, houve uma tentativa de bater panelas, mas o som foi abafado pelos gritos de "Lula, guerreiro do povo brasileiro" entoado pelos manifestantes.
Os vídeos do depoimento mostram Lula respondendo as perguntas, que em alguns momentos se repetiam, de Moro e dos três procuradores que participaram da audiência. Por vezes usou sua fala para protestar contra o tratamento dado a ele no processo, pela mídia e também pelas perguntas que envolviam dona Marisa Letícia, falecida no início deste ano.
As primeiras três horas e meia do depoimento de Lula foram dedicadas a perguntas do juiz Sérgio Moro. Depois, falaram os promotores e a defesa. Por último, Lula usou os momentos finais para fazer suas considerações, em uma fala mais emocional do que havia se deixado levar até ali.
"Primeiro eu gostaria de dizer que eu estou sendo vítima da maior caçada jurídica que um presidente e um político brasileiro já teve", começou o ex-presidente.
"Eu acho que o objetivo é tentar massacrar esse cidadão, ele tem que pagar um preço por existir, esse cidadão cometeu o erro de provar que esse país deu certo. É imperdoável o processo de perseguição. Eu confesso ao senhor que esperava que houvesse mais respeito por um homem que deu a esse país a dignidade que não tinha há muito tempo", continuou.
Moro reclamou que as considerações não eram para Lula fazer uma avaliação do seu governo e nem programa político, mas o ex-presidente não deu atenção.
"Sou um cidadão, estou subordinado à Justiça, à lei e à Constituição. Virei aqui sem nenhum rancor todas as vezes que for necessário. Só espero que tenha um respeito por esse país, pelo povo brasileiro e não contem nunca uma mentira a esse respeito", disse o ex-presidente.
Ao chegar em Curitiba, Lula foi recepcionado por cerca de cinquenta parlamentares e petistas de alto escalão, entre eles Dilma Rousseff e os governadores do Piauí, Wellington Dias, e do Acre, Tião Viana. De lá, foi para o escritório de seus advogados na cidade.
A princípio incógnito, ao sair o presidente teve que enfrentar o protesto de cerca de 10 pessoas que, ao ver a movimentação da imprensa, descobriram sua presença no local.
Ao longo do dia, no entanto, a reação dos contrários a Lula na cidade foi pequena. O protesto marcado para o museu Oscar Niemeyer reuniu menos de 100 pessoas. Ao redor do Fórum, alguns apartamentos mostravam bandeiras verde amarelas nas janelas, mas mesmo entre os moradores --autorizados a circular no perímetro fechado pela polícia, poucos mostraram mais do que uma leve curiosidade com a movimentação.
Já na praça central, onde os apoiadores esperavam por Lula, o número de pessoas era maior. De acordo com a Polícia Militar, 5 mil pessoas --já os organizadores apontavam 10 vezes mais.
Lá, o ex-presidente disse mais uma vez que será candidato em 2018.
"Estou me preparando para voltar a ser candidato a presidente deste país, eu nunca tive tanta vontade como eu tenho agora, vontade de fazer mais, vontade de fazer melhor", afirmou.