terça-feira, 14 de novembro de 2017

CUT-VOX: 85% são contra a reforma da Previdência


Nova rodada da pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre os dias 27 e 31 de outubro, revela que 85% dos brasileiros discordam da reforma da Previdência do governo Temer e 71% acham que não conseguirão se aposentar se a mudança das regras for aprovada; no Sudeste, onde estão os maiores colégios eleitorais do País – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – foram registrados os maiores percentuais de rejeição à reforma e apoiada por parlamentares do PSDB, DEM, PP, PSD, PRB e PP; o Nordeste vem em segundo lugar, seguido do Centro-Oeste e, por último, o Sul; embora esteja empacada no Congresso, reforma deve servir de alerta para parlamentares que querem se reeleger em 2014
247 - Nova rodada da pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre os dias 27 e 31 de outubro, revela que 85% dos brasileiros discordam da reforma da Previdência do governo Temer e 71% acham que não conseguirão se aposentar se a mudança das regras for aprovada.
No Sudeste, onde estão os maiores colégios eleitorais do País – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – foram registrados os maiores percentuais de rejeição à reforma e apoiada por parlamentares do PSDB, DEM, PP, PSD, PRB e PP. Nesta região, 91% dos entrevistados são contra e 78% acham que se a reforma for aprovada, nunca se aposentarão.
O Nordeste vem em segundo lugar, com 85% da população contrária à reforma – 74% acham que não vão se aposentar se a reforma for aprovada. Em seguida, vem o Centro-Oeste/Norte, onde 82% são contra e 69% temem não se aposentar. E por último, vem o Sul, com 70% contra a reforma e 49% que acham que não vão se aposentar.
Para Vagner Freitas, presidente da CUT, Temer não escuta o clamor do povo. "Ouve apenas os empresários, como o Nizan Guanaes que o aconselhou a aproveitar a rejeição para fazer as reformas Trabalhista e Previdenciária, mesmo que seja contra o povo". A reforma trabalhista já foi sancionada e está em vigor desde o último dia 11. Já a reforma da previdência empacou no Congresso Nacional.
"Até agora, o medo das urnas vem falando mais alto", analisa Vagner. Para o presidente da CUT, ao contrário de Temer, deputados e senadores temem a resposta que o povo vai dar nas eleições do ano que vem a quem aprovar a reforma da Previdência que penaliza principalmente os/as trabalhadores/as com vínculos mais precários e desconsidera a realidade do mercado de trabalho brasileiro.
"Os brasileiros já entenderam que milhões perderão o direito de se aposentar se for aprovado o desmonte da Previdência e já sabem o que têm de fazer em 2018", avalia.
A rejeição à mudança das regras da aposentadoria aumenta à medida em que a proposta se torna mais conhecida e, além de todas as regiões do país, atinge todas as classes sociais, gêneros e faixas etárias. Mais uma notícia péssima para os parlamentares.
Segundo a pesquisa CUT-Vox, são contra a reforma 89% dos entrevistados que ganham mais de 2 até 5 salários mínimos. Entre os que ganham até 2 SM e mais de 5 SM, o percentual de rejeição foi o mesmo: 82%.
Entre as mulheres a rejeição é de 86% contra 84% entre os homens. Já por faixa etária, 87% dos adultos, 84% dos jovens e 80% dos maduros discordam da reforma proposta por Temer. Os altos percentuais de discordância se repetem quanto a escolaridade: 88% dos que completaram o ensino médio; 86% ensino superior; e 82% ensino fundamental.
A nova rodada da pesquisa CUT-VOX foi realizada em 118 municípios. Foram entrevistados 2.000 brasileiros com mais de 16 anos de idade, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, em todos os segmentos sociais e econômicos. A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%


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