domingo, 16 de abril de 2017

Depois da tormenta vem o Berlusconi


Na exata sequência do roteiro da Operação Mãos Limpas italiana, o comunicador Luciano Huck se apresenta como a “nova geração que quer chegar ao poder”. Liquidada a política e os políticos quem se apresenta para gerir o Estado?
Aquele que é conhecido do público através dos meios de comunicação?  Mas quem? 
Ora, os comunicadores, quem mais poderia ser.
Assim, entrega-se o Estado no seu ápice a homens de circo que se apresentam como NÃO POLITICOS, embora seja uma pureza apenas de embalagem. Berlusconi quando tomou de assalto o poder na Itália já estava profundamente envolvido com esse Poder nos seus aspectos mais escuros e sombrios, ninguém tem extensas concessões de emissoras de TV em um país burocrático, como a Italia, sem estar entrelaçado com o Poder.
Já Huck respira política em casa há décadas. Seu padrasto é Andrea Calabi, um dos grã-tucanos de alta plumagem, foi presidente do Banco do Brasil e do BNDES no governo FHC e Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin.
Não é, portanto, alguém alheio à política mas, como esperto que é, se apresenta como pairando acima da política, a mesma que brindou seu padrasto com altíssimos cargos.
A aparição de comunicadores é algo absolutamente natural no vácuo da política verdadeira. São genéricos de políticos, alpinistas escaladores e o grande problema que apresentam, contrariamente aos políticos tradicionais, é que NADA SE SABE SOBRE ELES COMO POLITICOS.
Os políticos antigos têm sua vida devassada, sabe-se exatamente quem são, não é segredo para o público. Já o aventureiro-paraquedista é uma caixa preta lacrada. Opera com uma “capa” de personagem ficcional criado nos meios de comunicação mas ninguém sabe exatamente quem são, o que pensam, qual a agenda têm para o País. Como não tem vida pregressa ninguém sabe os podres ou as deficiências, porisso são considerados “virgens” da política, quem não tem “ficha”, não tem passado. O grande público é então iludido pelo “cara limpa”, como nunca esteve perto do cofre, nunca roubou mas por outro lado ninguém sabe quanto roubará se tiver a chave da casa forte, esse é o dito “novo” em política.
Esses personagens do “reality show”, podem ser idiotas completos ou até bem intencionados incompetentes, mas sempre serão um baú de surpresas no momento da sua entrada em cena política, uma roleta russa para um País gigante no auge da crise institucional e econômica, uma aventura perigosíssima no meio de uma tempestade, um timoneiro sem prática e não testado quando mais se precisa de experiência e saber, capacidade de comando e caráter.
Treinado no palco o comunicador dará o circo, mas e o pão, ou seja, o governo real?
O País depende de um grande líder e não de um ator de mentirinha.
Cuidar com relativo sucesso de um grande País não é tarefa de curiosos, o atributo maior é a liderança, a capacidade de fazer convergir vontades e esforços para um alvo comum e este atributo depende de múltiplos fatores, não é um caso de marketing, o marketing é só a embalagem, não é o conteúdo.
Por André Araújo no GGN


PRF prende motorista procurado por furto qualificado em Jandaia do Sul

(foto;Divulgação/PRF)
Um homem de 39 anos foi preso na tarde de sábado (15), na BR-369, em Jandaia do Sul. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) havia um mandado de prisão em desfavor do motorista.
Uma equipe fiscalizava os veículos no quilômetro 209 da rodovia quando abordou um VW Gol, placas de Palmital, São Paulo. Após consultar o sistema, os policiais constataram que o motorista estava sendo procurado pelo crime de furto qualificado, emitido pela 1ª Vara Criminal de Jandaia do Sul. 

