quinta-feira, 23 de março de 2017

Beto Richa entrega obras do viaduto do Contorno Sul em Apucarana, nesta sexta (24)

O governador Beto Richa, entrega nesta sexta-feira (24), o novo entroncamento (viaduto) rodoviário de Apucarana. A obra facilita e dá maior segurança aos motoristas no acesso ao município.
Beto Richa e Beto Preto por ocasião da

vistoria da obra em meados de janeiro
O projeto integra a duplicação da BR-376 no trecho Apucarana a Ponta Grossa nos Campos Gerais.
A cerimônia está marcada para às 14h30 no km 245 e contará com presenças do prefeito Beto Preto, de Apucarana e do presidente da Concessionária Rodonorte José Alberto Rego de Souza Moita.
Antes, pela manhã, o governador cumpre agenda nos municípios de Tamarana e Faxinal quando entrega obras de esgotamento sanitários e estação de tratamento.

Populares reclamam dos preços dos ingressos do novo cinema de Arapongas

Poucas horas após a inauguração das três salas de cinema da empresa Cine Gracher, em parceria com a Havan, um grande número de araponguenses já fazia uso das redes sociais para reclamar dos valores cobrados pelos ingressos.
A maioria dos internautas questionavam em relação ao comparativo com os preços praticados pelos cinemas de Londrina, que em sua maioria funcionam dentro de grandes shoppings, e mesmo assim cobram um valor menor, além de oferecer opções mais atrativas nos primeiros dias da semana e em determinados horários.
“Muito caro. Com esses valores compensa juntar a família e ir para Londrina, onde além do cinema temos outras opções de entretenimento e gastronomia”, escreveu uma das internautas que preferiu não ter o nome divulgado.
Os valores cobrados na estreia do Cine Gracher em Arapongas foram os seguintes:
2ª a 5ª feira
Inteira: R$24,00
Meia: R$12,00
3D inteira: R$28,00
3D meia: R$14,00
6ª a domingo e feriados
Inteira: R$26,00
Meia: R$13,00
3D inteira: R$30,00

3D meia: R$15,00

Supremo nega recurso de Lula para suspender processo da Lava Jato

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou hoje (23) recurso para suspender parte da investigação sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato.

Em um rápido julgamento, por unanimidade, o plenário rejeitou uma reclamação na qual os advogados questionaram a decisão do ministro Teori Zavascki – morto em acidente aéreo em janeiro – que devolveu ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, as investigações contra o ex-presidente na Lava Jato, após anular um grampo telefônico entre Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff.

Os advogados pediram a anulação de toda a investigação por entenderem que Sérgio Moro usurpou a competência da Corte ao ter grampeado uma conversa da ex-presidenta que, na época, tinha foro privilegiado. A interceptação telefônica veio à tona após Moro retirar o sigilo das investigações.

De acordo com a defesa de Lula, a liminar não poderia ter sido julgada individualmente por Zavascki. Além disso, os advogados pediram que a Corte enviasse à Procuradoria-Geral da República (PGR) cópia da decisão de Teori para que Moro seja investigado por ter violado sigilo das conversas da Presidência da República.


André Richter – Repórter da Agência Brasil

Citado na “Carne Fraca” é eleito presidente da comissão de Agricultura da Câmara

O deputado federal paranaense Sérgio Souza (PMDB) foi eleito hoje presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara Federal. A eleição ocorre uma semana depois de Souza ter seu nome envolvido na operação “Carne Fraca”, que investiga fraudes na fiscalização de frigoríficos.
Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara
Apesar de não ser alvo direto da operação, Souza e o deputado federal licenciado e atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), foram apontados como responsáveis pela indicação do ex-superintendente do ministério no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, preso pela Policia Federal na última sexta-feira, acusado de comandar o esquema investigado pela “Carne Fraca”. A ex-ministra da Agricultura, senadora (PMDB/TO), acusou Souza e Serraglio de terem pressionado pela indicação e manutenção de Gonçalves no cargo mesmo depois dele estar respondendo processos administrativos por corrupção.
O deputado e o ministro negam, alegando que a indicação teria sido reponsabilidade de toda a bancada federal paranaense. Um ex-assessor de Souza, Ronaldo Troncha, foi alvo de condução coercitiva pela Polícia Federal. Souza alega que Troncha deixou de ser seu assessor no ano passado, e que os fatos investigados não se referem ao período em que trabalhou com ele.
Segundo a assessoria de Souza, seu primeiro ato como presidente da comissão deve ser justamente “convocar uma audiência pública para discutir as implicações da operação Carne Fraca”.

