segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

REQUIÃO QUER REVELAÇÃO DO CONTEÚDO DAS DELAÇÕES ANTES DA ESCOLHA DAS MESAS DIRETORAS DA CÂMARA E DO SENADO

Senador Roberto Requião (PMDB-PR) defendeu que o conteúdo das delações premiadas homologadas pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, seja divulgado antes da realização das eleições para as Mesas Diretoras do Senado e da Câmara; segundo ele, as duas Casas vivem uma situação "constrangedora", uma vez que poderá eleger parlamentares que poderão ser alvos de investigações e questionamentos junto ao próprio STF; "Estamos numa situação muito constrangedora neste processo", disse; principiais concorrentes às Mesas da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), já foram citados nos depoimentos.
Requião deve ser o candidato da oposição à presidência do senado.
A ministra Cármen Lúcia homologou, nesta segunda-feira (30) as delações de 77 executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, mas manteve o sigilo do conteúdo dos depoimentos. A eleição para a Mesa do Senado está prevista para acontecer nesta quarta-feira, dia 1º, enquanto a eleição para a Mesa da Câmara, deverá acontecer no dia seguinte.

BETO RICHA ESTÁ ENDIVIDANDO O PARANÁ

Dados disponíveis no Banco Central revela que o Paraná está se endividando na gestão do governador Beto Richa (PSDB).
A dívida do estado que era de R$ 11,5 bilhões no final dos dois mandatos do ex-governador Roberto Requião (PMDB) em 2010, pulou para R$ 16,5 bilhões em novembro do ano passado. Desde 2011 até 2016, logo, em seis anos de mandato do tucano, o Paraná já acumulou cerca de R$ 5 bilhões em dívidas. No final do governo Jaime Lerner em 2002, o montante era de R$ 9,6 bilhões.
O maior volume de dívidas contraídas foram com as Instituições Financeiras Públicas e Privadas. Com as Instituições Públicas, passou de R$ 1,7 bi em 2010 para R$ 5,7 em novembro de 2016, acréscimo de R$ 4 bilhões. No final de 2002 era de R$ 148 milhões.
Com as Instituições Privadas, o salto foi de quase 20 vezes. De R$ 28 milhões em 2010, para R$ 530 milhões em 2016. Em 2002 os números registrava R$ 216 milhões.
A dívida com Tesouro Nacional teve pouca oscilação desde o final de 2002 quando era de R$ 9,247 bilhões. Em 2010 passou para R$ 9,923 e em novembro de 2016 R$ 9,984 bilhões.
Os dados disponibilizados se referem apenas ao endividamento contratual junto ao Tesouro Nacional e o Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Embora passe despercebido do povo paranaense, o comportamento do endividamento do estado é sim bastante preocupante já que durante o período de seis anos de mandato, o governador já promoveu ajustes que aumentaram ICMS e IPVA, além do confisco de R$ 8 bilhões da poupança previdenciária. Agora já se fala em privatizações da Copel e Sanepar.
A liderança do Paraná no ranking de endividados pode estar associada aos aumentos ocorridos. Levantamento da Fecomércio revela que 86% das famílias paranaenses tinha alguma dívida no ano passado.