O homem, que não teve o nome divulgado foi preso e encaminhado à delegacia. 
Fonte: PRF

JN inventa desculpa para mega destaque a Lula nas delações


Todos estão notando o espaço desproporcionalmente maior dados aos ex-presidente Lula e Dilma no noticiário do Jornal Nacional no âmbito das matérias sobre delações de ex-funcionários e controladores da empreiteira Odebrecht. O caso de Lula, porém, é escandaloso. Apesar de não haver nada que justifique, o tempo gasto para acusá-lo é GIGANTESCO.
Leitores, inclusive, estão vendo similaridade entre o que está acontecendo e matéria que esta página publicou em fevereiro último, na qual foi relatado que haveria um plano da Globo justamente para dar maior destaque a Lula e Dilma quando o ministro Fachin liberasse as delações da Odebrecht.
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Difícil dizer ser as informações passadas a esta página estão se materializando, mas um fato é inegável: Lula e Dilma estão ganhando muito mais espaço do que os outros delatados, apesar de, no caso de Dilma, pesar muito menos contra ela do que contra qualquer outro, e, no caso de Lula, no máximo pesar contra si a mesma coisa que pesa contra políticos do mesmo calibre.
Na verdade, contra Lula pesa menos do que contra um Aécio Neves, um José Serra ou um Michel Temer, como veremos adiante.
Como fazer para dar mais destaque aos dois ex-presidentes petistas? Eis que, na locução de William Bonner, a fórmula encontrada foi divulgada – até porque, a diferença de destaque para Lula e Dilma vinha provocando cobranças e estranheza.
Diz Bonner:
“(…) Na terça-feira, o JN anunciou um compromisso com você. Nos dias seguintes, nós detalharíamos as denúncias dos [sic] políticos com maior destaque na vida nacional pelos cargos que ocupam ou que ocuparam (…)”.
O critério é falho, para dizer o mínimo. Explico: onde entra a GRAVIDADE das acusações? Um político contra o qual pesa somente citação sem que o delator tenha afirmado ter sido feito por esse político algum pedido direto de “vantagem indevida” está na mesma situação que um político acusado de ser “chato” ao pedir propinas reiteradamente?
Mas mesmo se o critério alegado pelo JN fosse justo, Lula, o campeão de tempo de reportagens do JN sobre si, não deveria ter maior destaque que Michel Temer, que é nada mais, nada menos do que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA em exercício do cargo.
Ainda assim, o espaço dado a Lula e Dilma é desproporcional. Basta olhar a relação de reportagens do JN.
As matérias do JN dos dias 12, 13 e 14 (sobre os políticos citados por delatores, conforme consta na página do telejornal – link no parágrafo anterior), atribuem o seguinte tempo de reportagem dedicado pelo telejornal a cada um.
Fernando Henrique Cardoso – 2 minutos, 14 segundos  Foi citado nas delações da Odebrecht. O ministro Edson Fachin decidiu enviar à Procuradoria da República em São Paulo as citações sobre Fernando Henrique feitas pelo dono da Odebrecht. De acordo com o Ministério Público, Emílio Odebrecht relatou o pagamento de dinheiro para campanhas eleitorais do tucano via caixa 2, sem declaração à Justiça Eleitoral.