Bem Paraná



Saiba como votaram os deputados do Paraná no projeto de terceirização

Mesmo sob forte protesto da oposição, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (22) o Projeto de Lei (PL) 4.302/1998, de autoria do Executivo, que libera a terceirização para todas as atividades das empresas. O projeto foi aprovado por 231 a favor, 188 contra e 8 abstenções.
Depois, a Câmara rejeitou todos os destaques. E o projeto, que já havia sido aprovado pelo Senado, seguirá para sanção presidencial.
A favor da terceirização
Alex Canziani (PTB)
Alfredo Kaefer (PSL)
Dilceu Sperafico (PP)
Edmar Arruda (PSD)
Evandro Roman (PSD)
Leopoldo Meyer (PSB)
Luciano Ducci (PSB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Luiz Nishimori (PR)
Nelson Meurer (PP)
Nelson Pandovani (PSDB)
OsmarBertoldi (DEM)
Reinhold Stephanes (PSD)
Rubens Bueno (PPS)
Sandro Alex (PSD)
Sérgio Souza (PMDB)
Toninho Wandscheer (PROS)

Contra
Assis do Couto (PDT)
Hermes Parcianello (PMDB)
Christiane de Souza Yared (PR)
Enio Verri (PT)
Zeca Dirceu (PT)
Leandre (PV)
Aliel Machado (Rede)
Não votaram
Hidekazu Takayama (PSC)
Fernando Francischini (Solidariedade)
Marcelo Belinati (PP)
Diego Garcia (PHS)
João Arruda (PMDB)
Rodrigo Rocha Loures (PMDB)



CÂMARA MUNICIPAL: Vereador Lucas Leugi ataca Canziani e poupa Ratinho Jr, o maior “paraquedista” que já “aterrissou” em Apucarana

Foto: Arquivo
O vereador Lucas Leugi (REDE) ocupou a tribuna da Câmara na última terça-feira (21) para apresentar um placar relacionado a votos obtidos e emendas liberadas para Apucarana durante o primeiro mandato do prefeito Beto Preto. Antes de revelar o placar, Lucas Leugi se manifestou contrário ao aumento do número de cadeiras no Legislativo.
De posse de uma lista fornecida pela prefeitura, o vereador citou nomes de vários políticos com mandato eletivo, dentre eles Alex Canziani, seu alvo principal no pronunciamento.
Segundo Lucas Leugi, Canziani não liberou sequer um real para o município e se diz o representante de Apucarana no Congresso Nacional. “O que me causa estranheza é que o deputado federal Alex Canziani que saiu deste município com 13.220 votos não trouxe sequer um real para o município de Apucarana. Este é o deputado que nos representa no Congresso Nacional, não trouxe um real e falam aos quatro cantos que é o deputado representante de Apucarana. Vamos ver se vai nos representar na reforma previdenciária”, questionou Lucas Leugi.(Veja o vídeo).
Na sua fala o vereador lista nomes de sete deputados, entre eles Ratinho Junior, que juntos liberaram pouco mais de R$ 3,2 milhões para Apucarana. Além deles, Gleisi e Requião também foram citados.
O discurso do vereador soa como ingratidão. Não se pode tapar o sol com a peneira e não reconhecer as conquistas da cidade por meio do deputado Alex Canziani, em Brasília.
Na contramão, não se pode dizer o mesmo do deputado Ratinho Junior, licenciado e atual secretário do governo Beto Richa, que se transformou no maior “paraquedista” que já “aterrissou” em Apucarana.  Levou daqui, uma “avalanche” de votos em todas eleições proporcionais que participou e pouco ou quase nada deu em troca. Em 2002 quando concorreu a deputado estadual, 3.591 votos, em 2006, para deputado federal, 5.349, em 2010 na reeleição à Câmara Federal, bateu o recorde, fez 8.734 e em 2014 embora os eleitores tenha reduzido a confiança, ainda assim contribuiu com 3.654 votos para sua reeleição. Além da emenda de R$ 493 mil para construção do viaduto do João Paulo, não se tem conhecimento de outro privilégio concedido ao município por meio do deputado Ratinho Junior.
A instalação do Campus da UTFPR, cujo embrião se formou lá em 2005 com a instalação do Centro Moda e a nova sede do CISVIR, inaugurada com toda pompa pelo prefeito Beto Preto e pelo governador Beto Richa, são conquistas históricas da cidade por meio do deputado Alex Canziani e não merecem passar despercebidas.
Alex Canziani sempre pertenceu à corrente política formada pelo grupo do ex-prefeito Valter Pegorer, contrária à do prefeito Beto Preto. O zelo pelo município consolidaram seu nome junto à população, fato que tem aumentado sua votação eleição à eleição.  
Já Ratinho Junior (PSD) prega aos quatro cantos do Paraná, que é candidato ao governo do Estado. Se o fato se confirmar Ratinho deve ter o prefeito Beto Preto (PSD), como um dos seus principais cabos eleitorais.

