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Em um desdobramento da Operação Unfair Play, a força-tarefa da Lava Jato acaba de prender o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Arthur Nuzman, e seu braço-direito Leonardo Gryner; na segunda-feira, foi revelado que Gryner se reuniu em um hotel em Paris, em 2009, com o empresário Arthur Soares, acusado de pagar milhões em subornos ao ex-governador Sérgio Cabral e atualmente foragido; Nuzman, Gryner e Arthur são suspeitos de intermediar a compra de votos de integrantes do Comitê Olímpíco Internacional (COI) para a eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016; Nuzman é presidente do COB há 22 anos; pedido de prisão foi decretado pelo juiz Marcelo Bretas
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
A Polícia
Federal (PF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (5), o presidente do Comitê
Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, pela sua
suposta participação em uma operação de compra de jurados para a escolha
do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Nuzman foi preso em
casa, no Alto Leblon, zona sul do Rio.
Vinte
policiais federais cumprem hoje dois mandados de prisão temporária e seis
mandados de busca e apreensão na cidade (em Ipanema, Leblon, Laranjeiras e
Centro), expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A
operação da PF é um desdobramento da Operação Unfair Play- Segundo Tempo é
realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e foi deflagrada em
continuidade às investigações sobre a escolha do Rio pelo Comitê Olímpico
Internacional como sede das Olimpíadas de 2016.
Entre os
alvos da Operação estão Carlos Arthur Nuzman e o diretor-geral de
operações do Comitê Rio 2016, Leonardo Gryner, que também foi preso.
Eles
serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Às
11h haverá entrevista na sede da Superintendência da Polícia Federal na Praça
Mauá, no Rio, para explicar os motivos da operação.
Abaixo,
reportagem da Reuters:
RIO
DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira o presidente
do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, em desdobramento de
investigação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de
Janeiro como sede dos Jogos de 2016, informou a PF.
Além de
Nuzman, o ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016 Leonardo Gryner também foi preso,
acrescentou a PF em comunicado.
Nuzman,
de 75 anos, já havia sido alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa no
Rio de Janeiro e levado à PF para prestar depoimento no início de setembro em
operação deflagrada pela PF e o Ministério Público Federal em parceria com a
Procuradoria francesa.
As
autoridades dizem que Nuzman foi o “agente responsável” por viabilizar repasse
de propina do grupo criminoso do ex-governador Sérgio Cabral para a compra de
votos de dirigentes africanos na eleição de 2009 do Comitê Olímpico
Internacional (COI) para escolha da sede dos Jogos de 2016.
Nuzman
nega ter cometido qualquer irregularidade.
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