Geraldo Alckmin – 4 minutos, 44 segundos – Três executivos da Odebrecht citaram o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nas delações. Os delatores do Grupo Odebrecht disseram que a empresa teria repassado ao então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, a pretexto de contribuição eleitoral, R$ 2 milhões em 2010 e R$ 8,3 milhões na eleição de 2014, dinheiro que não teria sido declarado na prestação de contas de campanha. Os delatores dizem ainda que Adhemar César Ribeiro, cunhado de Alckmin, recebeu pessoalmente esses valores.
José Serra – 4 minutos, 55 segundos – O senador é investigado por suspeita de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitações e formação de cartel. Aos procuradores da República, sete delatores disseram que o esquema de corrupção começou em 2007 quando José Serra era governador de São Paulo. Segundo eles, as irregularidades foram na obra do trecho sul do Rodoanel, via que liga as principais estradas que passam por São Paulo.
Michel Temer – 5 minutos, 28 segundos – Ex-executivos da Odebrecht relataram um acordo entre o PMDB e a empresa para pagamento de propina ao partido em troca do fechamento de um contrato com a Petrobras. O delator Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial, disse que além dele participaram dessas negociações outro executivo da Odebrecht, Rogério Araújo, e o lobista João Augusto Henriques, que era uma espécie de intermediário entre a construtora e o partido. O contrato era de US$ 825 milhões. A propina, 5% desse valor: US$ 40 milhões. Temer é acusado de estar presente a essas tratativas. De saber delas.
Dilma Rousseff – 12 minutos, 28 segundos – A ex-presidente Dilma Rousseff também foi citada por delatores da Odebrecht. O ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar disse que dinheiro do esquema de corrupção abasteceu a campanha da ex-presidente de 2014. Segundo ele, o tesoureiro da campanha, Edinho Silva, pediu dinheiro de caixa dois e o repasse foi feito para o assessor Manoel Sobrinho.
Aécio Neves – 16 minutos, 27 segundos – O senador e presidente do PSBD, Aécio Neves, aparece em cinco inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Nas planilhas de propina da empresa, Aécio, identificado como “Mineirinho”, é acusado por esquema de fraude em processos licitatórios na construção da Cidade Administrativa, sede do governo de Minas, também é investigado por ter pedido dinheiro de caixa 2 para a campanha dele à Presidência em 2014 e doações eleitorais da Odebrecht em 2009 e em 2010 para campanhas de aliados.
Lula – 30 minutos, 31 segundos – Foi citado pelos delatores da Odebrecht em seis episódios. Os executivos contaram ao Ministério Público que a Odebrecht pagava uma espécie de mesada a José da Silva, o Frei Chico, irmão do ex-presidente Lula. Também foi relatado que Odebrecht teria pago despesas do ex-presidente Lula. Eles falam em aquisição de imóveis para uso pessoal, instalação do Instituto Lula e pagamentos de palestras. Citam ainda o pagamento de reformas em um sítio em Atibaia/SP.
Como se vê, não tem ninguém mais ou menos enrolado. Todos sofrem acusações graves. O que poderia mudar, entre os supracitados, é o grau de relevância política. Mas nada muda porque todos têm importância similar. Todos já foram candidatos a presidente da República.
Na verdade, aliás, Michel Temer, Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves deveriam ganhar mais tempo porque estão no exercício de seus mandatos e, portanto, são mais relevantes.