SEGURANÇA PÚBLICA: Autoridades debatem estratégias para o combate à criminalidade

Entre a pauta estiveram estratégias de combate à criminalidade contra o patrimônio municipal

Foto: Divulgação
O prefeito Beto Preto realizou nesta quarta-feira (22) uma reunião com o delegado-chefe da 17º Subdivisão da Polícia Civil do Paraná em Apucarana, Dr. José Aparecido Jacovós. Na agenda, Beto Preto esteve acompanhado do procurador-geral da prefeitura, Dr. Paulo Sérgio Vital e do superintendente de Saúde, Dr. Hélio Kissina. “Mantemos no dia a dia um diálogo próximo com as nossas forças de segurança. É no olho no olho que as coisas fluem, conseguimos realizar troca de mais informações”, observou o prefeito de Apucarana.
Entre a pauta estiveram estratégias de combate à criminalidade contra o patrimônio municipal. O procurador-geral Paulo Sérgio Vital destacou a atuação conjunta da Guarda Municipal de Apucarana, que tem como atributo a proteção do patrimônio público, com as polícias Civil e Militar. “Nesta reunião destacamos e agradecemos ao delegado o grande respaldo que temos tido das nossas polícias no combate e identificação de autores de crimes contra o patrimônio municipal como arrombamentos e furtos em escolas, centros municipais de educação e postos de saúde”, concluiu Vital.
A agenda também foi acompanhada pelo advogado e ex-delegado Dr. Sérgio Luiz Barroso.
Blog mostrou crescimento da criminalidade
Na semana passada o “Pé Vermelho” publicou matéria mostrando o crescimento da criminalidade na região de Apucarana, em 2016 em relação a 2015 no período de janeiro a setembro. Crimes contra roubos de veículos e tráfico de drogas, além de roubos e furtos à residências chamaram a atenção por conta do alto índice de crescimento. Roubos de veículos cresceu 78,38, tráficos de drogas, 50,29%, o segundo maior do Estado perdendo só para região de Jacarezinho. Já roubos em residências registrou crescimento de 41,75% e furtos, outros 16,98%.
Sergio Onofre enfrenta o problema
Em Arapongas, o prefeito Sergio Onofre, como forma de fazer frente aos principais problemas de segurança verificados na cidade, lançou o Plano de Segurança Pública envolvendo toda a sociedade.
Onofre ainda, como presidente do Consórcio Intermunicipal de Segurança e Cidadania de Londrina (CISMEL), que congrega 10 municípios, inclusive Apucarana, está elaborando um projeto de segurança pública pioneiro no Paraná, sempre buscando maneira de proteger a população. Trata-se do “Projeto Muralha Virtual Veicular”, que consiste na instalação de câmeras de identificação de placas de veículos em todos os municípios que compõe o Consórcio. Os equipamentos emite alerta aos órgãos de segurança sobre veículos suspeitos, ajudando na prevenção e também no combate ao crime. Com informações do Site da Prefeitura de Apucarana




