Após um ano, busca de provas contra Lula se mostrou "inútil", diz assessoria
As ações de busca e apreensão e condução coercitiva contra Lula na Lava Jato fizeram um ano na semana passada e, por isso, a assessoria do ex-presidente emitiu uma nota lembrando que o episódio foi "inútil" por não ter conseguido gerar provas cabais. Os procuradores apresentaram denúncia e levaram diante de Sergio Moro um arsenal de "ouvi dizer" para tentar formar "convicção" sobre lavagem de dinheiro e participação de Lula em esquemas de corrupção na Petrobras.
"Passados
12 meses da espetaculosa e violenta ação policial, sem que nenhum dos objetos
tenha sido devolvido a seus legítimos donos, o resultado da busca e apreensão
foi zero. O principal processo a que estavam atreladas as buscas, o que o
Ministério Público Federal do Paraná move contra Lula no âmbito da Operação
Lava Jato, já está chegando ao fim da fase de instrução", diz a nota.
Um
ano depois de devassar casas e trabalho de Lula e mais de uma dezena de
pessoas, tal medida de exceção continua mostrando-se rigorosamente inútil"
e "até agora a autoridade policial não apresentou elemento de convicção
nenhum que tenha emergido desses atos de arbítrio", acrescenta.
Além de não ter tido o resultado esperado, a Lava Jato ainda se
recusa a devolver todo o material apreendido. "Levaram, conforme
autorizava o mandado de Moro, todos os computadores, todos os pen drives,
notebooks, celulares e documentos em papel que quiseram levar, além das senhas
dos arquivos em nuvem mantidos pelo instituto, deixando o local com ares de
terra arrasada", aponta a assessoria.
"Para
que essas apreensões, já indicialmente revestidas de ilegalidade, não se
convertam em confisco puro e simples (ainda mais desnecessário em equipamentos
eletrônicos cujos arquivos podem ser copiados), tudo que se pede é que os
objetos sejam devidamente devolvidos a seus verdadeiros donos."
JORNAL GGN