O tempo destinado pelo JN para acusar Lula e Dilma não tem explicação aceitável. É jogada política. Como avisava post que esta página publicou em fevereiro último, a Globo está manipulando as delações da Odebrecht para prejudicar mais Lula e Dilma. Está comprovada a denúncia que este blog fez dois meses atrás.
Por Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania

Propina tucana na Suíça: Odebrecht implode Serra


É devastadora para José Serra e para o PSDB a delação da Odebrecht; ao contrário de que se imaginava, os pagamentos de R$ 23 milhões feitos na Suíça, na conta do tesoureiro Ronaldo Cezar Coelho, não diziam respeito a doações eleitoras; eram propina mesmo, em razão do pagamento pelo governo de São Paulo de R$ 191,6 milhões à empreiteira, referentes a uma suposta dívida que poderia ser contestada na Justiça; delatores entregaram as contas na Suíça em que foram feitos os pagamentos; no entanto, como o Poder Judiciário não tomou qualquer providência a respeito até hoje, Ronaldo Cezar Coelho teve até a oportunidade de aderir ao programa que lhe permitiu repatriar os recursos ilícitos
SP 247 – É devastadora para José Serra e para o PSDB a delação da Odebrecht. Ao contrário de que se imaginava, os pagamentos feitos na Suíça, na conta do tesoureiro Ronaldo Cezar Coelho, não diziam respeito a doações eleitoras.
Eram propina mesmo, em razão do pagamento pelo governo de São Paulo de R$ 191,6 milhões à empreiteira, referentes a uma suposta dívida que poderia ser contestada na Justiça.
"Segundo Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, os intermediários dos pagamentos a Serra foram duas pessoas próximas ao tucano: primeiro Márcio Fortes, ex-tesoureiro do PSDB, que recebia em reais no Brasil, e depois o empresário Ronaldo Cezar Coelho, que utilizou contas na Suíça", informa o jornalista Reynaldo TurolloJúnior.
"Os pagamentos aconteceram, ainda segundo o delator e os papéis apresentados, entre 2009 e 2010, em troca de o governo de São Paulo ter pago a uma das empresas do grupo Odebrecht R$ 191,6 milhões que haviam ficado pendentes de obra na rodovia Governador Carvalho Pinto. O débito do Estado com a Odebrecht já vinha se arrastando na Justiça havia cerca de oito anos, ainda segundo o delator, e poderia ter continuado sub judice, mas o governo paulista fez acordo com a empreiteira em troca dos repasses para o PSDB", diz ainda a reportagem.
Antes dessa delação, o PSDB sustentava que o pagamento de R$ 23 milhões na Suíça dizia respeito a doações eleitorais. Agora, sabe-se que foi propina. No entanto, como o Poder Judiciário não tomou qualquer providência a respeito até hoje, Ronaldo Cezar Coelho teve até a oportunidade de aderir ao programa que lhe permitiu repatriar os recursos ilícitos.
Em nota, Serra se defendeu. "O senador reitera que não cometeu nenhuma irregularidade e que suas campanhas foram conduzidas pelo partido, na forma da lei. A abertura do inquérito pelo Supremo Tribunal Federal servirá como oportunidade de demonstrar essas afirmações e a lisura de sua conduta", afirmou, em nota.
Confira, abaixo, um dos recibos entregues pela Odebrecht:


Reprodução

Documento com dados de contas na Suíça que teriam sido usadas para pagamentos a José Serra










Devagar: Odebrecht está longe de ser a “dona da verdade”. Ela é criminosa


Há três dias estamos às voltas com as delações da Odebrecht, que embora envolvam praticamente todo o meio político, todos sabem que visam, essencialmente, atingir aquele que tem a chance real de vencer as eleições de 2018.
O que observo, porém, diz respeito a todos: é preciso provas e provas, até agora, não apareceram, exceto em raríssimos casos.
Provas materiais – contas ou formas de pagamento – ou mesmo circunstanciais: “foi aqui, com o fulano, sicrano e beltrano, no dia tal, no lugar tal”.
Não é crível que centenas de milhões ou mais, até, deu R$ 3 bilhões possam ter sido pagos na base da “mochilinha”.
Todas as declarações da Odebrecht, por seus donos e executivos, precisam de provas, porque são testemunhos – parece que se esqueceram disso – de dirigentes uma empresa que corrompeu meio mundo não por ser “boazinha” com os políticos, mas para obter vantagens.
Ainda mais porque seus dirigentes foram, evidentemente, levados a delatar num negócio que rendeu, no atacado, acordos com a empresa e, no varejo, gordas indenizações para os executivos e ex-executivos da empresa.
E que envolviam a promessa de Marcelo Odebrecht, filho do dono da empresa, mofar  eternamente na cadeia.
A imprensa se porta como se as delações sejam a verdade. Podem ser em muitas coisas,, mas podem não ser em algumas que geram repercussão. Mas também vão deixando claro quem era o candidato que a empresa desejava ver no Palácio do Planalto, e não era Dilma Rousseff.
A seguir, publico ótima reflexão sobre isso do professor Roberto Moares.
Há fatos concretos alegados pelos delatores. Mas é preciso que estes sejam provados.
Não apenas em relação a Lula, mas a todos.
A Justiça, num estado democrático, precisa de provas para punir.
A mídia, no estado em que estamos, as dispensa.
Como aos promotores da República de Curitiba, bastam-lhe as convicções.
TIJOLAÇO