Brasil defende invencibilidade de 15 anos em clássico contra o Uruguai

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
A rivalidade centenária entre Brasil e Uruguai, duas das principais seleções de futebol do mundo, possui diversos capítulos de felicidade para ambos os lados. Nos últimos anos, no entanto, o lado canarinho do clássico tem tido mais alegrias. Em duelo marcado para esta quinta-feira, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, os brasileiros entram em campo para defender uma sequência de mais de 15 anos sem derrota contra os uruguaios.
O último revés da Seleção diante do Uruguai aconteceu no distante ano de 2001. Naquele dia 1º de julho, em Montevidéu, os uruguaios conseguiram levar a melhor sobre o Brasil em jogo das Eliminatórias da Copa e venceram pelo placar de 1 a 0, garantindo o triunfo com um gol de pênalti de Magallanes. Desde então, oito jogos foram disputados, com cinco vitórias da equipe canarinho e três empates.
Apesar de sofrer nos primeiros anos de confronto, quando o Uruguai era uma das principais potências do futebol mundial, o Brasil leva vantagem também no retrospecto geral. Em um total de 74 partidas disputadas, os brasileiros possuem 34 vitórias e 20 derrotas. Outros 20 empates completam o histórico de jogos entre as seleções.
As glórias brasileiras são muitas diante dos uruguaios, porém, os rivais sul-americanos conseguiram levar a melhor em diversos confrontos de extrema importância para a história do clássico. Entre estes está o primeiro confronto entre as equipes, realizado no dia 12 de julho de 1916. Na ocasião, Brasil e Uruguai mediram forças pela Copa América daquele ano, realizada na Argentina, e os rivais conseguiram se sobressair com uma vitória por 2 a 1, com gols de José Tognola e Isabelino Gradín. O lendário atacante Arthur Friendenreich descontou para o time canarinho.
Além da vitória no primeiro confronto entre as equipes, o Uruguai possui também a maior goleada da história do duelo. Em partida realizada no dia 18 de setembro de 1920, pela Copa América, os uruguaios venceram pelo placar de 6 a 0, com Romano e Pérez balançando a rede duas vezes cada e Urdinarán e Campolo fechando o largo triunfo.
A derrota mais dolorosa para os brasileiros, no entanto, foi o histórico Maracanaço. No jogo mais importante disputado pelas equipes em toda a história do confronto, o Uruguai entrou em campo para enfrentar o Brasil no duelo decisivo do Quadrangular Final da Copa do Mundo de 1950. Como a partida fechou a competição e somente as duas seleções tinham chance de título, o enfrentamento valeu como uma espécie de final do torneio naquele ano.
O Brasil entrou em campo naquela final como franco favorito e empurrado por um Maracanã com quase 200 mil torcedores. No entanto, as expectativas não confirmaram o que era esperado naquele dia 16 de julho e a Seleção Brasileira acabou derrotada de virada pelo placar de 2 a 1, calando a multidão de brasileiros presentes no estádio. O placar foi aberto por Friaça, no início do segundo tempo, porém, o Uruguai conseguiu a virada com gols de Schiaffino e Ghiggia para ficar com a vitória e garantir um histórico bicampeonato mundial.
Apesar do Maracanaço ficar marcado com o maior jogo da história do confronto entre Brasil e Uruguai, a Seleção Brasileira também teve seus momentos de glória em finais diante do rival, como na decisão da Copa América de 1999. A perfeita campanha da equipe canarinho, que venceu todos os jogos disputados, foi coroada com uma grande vitória por 3 a 0 diante dos uruguaios. Os gols do título, que foi o sexto da Seleção na história do torneio, foram marcados por Rivaldo (duas vezes) e Ronaldo.
Apesar de não enfrentar o Uruguai na final da Copa do Mundo em nenhuma outra ocasião, o Brasil conseguiu dar o troco no rival em Mundiais. Na Copa de 1970, no dia 17 de junho, as duas seleções se enfrentaram para decidir quem iria para a grande decisão do torneio e os brasileiros levaram a melhor. O adversário saiu na frente, com um gol de Cubillas, mas Clodoaldo, Jairzinho e Rivelino viraram o placar para garantir o triunfo por 3 a 1 e encaminhar a equipe canarinho ao tricampeonato.
Outro confronto histórico aconteceu recentemente e faz parte da atual sequência de oito jogos sem derrota para os uruguaios. Em jogo ocorrido no dia 6 de junho de 2009, pelas Eliminatórias da Copa de 2010, o Brasil foi até Montevidéu enfrentar o Uruguai e conseguiu o que foi a maior vitória da história da equipe canarinho diante da Celeste Olímpica em solo uruguaio. Com gols de Daniel Alves, Juan, Luís Fabiano e Kaká, a Seleção goleou por 4 a 0 e passeou diante do rival em pleno Estádio Centenário.

O último confronto entre as equipes aconteceu no último dia 25 de março de 2016, em Recife. Em duelo válido pelo primeiro turno das Eliminatórias da Copa de 2018, o Brasil recebeu o Uruguai, mas ficou apenas no empate em 2 a 2. Douglas Costa e Renato Augusto marcaram para o time brasileiro, mas Suárez e Cavani garantiram a igualdade aos uruguaios.
Local: estádio Centenário, em Montevidéu (URU)

Data e horário: quinta-feira, às 20h (de Brasília)

Escalação: Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; 

Casemiro; Paulinho, Renato Augusto, Philippe Coutinho e Neymar; 

Roberto Firmino

Pendurados: Daniel Alves, Miranda, Paulinho, Renato Augusto, Filipe

 Luís, Fernandinho e Giuliano

Arbitragem: Patricio Loustau, auxiliado por Diego Bonfa e Gustavo

 Rossi (todos da Argentina)


FIM DA CLT: Terceirizações gerais é aprovada

Câmara aprova projeto de terceirização que precariza de vez o mercado de trabalho no Brasil, permitindo que todas as atividades-fim de uma empresa sejam terceirizadas; com isso, patrões poderão contratar seus funcionários sem garantias como férias, décimo-terceiro, licença-maternidade, abono salarial e outros direitos trabalhistas; trabalho temporário também foi ampliado de 3 para 9 meses com o projeto aprovado nesta noite; 231 deputados aprovam o texto, contra 188 que votaram "não" e 8 abstenções; projeto foi apresentado durante o governo FHC e já foi aprovado pelo Senado, portanto segue agora apenas para a sanção de Michel Temer

Sob a presidência de Rodrigo Maia (DEM-RJ), a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira 22 o projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil, permitindo que ela seja praticada na atividade-meio e na atividade-fim.
Deputados da base de Michel Temer argumentavam no plenário que o projeto criaria empregos, enquanto os da oposição protestavam, alegando que o projeto retira direitos históricos conquistados pelos trabalhadores.
O texto precariza de vez o mercado de trabalho no Brasil, permitindo que todas as atividades de uma empresa sejam terceirizadas, inclusive a principal. Numa escola, por exemplo, até os professores poderão ser contratados de forma terceirizada.
Com isso, patrões poderão contratar seus funcionários sem garantias como férias, décimo-terceiro, licença-maternidade, abono salarial e outros direitos trabalhistas. O trabalho temporário também foi ampliado de 3 para 9 meses.
Na primeira votação, com 275 votos a 28 e 46 abstenções, foi rejeitado dispositivo do texto do Senado e mantido trecho da redação da Câmara, sobre trabalho temporário, para deixar claro que essa modalidade poderá ser usada nas atividades-fim e nas atividades-meio da empresa.
Na segunda votação, 231 deputados aprovam o texto-base do projeto de lei, contra 188 que votaram "não" e 8 abstenções. O projeto foi apresentado durante o governo FHC e já foi aprovado pelo Senado, portanto segue agora, após as votações dos destaques, apenas para a sanção de Michel Temer.
Para o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, o Congresso aprovou nesta noite a "Lei do Gato".

Leia seu texto:
Quais são as diferenças em relação à terceirização existente hoje?
A primeira: permite a terceirização total da força de trabalho, ao contrário do que ocorre hoje, em que ela é possível nas atividades-meio da empresa – limpeza, vigilância, recepção e escritório, por exemplo – e permite, em tese, que uma grande empresa não tenha sequer um funcionário próprio, subcontratando empresas locadoras de mão de obra.
A partir de agora, uma fábrica não precisa mais ter empregados próprios, uma grande loja não precisa ter mais vendedores, uma escola não precisará de professores, um hospital não precisará ter médicos, enfermeiros e nem mesmo auxiliares.
Não é preciso ser nenhum gênio para saber que para que isso signifique economia, mesmo pagando o lucro do intermediário, só há duas maneiras. Uma, contratar pessoas que ganham menos – e os terceirizados, segundo o Dieese, ganham em média 30% que os empregados diretos. Outra, reduzir encargos trabalhistas, o que significa, na prática, não recolher ou não pagar os deveres patronais.
O truque, neste projeto, é que a empresa contratante só passa a responder por dívidas trabalhistas se o “gato” que serviu intermediários tiver bens a penhorar e não tiver “sumido” no mundo.
Mas há pior, porque legaliza dois absurdos.
O primeiro, a contratação indiscriminada como “pessoa jurídica” e, portanto, sem direito a férias, 13°, FGTS, aviso prévio…
O segundo, o contrário temporário “eterno”. Hoje, o trabalho temporário é limitado a 180 dias, mas passa a ser de nove meses ou, se não houver proibição via convenção coletiva da trabalho, prorrogar-se sem limites. Este empregado não tem direito a aviso prévio, multa do FGTS…
Esta monstruosidade, numa incrível violação da Constituição, se estende também ao serviço público, exceto para o “marajanato” das chamadas “carreiras de Estado”, os bem pagos.
Por último, se aprovada – e deve ser – este regresso ao tempo pré-Vargas, é a consagração do “gato”.
Porque é a ressurreição de um projeto retirado de pauta há 15 anos, oriundo do período FHC, quando a Câmara aprovou outro, menos lesivo aos trabalhadores, há menos de dois anos.
Que é jogado no lixo, na falta de se poder jogar a Lei Áurea.
Não tendo mais como entregar a Reforma da Previdência, Temer correr para entregar o possível.
PS. O Governo acaba de aprovar o projeto, por 232 votos a favor, 188 contrários e oito abstenções. Venceu, mas com sabor de derrota, porque está pelo menos 76 votos de obter número para a Reforma da Previdência.

Fonte: Brasil 247 e Tijolaço